A Chegada

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  Em uma noite chuvosa e muito fria, a visibilidade era difícil além de raios e trovões rasgando o céu.
  Eu estava deitado na minha cama e nada além do que o som da chuva me acompanhava naquela noite, era um silêncio ensurdecedor, um grande vazio que tomava os quatro cantos de minha casa.
  Como de costume, eu levanto para fazer um lanche na madrugada e voltar para a cama, derrepente os cachorros começam a latir sem parar ao lado de fora, ouço a batida no portão de casa e por fim pegadas sutis em direção a porta de minha casa, os cachorros silenciam, em seguida batidas em minha porta, peguei minha faca na estante, uma faca inox, com três furos na lamina com dentes na parte superior e o cabo como um soco inglês.
  As batidas eram sem pressa, como se não houvesse importância com a chuva, como se nada estivesse acontecendo.
Me aproximei cuidadosamente da porta com a faca em minha mão esquerda, com a mão direita destravei e abri a porta lentamente. fiquei sem paravras quando vi, minha boca travou e fiquei paralisado, era ela, com uma calça jeans lisa com detalhes de petras, bota estilosa de couro marrom com fivela de ouro e uma camisa manga longa branca justa e apertada contra o peito, ela estava encharcada pela situação chuvosa e eu enchergava suas curvas perfeitamente, cada detalhe gravado em minha mente, ela falou de um jeito doce e tranquilo:

- Oii! Posso entrar?

  Não esperava essa situação, apenas fiquei parado como um bobo olhando, ela sorriu com a mão esquerda puxou o cabelo para trás e então sem esperar por minha resposta ela adentrou em minha casa.
  Eu levianamente fui fechando a porta, passei a chave e virei. Lá estava ela linda como sempre de um jeito provocante me olhando, molhou os lábios como quem quer dizer:

- Larga de ser besta e vêm me beijar.

  Sorriu me olhando profundamente com uma mistura de carinho e malícia.

Visita em noite de chuvaOnde histórias criam vida. Descubra agora