Capítulo 15

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Toni POV

-Esse filme é horrível, Bee. Se eu soubesse que seria esta a sua escolha, teria ficado com Cher.

-Deixa de ser chata. Se você estivesse prestando atenção no filme, estaria gostando. Mas passa o tempo inteiro falando pornografia com a branquela.

-Não estou nada. - Falei ficando vermelha, fazendo-a gargalhar da minha cara. - Eu não aguento mais esperar, Bee. Por que eu pedi para irmos com calma?

-Fala para ela. - Disse rindo da minha cara de frustrada. - Deu para perceber que o problema de nossos relacionamentos é o diálogo.

-Falando nisso, fico feliz que vocês se acertaram. Que bom que deu uma chance para ela.

-Sim, mas estou deixando ela desesperada. Eu disse que iria ficar em casa com você hoje e amanhã eu tenho que levar o Seth para o ortopedista.

-Ele tem se recuperado bem, não é Betty?

-Graças a Deus, Tee. Mas é uma recuperação lenta.

-Desculpa te perguntar, mas e a questão financeira? - Disse hesitante. Sabia que ela odiava falar disso com terceiros.

-Está tudo bem, Tee. Tenho conseguido me virar. Infelizmente, eu zerei as minhas economias do tempo que trabalhava para você. - Disse triste. - Mas agora ganharei melhor e conseguirei repor em menos tempo. Sem falar que as economias eram para esse tipo de eventualidade. Tenho mais é que agradecer por ter tido esse dinheiro em mãos.

-Sem dúvidas, Bee. Mas agora vamos falar de coisas boas, vamos falar da Cheryl. - Disse e ela gargalhou.

-Para com isso, você quis dizer Veronica, certo? Ela que é uma delícia.

-Ah, meu amor. Você não tem noção do quanto é delicioso o que Cheryl tem entre as pernas.

-Ah, você já provou? - Perguntou rindo de lado.

-Confesso que provei um pouquinho do gozo que estava em minha mão quando a masturbei. - Disse envergonhada. - Eu queria sentir o seu gosto. E adorei.

-Já que estamos falando de sabores, não vejo a hora de degustar a...

-Chega, você venceu. Vamos ver o filme. - Disse e ela gargalhou, comemorando.

Depois de um longo filme sem sentido, resolvi ir para casa. Betty queria que eu dormisse lá por ser perigoso sair tão tarde para dirigir. Mas eu tinha que pegar uns papéis em casa e não gostaria de acordar mais cedo para fazer isso pela manhã.

Estava a caminho de casa quando o sinal fechou na rua próxima a meu apartamento. Eu diminuí a velocidade para não ficar parada em rua deserta e quando eu ia voltar a acelerar, um homem bateu no meu vidro. Mostrou a arma que estava em sua cintura e me pediu para sair. Olhei para frente, buscando uma saída, mas havia outro homem no meu caminho.

-Destrava, dona. Ou quer que eu estoure sua cabeça? - Disse segurando a arma que estava em sua cintura.

Abri a porta tremendo e segundos depois senti algo bater minha cabeça, fazendo-me desmaiar.

Acordei horas depois num lugar que não conhecia. Graças a Deus eu estava vestida, porém eles não deixaram comigo mais nada além da minha roupa do corpo. Olhei tentando identificar o lugar e não veio nada em mente.

Levantei com uma dor de cabeça horrível e andei tentando achar algum telefone público para me comunicar com Cheryl. Depois de um longo tempo de caminhada, achei um e logo a liguei à cobrar.

-Alô? Quem é? - Perguntou desesperada. Ela devia está super aflita pelo meu desaparecimento desde ontem.

-Oi, Cherry. - Disse num fio de voz. Estava exausta e com muita dor.

-Teetee, meu amor. Aonde você está? Eu estava tão preocupada.

Expliquei tudo que havia acontecido e dei algumas características do espaço ao redor para ver se ela saberia identificar. Graças a Deus pude confirmar com uma pessoa que passava na rua e ela pôde ter certeza de onde eu estava.

Veio me buscar e antes de irmos para casa, preferi passar na delegacia e denunciar. Cheguei em meu apartamento exausta, Cheryl preparou um banho e depois me colocou para dormir.

Só acordei na hora do almoço, faminta. Ela havia feito uma comida deliciosa e comi muito, a dor de cabeça já havia passado e o cansaço diminuído. Saímos para cancelar meus cartões e comprar um celular novo. A documentação foi a parte mais chata e demorada.

Antes das 18 estávamos em minha casa. Cher mechamou para jantar às 20 horas e eu prontamente aceitei. Despediu-se de mim eeu voltei a deitar. Precisava cochilar 

You Belong With MeOnde histórias criam vida. Descubra agora