Um Bombinha Para Um Meio-Meio.

Uma novidade.

Mais um dia raiou, e Kirishima ainda estava meio abalado com a escolha de Bakugou, mas como ele o adorava, estava feliz pelo seu amigo feliz. Apesar de saber que nunca o teria, estava determinado a tentar pelo menos.

Bakugou por outro lado, não sabia de nada sobre a paixão de Kirishima, então nem suspeitava de que o amigo estava abalado com a situação.

Bakugou já havia encontrado seu amante Todoroki, então os dois passaram um bom tempo juntos e saíram também. Aproveitaram o bastante, já que era final de semana e os dois precisariam encontrar suas famílias, separados no momento. Bakugou já estava se arrumando para passar o final de semana com sua família, e Todoroki já tinha ido para casa de sua família. Bakugou estava ansioso para vê-los, mas ao mesmo tempo, com medo, já que agora ele teria uma pessoa para apresentar, e apresentar com vontade. Sorriu e pegou sua mochila, saiu da escola e seguiu para sua casa, a primeira casa.

Ao chegar na casa, apertou a campainha e esperou, logo escutando o grito de sua mãe avisando que já estava abrindo. A mesma abre e se depara com Bakugou, sorrindo animada e abraça o garoto.

— Filho! Quanto tempo meu docinho! — Mitsuki beijou sua bochecha e apertou o abraço, sorrindo ao se afastar. — Venha, entre! Fiz bolo de chocolate.

Bakugou entra e fecha a porta, seguindo a mãe até a cozinha para experimentar o bolo.

— Parece estar bom! — Bakugou se admira com a aparência do bolo, logo pegando a faca e cortando um pedaço, pegando um prato e colocando o pedaço.

— Eu fiz para seu pai, porém como você chegou e está quentinho, pode comer! — Mitsuki diz calma, pegando um prato e a faca, cortando o pedaço de bolo para si mesma, o colocando no prato.

— Falar em pai, onde ele tá? — Bakugou se senta na cadeira enquanto pergunta sobre ele.

— Está no quarto, ele chegou cansado na madrugada. — Mitsuki responde, se sentando também.

— Ah.. Sempre ocupado. — Bakugou diz cortando o pedaço e comendo.

— Ah filho, não fale assim, você sabe como seu pai trabalha bastante para sustentar nós! — Mitsuki diz em tom ameno, mudando a expressão para a de preocupada.

— Sim, esse é o problema mãe! Ele trabalha demais! Já pensou se ele parasse um pouquinho para ficar com a família?! — Bakugou diz, estressado.

— Filho, ele está aqui todos os feriados! — Mitsuki diz, tentando acalmar Baku.

Bakugou logo suspira profundamente e se acalma, devorando mais um pedaço de bolo.

— Meu bem.. Não fique triste. Sabe como seu pai é, não para um segundo. Mas isso é pela família, pelo sustento. Se ele não trabalhasse, nós não iríamos sobreviver por todos esses anos. — Mitsuki diz, sorrindo levemente.

— Tem razão.. Desculpa mãe. — Bakugou desvia o olhar e deixa o prato com pedaço de bolo na mesa. Se levanta e caminha para a sala, se sentando no sofá e suspirando. — Mas seria tão bom ter ele por perto sempre que quisermos...

— Eu sei meu amor, eu também gostaria. Mas, não podemos fazer nada, não é mesmo? Pelo menos estamos bem. — Mitsuki se levanta e caminha para a sala, se sentando ao lado do loiro.

— Obrigado mãe. — Bakugou abraça sua mãe, o que faz ela sorrir brilhante.

— De nada, meu filho. — Mitsuki retribui o abraço por alguns segundos, logo se afastando.

— Bem, tem alguma novidade? — Mitsuki pergunta em tom calmo.

— Sim... — Bakugou sorri e cora levemente lembrando de Todoroki.

— Uhhh~ Alguma garota? — Mitsuki pergunta em tom brincalhão, mas no modo cupido.

— Garota?! Não.. Não.. — Bakugou olha para a mesma e suspira. — É um garoto.

— Garoto? Mas filho, você está corado. Tem certeza de que estamos falando do mesmo assunto? — Mitsuki diz e ri baixo.

— Sim mamãe.. Eu estou corado pelo Todoroki Shoto. — Bakugou sorri brilhante.

— Filho... Você é gay?! — Mitsuki diz assustada.

— Não mãe! Eu sou pansexual. — Bakugou se assusta mas logo sorri, tentando acalmar a situação.

— Oh.. Sim.. Desculpe. Mas por acaso é recíproco? — Mitsuki pergunta, curiosa.

— Eu diria que sim.. Ele é um fofo comigo. Ele parece que gostava de mim há muito tempo. — Bakugou ri baixo.

— Sério? Poxa filho, deu sorte no amor hein. — Mitsuki diz e ri, fazendo Bakugou rir junto a ela.

— Acho que tive sim. Você tem que ver o modo como ele olha para mim... Olhares apaixonados, sorriso encantador, e principalmente, suas palavras cativantes sobre mim. — Bakugou suspira e sente seu rosto esquentar mais ainda.

— Sim meu filho, ele está apaixonado. — Mitsuki sorri. — Mas lembre-se, aquelas pessoas que nós mais amamos, são as que mais machucam.

— Eu sei disso. Já sofri o bastante. Mas ele me disse coisas que eu jamais escutei ou escutaria, ele é incrível! — Bakugou se encosta mais no sofá.

— Bem meu filho.. Então siga em frente. — Mitsuki diz em tom conselheiro, acariciando o rosto de seu filho.

Aquele conselho de mãe é sempre bom, e se for conselho amoroso, melhor ainda. Sabemos disso porque ela encontrou o homem com quem ela fez sua família. Com quem ela compartilhou momentos inesquecíveis. Com quem ela compartilhou sorrisos e amor. Nossa mãe é como nosso cupido, se for a mãe certa claro. Mitsuki só quer ver seu filho feliz, então se ele estava feliz com seu jeito de ser, ela estava feliz também. Aquele tipo de mãe que nós sempre gostaríamos de ter.