CAPÍTULO 2 - CANELA.

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me desculpem qualquer erro ortográfico!

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stiles

Suspirei, confuso. depois de algumas bebidas com elijah, agora eu estava no carro dele, chovia forte, eu ouvia o som das gotas caindo no chão junto a respiração fraca do homem.

So voltei dos meus devaneios quando ouvi a voz aveludada de Elijah.

- stiles? stiles? você está bem?

Na verdade, eu não estava. sabia que logo iria ter que voltar para casa, aquilo me irritava.

- estou. desculpe, eu so... bebi demais.

- tudo bem. vou te levar para sua casa, está chovendo muito la fora... onde você mora?

Minha cabeça doía, aquele cheiro de canela que exalava do homem me fazia ter espasmos, era doce, amadeirado e muito tocante.

- do lado da Gillies. o restaurante, sabe?

Ele concordava com a cabeça, sem dizer nada, ligando o carro em um movimento tão rápido que me espantou.

- espera! p-podemos ficar mais um pouco?

Coloquei a mão no braço dele, fazendo ele parar e me olhar confuso.

- eu sei que estou pedindo demais... afinal, nos conhecemos a 30 minutos atrás? é so que... não quero voltar pra casa antes dos meus pais estarem dormindo...

- ei, tudo bem. podemos ficar aqui até o horário que quiser, não tenho compromisso nenhum para amanhã.

Sorri envergonhado, o que eu estava fazendo? senti minhas bochechas ficando vermelhas, puxando minha mão de volta.

- obrigado.

- stiles, quantos anos você tem?

- tenho 17, vou fazer 18 daqui a alguns meses! e você?

- tenho 28.

Suspirei novamente, inalando o cheiro, me perguntei mentalmente se eu estava cheiroso como ele.

- desculpe-me perguntar, mas o que estava fazendo no bar esse horário? são 00:03, poderia ter algu-

- eu estava só querendo fugir dos meus problemas, sabe como é...

interrompi ele rápido demais, fiquei mais vermelho ainda, senti o olhar dele nas minhas coxas nuas, ja que a minha saia era pequena.

- gostei das suas roupas.

Fiquei feliz, por ele ter gostado de minhas roupas, e também por não ter perguntado mais sobre meus problemas, odiava desabafar.

prestei mais atenção nele, ele usava um terno preto, com uma gravata cinza, o terno destacava os peitos dele.

- também gostei das suas... sem querer ser intrometido, mas você é...?

- gay? ah, não, eu sou bissexual, pequeno.

Não sei se foi efeito da bebida, mas aquilo me afetou, ninguém nunca me chamou assim. cruzei as pernas.

Olhei pela janela, a chuva estava mais fraca, parecia ventar muito.

- posso te beijar?

Me espantei, ele disse isso mesmo? ou foi so minha cabeça inventando coisas?

- stiles?

Era real, não era minha cabeça, aquele homem queria mesmo me beijar, e eu queria beijar ele.

- e-eu... pode. m-mas eu nunca beijei n-ninguem...

Ele me olhava calmo, não parecia que iria me julgar.

- se você não quiser, não tem problema, podemos só convers-

Eu coloquei a mão na coxa grossa dele, me inclinando e tocando nossos lábios, no começo foi estranho, era incrivelmente bom, ele foi calmo, leve, parecia que tinha pratica, eu fui desleixado, senti a mão dele nas minhas costas quando a língua quente entrou na minha boca, explorando.

Aquilo foi bom, muito bom. eu realmente esperava que não fosse um sonho.

Alguns segundos depois tive de separar, estava ofegante, voltei para meu banco, pensando se tinha sido muito ruim, ele me olhava, sorrindo enquanto eu lutava para falar alguma coisa.

- foi sua primeira vez mesmo? foi maravilhoso. - ele disse com a voz aveludada e rouca, me fazendo sorrir de tranquilidade.

- foi.

Ele sorriu, ele era tão bonito, parecia mais bonito que antes, a barba não feita era um charme, o cabelo bagunçado... ouvi meu celular tocar, minha mãe. eu fiquei com medo, a mensagem dizia "stiles, se você não aparecer em casa em 20 minutos você vai desejar nunca ter saído."

Eu suspirei pesadamente, implorando por ar.

- elijah... pode me levar agora? minha mãe está meio brava...

Ele ligou o carro novamente, ja dando a volta e pisando no acelerado, ou olhava o movimento de suas pernas, das mãos, era estranho, ele era totalmente atraente.

Demorou alguns minutos, ele era rápido no volante, comecei a abrir a porta quando senti ele puxando minha mão, me fazendo olhar para ele, ele levou minha mão ate seus labios, deixando um beijo singelo ali, me entregando um papel pequeno.

- boa noite, espero que fique bem, príncipe.

Eu fiquei extremamente vermelho, ele não parecia um homem que entrava em uma boate e acabava com alguem denteo do carro, parecia alguem mais decente que isso, apertei o papel contra meus dedos e sai, fechando a porta e vendo ele sair com o carro.

Abro o papel e vejo um número de celular, pelo menos eu iria falar com ele novamente.

Entrei em casa correndo, largando a bolsa no pendura bolsas no corredor, ouvindo os passos de minha mãe.

- onde você estava?! quem você pensa que é pra sair sem nem avisar?

- eu estava com uma amiga, mãe...

- vai pro seu quarto, não quero ouvir um piu. hoje seu pai voltou reclamando porque um amigo dele te viu usando essas roupas... nunca sentimos tanto nojo.

As lágrimas desciam escorriam por meu rosto sem nem eu mesmo perceber, corri para o meu quarto deixando ela parada ali, me atirando na cama e enfiando o rosto no travesseiro.

Queria sumir, desaparecer.

Eles sentiam nojo de mim? eu era tão repugnante assim?

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é isso gente, não esqueçam de votar e comentar!

se quiserem que eu adicione alguma coisa e so falar comigo. :)

aliás quem puder fazer uma capa... eu seria eternamente grato.



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