Capítulo único.

4.4K 490 52
                                    

Oioii, boa noite! 

Sim, é de meu total conhecimento de que tenho outras 300 histórias para atualizar, mas estava procurando por uma fic fofinha de pais e filhos pra ler esses dias e não achei nenhuma sem a angústia (uma grande tristeza), então resolvi fazer a minha e não quero deixar ela no drive parada. 

Espero que vocês gostem, boa leitura :) 

>.<

Tony não estava confortável com isso. Ele tentou persuadir Pepper a cancelar esse evento incontáveis vezes, mas não obteve sucesso em nenhuma, claramente. Ele estava odiando ver todas aquelas pessoas uniformizadas mexendo em todos os cantos de sua cobertura para deixar tudo exatamente do jeito que Pepper Potts solicitou.

Com toda a certeza o Tony Stark de dois anos atrás iria rir da cara dele agora. Mas esse Tony não tinha uma criança de 6 anos sob os seus cuidados, aliás, não tinha um pingo sequer de responsabilidade. Entretanto, agora tudo estava diferente, ele estava diferente. Não havia mais festas com bebidas como se o mundo fosse acabar amanhã, não havia mais ele enchendo a cara e Happy lhe cuidando para que ao menos chegasse vivo em sua cama sem entrar em coma alcoólico, não havia mais Rhodes, Pepper, Happy, ou seja lá quem for, extremamente preocupados com sua saúde. Ele tinha parado com aquela vida amarga e horrível. Agora era tudo sobre Peter e seu bem-estar, sobre como ele queria dar a melhor infância, adolescência e vida para aquele menino com olhos brilhantes e inocentes.

Então, não, ele não estava confortável em saber que haveria um monte de empresários caretas e estranhos no lugar que era somente dele e de Peter, e, às vezes, dos vingadores e de seus amigos. Odiava saber que iria ter que ficar a noite toda fingindo simpatia com aqueles caras, somente porque Pepper disse que iria ser o melhor para a empresa, aquela que ele já havia dado total e completamente todos os comandos para ela. Fala sério, ele já tinha tarefas demais com uma criança hiperativa, grudenta e que era genial demais para seu pequeno cérebro, além de ter que cuidar dos rebeldes super-heróis também, oh bando de problemático viu, ela não poderia dar uma pausa para ele?

– Senhor Stark, onde exatamente devo colocar isso? – Ele encara, abismado, a fonte de chocolate na frente do homem.

– Coloque perto da mesa de comida, eu não faço a menor ideia, só não façam barulho ou eu juro que expulso todo mundo daqui. – Mal-humorado, ele saiu da sala cheia de funcionários e decidiu que dar uma olhada em seu filho dormindo não iria ser um crime. Então, seguiu pelo corredor até a porta do quarto ao lado do seu, abrindo lentamente, porque tudo o que ele menos queria era atrapalhar o descanso necessário para a criança que não dormiu direito a noite inteira. Ele definitivamente era um Stark, visto que seus pesadelos jogando em sua cara os piores medos não o deixavam em paz em determinadas épocas do ano. Eles sempre iam e vinham, e ninguém ficava feliz em ver olheiras pretas e olhos pequenos de sono no rosto pálido daquela criança.

O que doía era o fato de Tony estar protagonizando a maioria deles. Tony o deixando, Tony morrendo, Tony sendo sequestrado, Tony explodindo junto com uma bomba, Tony indo para o espaço e jamais voltando. Era angustiante ver seu filho em prantos em seus braços e ser o motivo de tudo, sem saber exatamente o que fazer além de oferecer palavras de conforto e abraços. Foi por isso que ele suspirou aliviado ao ver a figura pacífica deitada de forma esparramada na cama, os cachos cobrindo todo o travesseiro e o ursinho branco ao seu lado, quase indo parar no chão. Tony ajeitou o objeto mais perto da criança, não querendo que Peter acordasse e não tivesse seu item de conforto por perto, caso estivesse assustado. Que Deus, o Universo ou todas as entidades possíveis o livrem disso, porque Peter deveria ter sonhos regados de unicórnios, flores e arco-íris, e não sobre bombas e seu pai explodindo.

Tony Stark, o pai corujaOnde histórias criam vida. Descubra agora