Capitulo 7 (Revisado)

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AVISO: nesse capítulo dois animais morrem, a menção ocorre no final do capítulo e é breve.

{ HISTÓRIA }

▪︎● Ninguém precisa saber...

Lucien acordou em seu quarto com uma coruja? Pousando em seu peito e largando uma carta.
Ele fez uma careta se mexendo e espantando o pobre animal que logo se retira pelo mesmo lugar que entrou, o menino se sentou na cama deixando suas costas encostadas na cabeceira.
Assim que esfrega seus olhos com as costas da mão, ele segura a carta vendo o selo da Corte Estival, logo ele rompe o selo e abre a carta, se fosse uma carta dizendo que estavam pedindo sua cabeça, pelo menos ele teria os rubis que mandariam como aviso.
No momento foi o único lado bom da história que ele achou.
Por fim começou a ler a carta.

"Meu Querido Lucien,

Eu sei que é errado, que foi errado lhe beijar mas... ainda lembro dos seus lábios nos meus, do seu gosto, de como poderia muito bem ter te puxado para perto e subido no seu colo.
Sei que muitos acham que eu te odeio mas não se iluda por esses boatos Lucien, não se deixe levar por eles por favor.
Eu preciso te ver mais uma vez, preciso te sentir mais uma vez e se você quer isso preciso que me encontre na flores da Corte Estival, a meia-noite, vou estar te esperando lá.
Em uma cabana pequena e marrom.
Não contei a ninguém sobre o que aconteceu naquela sala e nem irei, aquilo é uma memória que pertence apenas ha nós dois, e quero que continue assim.
Se não quiser ir e achar tudo isso uma grande loucura ou uma grande bobagem, esqueça e queime essa carta que escrevo com tanto carinho, saiba que você sempre vai estar guardado em meu coração e também na minha mente.
Antes que se pergunte, Tarquin está dormindo no quarto ao lado de onde eu escrevo, dorme feito um bebê.

Com cuidado Lirie."

O Herdeiro logo se pôs de pé e correu para o banheiro indo se arrumar para o dia que o esperava.

No quarto ao lado Helion já estava pronto para começar o seu dia, depois de tomar um banho, se vestir e então colocar a coroa em sua cabeça, após ter certeza que estava bem centralizada ele colocou seus braceletes se retirando do seu quarto.

Provavelmente Lucien ainda não tinha acordado (ou foi isso que o homem pensou), então o Grão-senhor apenas andou pelos corredores até a sala de jantar.
No caminho ele pegou o cetro que havia deixado encostado em alguma parede qualquer.
Assim que chegou na sala de jantar se sentou em uma cadeira qualquer se servindo de suco, mas o Grão-senhor acaba se engasgando ao ver o filho entrar no cômodo já pronto para o dia.

- Lucien?- Helion consegue dizer juntando as sobrancelhas. O Cetro de Helion estava encostado na cadeira ao lado do mesmo.

- Bom dia papai.- É a única coisa que o Herdeiro diz antes de se sentar em frente ao moreno.

- Bom dia? Uau... a quanto tempo você não me dá Bom dia? Normalmente é só um Boa tarde...- Helion sorri ao ver o filho rir.

- Eu sei, mas hoje decidi acordar mais cedo para andar por aí e cavalgar, quero voltar a caçar.- Ele pega uma pequena torrada começando a passar geleia de uva no pão.- quer ir comigo?- pergunta mordendo a torrada logo em seguida.

- quero sim! Faz tempo que não caçamos, você anda muito ocupado com seus companheiros e eu com a Corte que chamam de evoluída.- Helion revirou seus olhos chamativos que agora brilhavam enquanto ele mordia a maçã e se servia de chá.

- Pai... meus companheiros muitas vezes são melhores que os seus, pelo menos eu grito menos que suas mulheres.- Lucien estala sua língua sorrindo de forma maliciosa para o Grão-senhor na sua frente

- Pelo caldeirão menino! Não fale dessas coisas na mesa e também mas respeito, elas muitas vezes preferem homens a meninos.- Lucien fez uma careta e estava pronto para revidar da forma mais ridícula possível, mas seu pai foi mais rápido ao tomar todo o conteúdo de sua xicara em apenas um gole e se levantar.

Helion também pega seu cetro saindo do local, deixando um Lucien confuso e embasbacado sozinho enquanto comia.

Algumas horas mais tarde, duas na verdade, Helion e Lucien cavalgavam floresta a dentro, o cavalo de Helion totalmente preto enquanto o de Lucien era em um tom caramelo lindo com a crina loira.
Pai e filho conversavam, Lucien tinha um arco enquanto Helion tinha apenas algumas pequenas facas, as quais ele costumava atirar nos pequenos animais.

- Ok, então você está me dizendo que você caçava com um dos seus amantes?- Lucien pergunta mesmo já tendo compreendido o que o pai disse.

- Ele era chefe da guarda e fazia isso nos seus dias de folga... então que método melhor para me aproximar dele?- O Homem desmontou fazendo carinho em seu cavalo e segurando as rédeas enquanto caminhava.

- Não sei, talvez... fingir que se machucou?- E é assim que o Ruivo gargalha ao imaginar o mais velho fingindo algum machucado

- Não! Com certeza não funcionaria, ele era esperto demais e sabia das minhas intenções, tanto que caiu nos meus encantos.- Juntando as sobrancelhas Lucien fez uma careta, era bem óbvio que seu pai se atraia por ambos os sexos, ele também se atraia, ele acreditava que se o caldeirão fez macho e fêmea era um belo sinal para pegar os dois e quem não gostava que fosse para longe.

- Caiu porque quis? Uau...- O mais novo disse antes de pegar uma flecha e atirar em um esquilo que caiu logo a frente.

Helion pegou o pequeno animal colocando na sacola de pano que carregavam.

- Exatamente porque quis, meu filho, seu pai aprendeu muitas coisas durante os anos, uma delas foi: nunca pegue alguém que parece desinteressado, você só vai se iludir.- Ele piscou para Lucien antes de pegar uma das facas que carregava e atirar em um cervo que passava na frente deles.

O ruivo logo atirou uma flecha no olho do animal para que não ficasse agonizando.

- Tudo bem Pai... já entendi...

Papai HelionOnde histórias criam vida. Descubra agora