Capítulo 18- Cristo Redentor

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Any narrando:

É estranho como ontem estávamos todos parecendo apaixonados e agora, não falamos nada. Nossas mãos estão juntas, mas não firmes como antes. Nossos olhos se encontram varias vezes, mas desviamos no mesmo segundo. É constrangedor demais. Não temos clima, não temos assunto, não temos nada. Os dois estão desconfortáveis com a nossa presença, ele parece não querer nem estar aqui, pois olha para os lados, olha pra mim, abre a boca como se quisesse me dizer algo, mas não fala.

a- O que você espera do Cristo?

j- não sei, desde de pequeno eu via o filme aquele "Rio" e sempre sonhava em conhecer a cidade tao maravilhosa, então acho que estou esperando algo glamuroso.

a- Não acho que seja algo tao maravilhoso quanto você pensa, mas talvez você possa gostar, para primeira vez talvez você se decepcione com o tamanho.

Nosso carro, o qual nos levaria para o local onde pegaríamos o trem para ir ao Cristo.

j- quando foi a primeira vez que você veio aqui para o Rio e viu o Cristo?

a- Eu era pequena, meu pai tinha resolvido aparecer e ele resolveu fazer uma viagem para me agradar, me trouxe para cá, passamos uns três dias aqui, hospedados em um hotel mais próximo do cristo. Eu adorei passar um tempo com ele, mesmo sem saber o porquê de ele ter vindo, foi uma viagem maravilhosa.

j- meu sonho de criança era esse, visitar o "país do futebol" e conhecer o cristo, desde pequeno eu sempre quis saber como era o rio e se era tao bonito quanto nos desenhos infantis.

a- Se você tirar a parte suja e criminosa, sim ele é tao bonito quanto nos desenhos

Josh ri fraco, se ajeita no banco e se senta mais perto de mim. Ele parecia estar um pouco mais confortável com a conversa e percebo que sinto falta disso, não de um namorado, mas sim de um melhor amigo, alguém que eu posso rir e brincar, sem me preocupar com o que falar. Não o Josh como meu namorado, não queria ele como alguém para ter um romance, mas sim para ser meu melhor amigo como sempre foi, para me divertir com ele com coisas simples. Coisas normais. Sinto falta de me sentir normal.

Observo Josh, ele olhava para janela admirado, percebo mais uma vez que meu peito não acelera como antes, meu coração não pula mais de felicidade, emoção, nem nada do tipo ao ver ele. Não tenho mais a sensação de ter o céus em minhas mãos quando ele esta por perto, me sinto normal, me sinto como no inicio, posso dizer que ate melhor que no inicio de tudo isso. Me preocupa o fato de ele poder ainda gostar de mim, mas não acho que seja esse nosso caso. Não acho que nossa relação va pra frente, mesmo que nos tentássemos, não duraríamos muito.

j- qual a melhor do brasil pra você?

ele me pergunta aleatoriamente.

a- Acho que a musica, é bem agitada e mesmo não sendo com um palavreado muito bonito, eu gosto de escutar. Também a diferença de culturas que você encontra em cada estado, sempre me impressiona.

j- Uau, eu gosto da beleza natural que ele possui. No canada, boa parte do tempo tem neve, entao eu não consigo ver muito dessa parte da natureza. Acho que é uma das únicas coisas que eu sinto falta quando estou no Canada e obviamente açaí.

Rio dele. Ele nunca mudou. Além de obviamente amadurecer junto conosco, ele continua sempre fazendo piada com a coisas. Sempre fazendo as pessoas rirem com alguma coisa, sempre nos divertindo, e eu admiro isso nele. Essa positividade que ele tem na frente dos outros, o quanto ele consegue transformar as piores coisas nas melhores. Poucas pessoas sabem o quanto ele é pessimista com tudo.

Breaking The Rules - em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora