Chapter 2

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- M-Mãe? – o garoto fica estático, fazia tempo que não ouvia aquela voz. A ultima vez que se lembra, foi os gritos de repulsa.

-Oi...- Do outro lado da linha, era possível escutar um fio suave de voz, quase um nada.

Hayato Não acreditava ainda, se recordou que estava na cozinha e recolocou a postura.

-É... O que houve? – ele pergunta direto-

- Eu queria...Bom, queria conversar com você – A mulher diz exitante.

-É que, agora não é um bom momento. – ele mente-

- Bom, podemos nos encontrar depois, ou – ela dá uma pequena pausa- quem sabe não comemos juntos. – Hayato sente o arrependimento na voz. Ela buscava alguma coisa de comum pra conversar, ocultando o verdadeiro assunto.

- Claro, conversamos sobre isso depois. – Ele se mantem firme.

- Mas está tudo bem? Anda se alimentando bem?

- Sim...estou – Estranhava, não se recordava da ultima vez que sua mãe perguntava aquilo.

- O-ok – Ela parecia nervosa- Te ligo depois...

- Tá...? – A Afirmação saiu mais pra uma pergunta.

"chamada incerrada"

- DEU CERTO! – Hayato se assustou com o grito de Sayuri, quase deixando o celular cair.- O que aconteceu? Voce ta parecendo um papel de tão pálido. – Ela disse acariciando minhas bochechas.

- Não foi nada, eu só...Vi uma barata! – Ela tirou as mãos do meu rosto e me olhou com tédio .

- É serio isso? Faça-me o favor!
- Ei, elas são assustadoras ok? – EU digo me explicando.

- Tá, deixa isso de lado. Mas então, A entrevista é amanhã, ás 10:00 – Ela diz se encostando no balcão da cozinha, colocando seus braços na cintura.

- Pera, assim?! Tão rápido? – Digo com os olhos arregalados.

- Sim, olha, em vez de se assustar, por que não me agradece ham? – Ela diz me olhando de forma estranha-

- Ok, Obrigada, senhorita Sayuri. – Digo me inclinando pra frente.

- De nada, de nada – Ela diz se curvando como alguém da realeza, acabo rindo do gesto.

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- Ué...Que isso?

- Sua roupa ué- Sayuri diz entrando no apartamento.

- Minhas roupa? Como assim minha roupa? – Digo fechando a porta e observando Sayuri com um protetor de roupas enorme no meu sofá.

- Sim, você não pode ir com roupas casuais. – Ela diz tirando um terno cinza do protetor.

- Ah, fala sério Sayuri, tenho várias roupas dentro do meu guarda roupa, não preciso disso. – Digo caminhando ate ela.

- Obvio que precisa, não é todo dia que se presta entrevista em uma empresa grande ok? – Ela diz me olhando.

- Onde arrumou esse casaco? – Digo cruzando os braços.

- Numa loja. – Ela diz olhando o terno maravilhada.

- Voce ta louca?! Isso deve ter custado caro – ele diz olhando o cinto de couro com a marca de algo aparentemente caro.

- Não foi, relaxa. Não vou te cobrar, vai ser um presente. – Ela diz tirando a roupa do plástico.

- Hum...- Ele diz não muito esperançoso. Aquele tipo de roupa não era de seu feitio.

- Bom, vou ter que ir pra casa, mas espero que vista isso, não quero desfeita disso.

- sim sim, claro. Certeza que vou usar. – Ele diz com um suposto sorriso, que mais parecia uma careta.

- Boa sorte na entrevista – ela diz me dando um beijo na bochecha.

- Obrigado.- eu digo abrindo a porta do meu lado.

Vejo a mesma sair do apartamento. Fecho a porta e encaro o conjunto de roupa estirado em meu sofá.

- Que merda, eu vou fazer com isso.

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Sento na poltrona de veludo marrom, que se encontrava no canto de uma sala de espera. Era aconchegante, até demais. A mesa ao lado da poltrona, tinha uma pequena planta, uma Bromélia pra ser mais exato. A sala tinha um cheiro neutro de Lavanda, um dos meus preferidos. Sempre que me encontrava ansioso, tentava achar detalhes de onde estou, é uma forma de relaxar.

- Senhor Seiji? – Uma mulher de óculos e de cabelo preto azulado aparece na borda de um corredor.

- S-Sim. –Me levanto rapidamente da poltrona

- O senhor Bacho quer sua presença.

- S-sim. – Caminho em direção á mulher e sigo ela até uma porta, com o nome Bacho em kanji escrito.

A mulher a minha frente bate três vezes, e ouvimos um "entre". Ela balança a cabeça me olhando em sinal de passagem. Entro na sala nervoso.

- Entre, não fique com vergonha. – Um homem, com cabelo castanho escuro. Com óculos quadrados. Diria um homem bem bonito.

- Com licença. – Digo fechando a porta.

- Sente-se por favor.- ele diz voltado para o computador, me encarando com a cabeça baixa.

- Claro. – Me sento na poltrona preta.

- Certo; Veio para a vaga do setor de publicidade certo? – ele diz arrumando o óculos –

- Sim.

- Já teve experiência em empresas maiores? – Ele diz cruzando os dedos-

-N-Não. – Digo olhando pra baixo, estava visivelmente envergonhado e inseguro. Era uma das poucas vezes que eu já tinha feito entrevistas de emprego. E assim foi o total de 58 minutos. De perguntas e de papelada.

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- Bom. Já fiz todas as anotações. Voce tem o perfil certo pra vaga, gostei de você. – ele diz com um sorriso gentil no rosto.

Ele parece ser uma pessoa muito legal, mesmo com ele, fiquei nervoso, alias, ele não decide sozinho quem entra na empresa. Espero que o Senhor Zane pense bem...

Secret Secretary s2Onde histórias criam vida. Descubra agora