but there was happiness because of you

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escrito ouvindo happiness da taylor swift




Harry Evans Potter era incrível. Harry Evans Potter era óculos perpetuamente tortos e cabelos muito bagunçados e um sorriso pequeno, mas desarmador em sua sinceridade, um segredo que muitos poucos tinham o direito de receber. Era tudo que Ginny Weasley sempre quis e ela o amava mais do que conseguia pôr em palavras.

Ginny era a sétima filha. A única menina depois de seis meninos – agora cinco e não era terrível que ela tivesse passado tanto tempo tendo desejando menos irmãos?

Mas ela tinha. Merlin, o quanto ela tinha desejado isso.

Ela os amava, é claro. Eles eram os irmãos de Ginny e ela morreria por cada um deles, até por Rony, que sempre discutia com ela, e Merlin, até pelo bobão do Percy, que nunca percebia que estava sendo manipulado até ser tarde demais, seja pelos gêmeos ou pelo Ministério.

Ela ainda amava Percy por todas às vezes quando ela era pequenininha e ele lia histórias para ela dormir quando os pais deles estavam ocupados demais, e ela amava os gêmeos por todas às vezes que eles quase fizeram ela morrer engasgada de tanto rir, e Rony por todas às vezes que ele tinha sido o único a realmente entender o que era ser o menor em uma família tão grande. Apesar deles serem tão mais velhos e parecerem distantes de vez em quando, ela amava Charlie por todas às vezes que ele tinha a mandado cartas com mais de cinco páginas cheias de tangentes sobre o quão incríveis dragões eram, e Bill por todas as vezes que ele visitou a Toca e passou praticamente o tempo todo brincando com ela. Eles eram todos os donos de uma parte do coração de Ginny, responsáveis por uma parte da personalidade dela.

O problema é que eles eram tão irritantes.

Enquanto crescia, Ginny nunca teve nada que era realmente dela. Bem, talvez ela tivesse mais sorte do que Rony, porque ela ganhava algumas roupas que eram só dela, mas de alguma maneira até elas costumavam desaparecer naquela casa, porque Fred e George usaram as calças dela para fazer alguma pegadinha em Percy, ou porque Charlie foi passar as férias na Toca e pegou uma blusa dela achando que era um pano de chão e a arruinou, ou porque Rony rasgou um dos vestidos dela sem querer, mas ele não quis ficar de castigo então ele só o escondeu e fingiu que nada aconteceu. Nem se fale então dos brinquedos de Ginny, que eram os quebrados que os irmãos dela não queriam mais, mas que de alguma maneira ainda desapareciam sempre que ela os deixava de lado por mais de dois segundos. Era como se o fato dela os usar de repente fazia os irmãos dela os quererem de novo, ainda mais do que antes.

Ela cresceu com o desesperador sentimento de que tudo que ela amava ia ser tirado dela por alguém maior e mais forte. Ela cresceu sabendo que tinha que brigar para ter o que queria, para manter o que lhe fazia feliz, pegar sem pedir e esconder do mundo com todo o cuidado possível.

Harry era diferente, porém. Ele não era algo, ele era alguém, e ele escolheu ficar do lado dela, firme, caloroso, cheio de amor. Toda vez que eles se beijavam parecia uma promessa. Um eu estou aqui. Eu não vou te deixar. Nunca vou.

Harry era o Menino Que Sobreviveu. Harry era uma pessoa real, carne e osso e não só uma lenda, e ele era caretas autoconscientes e respostas sempre muito sarcásticas e olhos velhos demais. Ele fazia ela rir. Ele fazia o coração dela acelerar e o sorriso dela crescer e nunca parar e quando ela lutava contra Comensais, ela lutava sabendo que ele tinha as costas dela. Que eles iriam cuidar um do outro para sempre.

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