Capítulo 3 (Revisado)

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[AVISO: menção a violência doméstica!]

▪︎● A festa de Thesan...

A Exatos 5 anos Thesan e seu companheiro adotaram duas menininha gêmeas de um orfanato. Thesan estava relutante, já que eram illyrianas e suspeitava que Rhysand fosse brigar com ele ou algo pior, afinal eram o povo dele, mas realmente? Rhysand aceitou e ficou feliz com isso... e no final tudo virou uma grande aliança.
Luzie e Lirie eram lindas, suas pequenas asas normalmente estavam abertas, os olhos de ambas eram dourados e os cabelos eram em um tom lindo de loiro... coloração incomum para sua espécie.

Mas voltando para a história principal.

Helion e Lucien chegam no castelo de Thesan e toda vez que o pequeno via o castelo, ele ficava com sua boca aberta. Helion pega Lucien no colo com cuidado antes de entrar.
Eles estavam mais uma vez vestidos parecidos mas desta vez a túnica que Lucien usava era verde escuro, ele também usava duas pulseiras douradas e uma miniatura da coroa de Helion.
O mais velho usava uma túnica de cor creme, um bracelete de serpente estava presente no seu braço direito e sua coroa estava aninhada nos fios castanhos, ambos também usavam cintos dourados de sempre.

O homem entrou com seu Herdeiro no salão onde a festa estava acontecendo, todos os grãos-senhores estavam ali e algumas crianças corriam entre as pernas de todos, rindo enquanto os adultos bebericavam algum vinho e conversavam sobre coisas políticas ou fúteis.

O grão-senhor da corte diurna coloca relutantemente seu filho no chão, se abaixando e arrumando o cabelo do mais novo. Antes de permitir que Lucien saia correndo, Helion beija a testa dele, logo a pequena raposa desaparece na multidão.
Helion se levanta e acaba andando até Thesan, que recepcionava os convidados junto com seu companheiro Carl... se a memória de Helion não estivesse falhando ainda.
O Círculo íntimo de todas as Cortes estavam presentes também, de fato o que mais chamava atenção era o de Rhysand.

- Thesan!- Helion diz abrindo os braços, o amigo logo o abraça com um sorriso. Eram próximos haviam séculos, talvez por suas cortes serem quase irmãs.

- Meu amigo! Quanto tempo não nos vemos!- Thesan responde soltando o mais velho segundos depois.

- Com certeza! E Carl! Você está muito lindo.- Helion estende a mão para ele que a aperta e a balança levemente.

- Saudades Helion... discreto como sempre não é?- Carl diz, os olhos analisando o grão-senhor de cima a baixo. Helion pisca para Carl com um sorriso travesso.

- Sabe que sempre adoro passar minhas noites com vocês.- Um sorriso convencido surgiu no rosto de Helion o que fez Thesan rir baixo.

- Helion, o quebrador de maldições sempre adora uma noite com os amigos.- Thesan acaba falando baixo, Carl não contém a risada que sai de sua garganta após ouvir o marido.

- Creio que vou parar de trancar a fila.- Helion faz uma leve reverência antes de se dirigir até Rhysand, que ofereceu um sorriso ao ver seu velho amigo e de certa forma professor, se aproximar dele e do seu circulo intimo.

- Pelo caldeirão, Helion! O quebrador de maldiçoes vindo ate mim?- Rhysand diz apertando a mão que o mais velho oferecia e o abraçando.

- Rhysand, sempre irei vir até você.- Ele diz em um tom sensual, Aquilo sim lembrava coisas ao homem de olhos violetas.

- Você sempre vai até todo mundo... Oi pequeno Lucien!- Rhysand muda seu tom de forma drástica vendo o pequeno ruivo vir até eles.

Do outro lado do salão Aramina se encontrava sentada em uma das poltronas, enquanto Beron estava a sua frente conversando com Notrus. Ela observava o pequeno Lucien ir até o pai, ele estava tão bonito... ambos estavam bonitos.
O menininho que ela sabia ter sido apelidado de raposa parecia feliz e radiante ao lado de Helion.
Ela amava seus outros filhos também, e era óbvio já que estava com um dormindo no seu colo, e os outros dançavam e brincavam a sua volta. Menos Eris, ele era a cópia do pai na frente dos outros, mas ela sabia como ele era doce por dentro.
Eram apenas crianças e seu marido apodrecia todos eles aos poucos.

Ela odiava saber que isso era verdade, odiava lembrar das palavras que Helion havia dito para ela no último dia que se viram, aquilo tudo era uma farsa e um teatro que ela passava anos e anos participando.
Tudo para não morrer nas mãos do marido que a espancava todas as noites que estava estressado, ela apenas ficava feliz de não fazer coisa pior com ela e torcia para um dia não chegar ao ponto de ela ter que rezar ao caldeirão para ele não a matar.

Seu olhar se desviou para o filho que dormia tranquilamente em seu colo, seus filhos, ela fazia tudo isso por eles, não ligava de ter roxos espalhados pelo seu corpo e escondidos por roupas pesadas e excessivamente quentes...que faziam ela passar muito calor, assim como seus cabelos ruivos sempre soltos para esconder as marcas em sua nuca que eram causadas pelos beliscões do marido.

Aramina respirou fundo, e em uma tentativa de afastar esses pensamentos, olhou ao redor mais uma vez.

Do outro lado do salão.
Lucien agora se encontrava no colo do pai comendo um pequeno sanduíche, Helion bebericava um vinho tinto e Rhysand bebia um belo vinho branco, os três conversando.
Aquilo era a festa de Helion, com seu filho e seus amigos.
Mesmo que o ruivo em seu colo estivesse um pouco sonolento por não estar acostumado a dormir tarde e sim mais cedo que o normal, as vezes Lucien olhava em volta procurando alguém, ele não sabia quem, mas ele procurava.

Quando não achava apenas dava de ombros e voltava a se concentrar no que estava fazendo, no caso comendo, Helion sempre percebia isso do filho mas nunca perguntou nada, poderia ser algo de crianças como um amigo imaginário ou algo assim.
Quando o ruivinho acabou de comer ele sacudiu o farelo das mãos e aconchegou ao pai, ele coloca a cabeça no ombro do homem que o segurava, fechando os olhinhos e dormindo.
Minutos depois, Helion faz uma careta ao perceber que provavelmente estava frio demais para Lucien ficar apenas com a túnica, ali a temperatura era consideravelmente mais baixo, infelizmente ele não havia trazido nenhum casaco para o mais novo. Rhysand como sempre, percebe o que estava acontecendo e pede licença, e logo volta com um casaco preto com alguns detalhes em inspirais.

- Obrigado.- Helion diz e Rhysand nega levemente com a cabeça.

- Não me agradeça é do Azriel, assim o pequeno continuará quente e não gripado.- Rhysand explica cobrindo Lucien com o casaco.

Helion coloca a taça que segurava na mesa mais próxima, ajeitando mais uma vez o filho em seus braços e o cobrindo de uma forma mais confortável.
Logo o moreno continua sua conversa com o amigo.

E horas mais tarde eles voltam para a corte diurna onde Helion deita ao lado de Lucien em sua cama, dormindo segundos depois.

Papai HelionOnde histórias criam vida. Descubra agora