Capítulo 22- ourselfs

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Josh Narrando:

Agora são exatamente 10:30 da manha. A luz do sol entra pelas cortinas, isso que já faz mais de uma hora que desliguei o despertador, mas eu simplesmente não consigo sair da cama, pois estou observando a melhor cena do mundo. A mais de uma hora. Noah, deitado em meu peito, acordado, mas com os olhos fechados, me contando sobre o sonho, lindo, que ele teve comigo a noite inteira. Seus cabelos roçam de leve em meu pescoço enquanto eu faço carinho em seu cabelo. Ele tem suas mãos em meu peito, brincando com minha barriga, passa a mao as vezes fazendo carinho.

- e entao você me beijou, disse que me amava e a gente entrou na agua.- ele abre seus olhos verdes e me olha.

-voce gostou do sonho?

Não respondo de primeira, sinto meus lábios curvados em um sorriso bobo, ele também sorri, mas por que eu estou sorrindo. Olho diretamente para sua íris verde, seus olhos tao brilhantes, o verde deles me lembra a graminha verde dos campos que eu ia com meus pais no verão do canada, me trazem paz, a paz que eu tanto procuro em mim mesmo, eu acho naqueles olhos brilhantes, gigantes e pidões. O sentido que eu tanto procurei na dança, foi completado quando vi pela primeira vez o meu tom favorito de verde, pois ate o momento que ainda não tinhas os visto, eu odiava verde, agora esse único tom aquarelado, é com total certeza uma das minha cores favoritas.

-joshy, você não gostou dos sonho?

Agora os olhos verdes brilhantes, estavam lacrimejados, brilhavam por conta da agua em sua linha d'agua. Me lembro da pergunta que ele me fez.

-eu amei nô- eu digo ainda sorrindo- desculpa a demora, estava distraído com seus olhos...

-m-meus olhos? Por que?

-eles são lindos, me inspiração. Me deixam distraídos com tanta beleza e brilho.

Ele cora. Sorrio mais.

-eles so estão brilhantes por que estão olhando para você.

Minha vez de corar. Sorrir mais ainda. Um sorriso verdadeiro meu. Ele se levanta e me deixa um selinho. Peço passagem com a língua, mas ele não cede, me deixando somente um selinho que ficou meio babado no final.

-sem beijo de língua agora, ainda não, vc ta com bafinho de quem a recém acordou

-voce fala, como se você não estivesse também

-não estou, eu sou cheiroso.

-não lembro do senhor escovar os dentes ontem a noite

-não lembro do senhorito também escovar os seus.

-claro, você chegou, tecnicamente se agarrou em mim, como um macaquinho e não deixou eu sair pra nada

-agora a culpa é minha?

-sim senhor!

Os dois riem.

-so por isso não vou te largar mais.

Ele se abraça mais em mim, gruda suas pernas em volta de mim. queria que ele pudesse ficar assim comigo pra sempre. Nessa cama de hotel, com esse cabelinho nos meus pescoço, com os olhinhos pidões me olhando, com seus dedos junto dos meus, com suas pernas em minha volta e sua vozinha rouca falando baixinho no meu ouvido. Mas eu não posso. Eu não posso fazer isso. Tenho que trabalhar. Tenho que atuar o mesmo personagem de durante os últimos anos. Suspiro fundo. Ele entende. Sabe o que estou pensando. Pois está pensando o mesmo.

- que horas são?- ele pergunta

-10: 35, vamos nos arrumar pra descer?

Ele concorda com a cabeça, triste. Me deixa um beijinho na boca, se levanta, se coloca de pé e pega já uma blusa e uma calça para o voo. Fico o observando enquanto ele sai da cama. ele é simplesmente o homem mais perfeito do mundo. Não sei como eu como eu consegui ficar tanto tempo sem ele.

Breaking The Rules - em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora