Havia se passado um ano, desde do dia que um "Serial Killer" invadiu minha casa, as vezes me pego pensando se ele iria voltar, se um dia nos veríamos de novo, e isso não é só porque aquele filho da puta não devolveu meu celular.
Tive que comprar outro, pelo o que parece ser esfaqueada pelo serial killer fez minha mãe me mimar um pouco e ganhei um iPhone de última geração, mas isso não durou muito, considerando que voltamos ao nosso relacionamento normal. Imagina se ela soubesse que eu mesma me estaqueei e deixei o Kai fugir, ela me matava.
— Mais uma festa de fim de ano? Será que dessa vez aparece outro assasino? – Brinco ao ver minha mãe arrumando os preparativos.
— Nem brinque com isso, ainda tô pagando a merda desse celular. – Ela diz me fazendo rir e revirar os olhos.
(...)
— Bom Noite madrinha. – minha prima entra na casa com uma barriga que quase nem passa pela porta, ah esqueci de mencionar, Luiza vai ser mamãe na adolescência.
— Bom noite Luiza, tá de quantos meses já? – Minha mãe pergunta por educação, porque no fundo sei que ela está arrependida de todas as vezes que mandou eu ser como a Luiza.
– 8, logo logo o bebê já vem. – Luiza responde dando um sorriso e ouço minhas tias cochicharem sobre a gravidez da Luiza, e como o pai não vai assumir o bebê, são tudo um bando de velhas fofoqueiras.
— S/N, nossa como você está bonita, encorpou hein. – Minha tia que vivia julgando meu corpo diz, como as coisas mudam em um ano né. — Logo logo vai vir os namoradinhos, só cuidado para não engravidar igual a Luiza.
— O último cara que eu gostei era um psicopata, então melhor você estar errada. – Digo rindo e todos naquela sala olham para mim, odeio quando fazem isso, mas é até engraçado. Nunca ouvi um silêncio tão alto...
— Desculpa, eu me atrasei. – A porta é aberta e fechada rapidamente, quando me viro vejo Kai ali, eu só posso estar sonhando, ou em um pesadelo.
— Ah meu Deus. – Minha tia diz e ele ri.
— Deus não tem nada haver com isso, acredite. – Ele diz e se senta na poltrona e um silêncio misturado com medo preenche a sala.
(...)
— O que acham de um jogo? Perguntas e respostas, para relembrar os velhos tempos. – Kai diz após colocar o celular de todos em uma caixa, menos o meu. — Ah, e antes que eu me esqueça... Nosso filho S/N.
— Você vai me deixar ficar com o celular? – Pergunto pegando meu antigo celular da mão dele, que estava em ótimo estado.
— Se quisesse que eu fosse preso, já teria ligado para polícia faz tempo com o seu celular atual. – Ele diz com um sorriso convencido apontando com o olho para o meu bolso.
— Quem garante que eu não fiz? – Digo e ele parece pensativo, mas o sorriso nunca sai do seu rosto. — Vamos lá, perguntas e respostas eu vou começar de novo. Por que voltou Kai?
— Não é óbvio, para devolver seu celular. – Ele diz.
— Só por isso? – Pergunto, não sei bem a resposta que quero ouvir.
— Bem, eu também voltei porque quero te dar a melhor foda que você já teve na vida, quero subir para o seu quarto com você e quero que todos nessa sala ouçam você gemer o meu nome, quero que seja minha por essa noite, quero te comer desde o momento que botei meus olhos em você pela primeira vez. – Tá, essa era a resposta que eu queria ouvir.
