O Pai do Meu Amigo

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 Já anoitecia quando voltamos do curso. Nem passei em minha casa. Havia trazido algumas roupas dentro da mochila. Naquela noite, dormiria na casa do meu amigo Lucas, como tanto fiz na infância.

—Como nos velhos tempos, hein, Alex?

Sou Alex, iniciando uma faculdade agora, a mesma de Lucas. Roupas um pouco justas, marcando bem meu bumbum grande, em comparação com os outros caras. Pele branca, um pouco de olheiras e um cabelo quase raspado.

Fazia muito tempo que não via os pais de Lucas. Acho que os vi quando entrei no ensino médio, de lá pra cá muita coisa mudou e o menino fraquinho e introvertido que eles conheciam já tinha novas formas.

—Alex, é você mesmo? Como você mudou?!

Seu Ricardo, pai de Lucas, estava espantado com minha aparência. Não conseguia acreditar em tanta mudança. Dona Luísa, mãe de Lucas, também ficou boquiaberta.

—Seja muito bem-vindo, Alex. Sabe o apreço que temos por você. Desde muito tempo.

—Obrigado, Dona Luísa. Não imagina a saudade que eu tava.

Dona Luísa foi servir a mesa de jantar e Lucas tomar um banho. Pus a mochila de lado e tentei ocupar meu tempo no celular. Seu Ricardo foi atender a porta, haviam feito um pedido em um restaurante próximo dali. Passou por mim numa proximidade que não dava pra desviar o olhar de sua cintura.

Continuava muito exuberante. Muito enxuto. Desde pequeno, sempre fiquei espiando-o. Corpo magro e alto, mas definido. Lucas havia puxado a beleza do pai, sem dúvidas.

Depois do jantar, Lucas jogou videogame comigo até altas horas. Perguntei se seria um problema para os pais dele, e ele respondeu que não.

—E se seus velhos quiserem foder? Vamos atrapalhar. Melhor dormir.

—Quem me dera, Alex. Faz tempo que ninguém come ninguém nessa casa. O casamento dos meus pais não anda muito bem. Eu meio que nem me importo mais.

Fiquei sem saber o que dizer para Lucas. Nunca imaginei aquilo. Seu Ricardo era o cara que sempre idealizei. Sempre imaginei que fosse o homem que necessitava de sexo a todo instante.

—Sinto muito, Lucas,

—Esquece isso. Vamos dormir mesmo, amanhã tem curso cedinho.

Deitei num colchão próximo ao de Lucas. As luzes se apagaram e descansamos.

Não sei que horas eram, mas acordei com uma vontade desesperada de fazer xixi.

Levantei de fininho, para que Lucas não acordasse e fui procurar o banheiro no meio daquele breu.

Que alívio...

Voltei pela cozinha.

—Não devia dormir com uma cueca tão apertada.

Aquela voz do além me arrepiou todos os pelos. Quando me virei, Seu Ricardo me encarava com um pedaço de pão na mão.

—Não sabia que o senhor...

—Comia na madrugada? Tenho esse costume.

Fiquei desconcertado e lembrei da primeira pergunta.

—Eu esqueci de trazer um short mais solto. O jeito foi essa cueca.

Ele se levantou e pegou uma garrafa de vinho na geladeira. A luz do eletrodoméstico clareou seu corpo.

Fiquei hipnotizado. Vê-lo sem blusa, apenas de samba canção, era um espetáculo.

ERÓTICO 🔥  (LGBT)Onde histórias criam vida. Descubra agora