NATALIE POTTER a filha mais velha de James e Lily Potter. Quando os pais morreram em Godric's Hollow, foi levada para a sala vermelha; um lugar onde meninas eram transformadas em maquinas assassinas.
QUANDO FINALMENTE ficou livre da sala vermelha, e...
AQUELE DIA ERA UMA COMPLETA INCONITA para Harry, mal se lembrava de como sua irmã havia chegado até ele tão rápido. Ela deu uma resposta rápida e vaga, dali para frente encurtou toda história deixando vários lacunas confusas na mente de seus pais. James e Lily estavam estáticos, Lily estava pronta para levantar e abraçar os filhos quando Natalie se levantou.
Ela foi ate seu quarto e fechou a porta, a sala estava tão silenciosa que o clique da porta se trancando ecoou pelo cômodo.
— Natalie! —James chamou por sua filha tocando na maçaneta.
— Não adiantar forçar, deixa ela vir no tempo dela. — Harry disse limpando uma única lágrima que havia escorrido em sua bochecha — Vou mandar uma carta para Remus.
— Ela e sempre assim? — Lily perguntou segurando a mão do filho.
— Desde que eu me entendo por gente — Harry deu de ombros e abraçou a mãe de lado antes de pegar os itens para escrever a carta.
Natalie estava sentada no chão do quarto os joelhos contra o peito e os dedos sob os lábios impedindo o som dos soluços ecoarem pelo quarto. Ela sabia que James estava do outro lado da porta, sabia que tinha de continuar o resto da historia. Mas ela ainda não conseguia falar, falar sobre aquela dia e ainda pior sobre os que vieram depois. Como ela contaria a eles o que havia feito?
— Nat — A voz abafada de James soou do outro lado da porta
A maçaneta se mexeu. Natalie continuou sentada com as costas na porta enquanto os tremores não se pararam.
— Se não vai abrir a porta ao menos fique longe dela — James disse, a voz vindo abafada do outro lado da porta - porque eu vou derruba-la.
Natalie afastou as costas da porta e em um instante James tinha aberto a porta. Droga de feitiço, ela pensou. O Potter se sentou no chão abraçando a filha de lado
— Natalie, querida, o que aconteceu? Depois que aquele soldado apareceu, o que aconteceu? o que realmente aconteceu estrelinha?
Natalie se permitiu desmoronar nos braços do pai, ela esperava por isso a tanto tempo mas tinha medo de decepciona-lo. Ela não era do time dos mais bonzinhos como ele.
— Eu o deixei para morrer, ele estava sangrando no chão e pediu minha ajuda! — Natalie se engasgou com o choro. — e eu virei as costas. Eu o deixei lá, eu fiz muitas coisas horríveis, tudo com a desculpa de que estava protegendo o Harry, mas não precisava deixa-lo lá mas ainda assim eu fiz.
Natalie se lembrava perfeitamente daquele dia.
A fumaça tampava a visão, Mathias e Natalie estavam na estrada quando de repente tudo explodiu e o carro capotou. Natalie foi a primeira a sair e ajudou Mathias a sair pelo vidro.
— Cacete — Mathias deitou no asfalto com a mão em cima da barriga. — Mas que inferno.
Natalie estalou o pescoço ao ver a figura que se formava nas sombras, O soldado infernal. Um antigo projeto da Hydra, um super soldado ou melhor uma super maquina de matar.
— a gente vai morrer — Mathias falou se levantando.
— Onde esta o seu otimismo? — Natalie perguntou vendo o amigo rolar os olhos.
Mathias e Natalie lutaram em sincronia contra o soldado que facilmente conseguia derrubar os dois. Natalie foi acertada no rosto sendo arremessada para longe na ponte.
— Nat! — Mathias gritou antes do barulho.
O tiro deixou o mundo sem som. Natalie arregalou os olhos vendo Mathias cair no chão em uma poça enorme de sangue. As mãos dela seguraram a arma com firmeza, ela poderia continuar lutando e enfrentar o soldado correndo risco de vida ou ir para o outro lado e salvar seu irmão.
— Eu sinto muito — Natalie subiu na grande da ponte e antes que o soldado pudesse alcança-la ela pulou.
Harry era a primeira opção sempre e ela não colocaria ninguém acima disso. Ninguém.
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