Sexologia E Amor

Parte 1 - o que eu quero

Capítulo 1

 Sexologia e a amor

 Kocho Shinobu 

 Alguns dizem que ser feliz com uma vida perfeita como a minha, é algo instantâneo. Mas não, não é.

 Posso ser rica, bem estruturada, bonita e inteligente, com uma família carinhosa que me dá todo o amor do mundo; mas no fundo, algo me falta. 

 E eu sei o que é.

 …

— Bom dia! — digo esboçando um sorriso animado para minha família. Moro com minha irmã mais nova e a mais velha, seu marido e suas filhas. Eu poderia ter ficado na casa da mamãe e do papai, mas sinto que aqui eu posso ter mais liberdade. 

— Bom dia, sexóloga mais bonita que eu conheço. — cumprimenta Sanemi, não me deixando saber se é piada ou se está realmente falando sério. 

— Olá,  Sanemi. — deixo minha bolsa pendurada na cadeira e me sento. Sanemi é como o irmão que eu nunca tive. Cresci em volta de mulher, sendo a irmã do meio entre três meninas. Kanao e Kanae são o nome delas. Voltando a Sanemi, ele é um homem bonito de trinta e um anos, simpático apenas quando pega intimidade e muito ciumento. Mas apesar do ciúmes, sei que ama minha irmã e suas filhas.

— Sanemi, não fale essa palavra na frente das pequenas. — aponta para Sumi, Kiyo e Naho. São trigêmeas, idênticas. Confesso que às vezes confundo elas, até Sanemi confunde. Por causa disso, Kanae começou a fazer um penteado diferente em cada uma. 

 Quando elas ainda eram recém nascidas, tiramos a pulseira de identificação delas e as confundimos. Até hoje não sabemos se, no chute, acertamos quem é quem.

 Ah, elas têm seis anos.

— Como você pretende esconder das meninas a vida toda a profissão que sua irmã vai seguir? — pergunta roubando o pão que eu ia pegar. Jogo o farelo do pão na cara dele. — Você tá querendo guerra?! — pega uma bolacha e a joga em mim.

— Se comportem! — acerta um tapinha na minha cabeça e na de seu marido. — Amor, na hora certa eu vou explicar às meninas. Mas por enquanto, Shinobu está aprendendo sobre amor e corpos. — essa é a resposta dela para essa pergunta desde que entrei para a faculdade.

 Estudo sexologia. Uma faculdade bem polêmica. Escolhi esse curso porque sou facinada pelo mundo sexual — Sanemi diz que sou uma pervertida. Eu amo estudar isso, é divertido. É o curso mais interessante que eu poderia ter achado.

 Estou tomando café quando Mitsuri chega suada na cozinha. Ela mora a uns três quarteirões de casa, mas sempre vem correndo para "começar bem o dia." Bem, é o que ela diz. Na minha opinião, isso é meio desnecessário. Exercício físico não é comigo, faço obrigada. Pago por todos os dias na academia, mas só apareço por lá umas duas vezes por semana. Kanae diz que é dinheiro jogado fora, mas eu preciso pensar que estou me esforçando.

— Hum, tem suco gelado? Adoro! — rouba meu copo de suco de laranja. A olho indignada. — Valeu, amiga.

— Chatinha.

 Mitsuri é minha melhor amiga. Ela é divertida, bem humorada, bonita e educada. Apenas um detalhe nela me incomoda: é forte demais. Às vezes Mitsuri acaba exagerando na força em me dar um tapinha nas costas. Uma vez eu senti que ela descolou meu pulmão do lugar.

— Vocês deviam ir para a aula, vão se atrasar. — após Kanae dizer, olho as horas no celular e, realmente, estamos quase nos atrasando. 

— Estamos indo. Bye, bye! — dou um beijinho em cada uma das minhas sobrinhas e irmãs, depois paro ao lado de Sanemi e lhe dou um cascudo. — Bom trabalho!

— Vaca! — escuto ele dizer quando já estamos saindo de casa. Pego meu carro e seguimos para a faculdade. 

— Que bom que você gosta de dirigir, não sei o que seria de mim sem você.

— Seria uma garota atrasada. 

 Mitsuri odeia dirigir. Eu tentei incentiva-la a dirigir com frequência, mas ela só tirou a carta porque seus pais pagaram. Desde que eu fiz dezoito é comecei a dirigir, ela pega carona comigo. Como pagamento por isso, ela me ajuda a fazer amigos, já que eu não sou a garota mais simpática do mundo. É complicado fazer amigos, nunca sei quem é a pessoa certa.

— Então, Shinobu, você vai mesmo fazer aquilo? — minhas bochechas coram ao me lembrar do que ela está falando. 

— Sim. Eu não aguento mais ser virgem! — resmungo. — Eu vou uma sexóloga virgem? Isso não. Não quero. Eu vou perder meu cabaço hoje! 

 Eu sempre tive um pouco de ciúmes da Mitsuri por ela ter perdido a virgindade bem antes de mim. Ela dormiu com seu namorado pela primeira vez aos quinze anos e até hoje os dois estão juntos. Os dois são tarados. Sério,  nunca vi um casal para gostar tanto de um vuco-vuco.  

— Você acha que ele vai topar? 

— Claro que vai! Eu tenho dado indiretas para desde que o semestre começou. E, bem, Tomioka-sensei pode ser meio desligado, mas como um professor de algo sobre sexo, acho que ele conseguiu notar que eu quero… dar.

— Lhe desejo sorte. — dá uma risadinha. 

 A verdade é que eu venho provocando Tomioka desde que entrei nessa faculdade. Ele é o pecado em pessoa. A luxúria num corpo incrivelmente gostoso.

 Eu já notei que ele me observa, afinal, eu sou muito bonita. Também já ouvi falarem por aí que ele já trepou com algumas mulheres do curso. Eu quero muito ser a próxima dama indefesa na sua cama.

 Na faculdade, Mitsuri vai para o seu curso e eu vou para o meu. Quando chego na sala, meu professor está conversando com algumas garotas bonitas. Todas querem dar pra ele. E eu também. 

 Durante a aula, uma aluna pede para ele dar uma demonstração de posição sexual em que a mulher sente muito prazer.

— Shinobu, pode me ajudar? — sou pega de surpresa por sua pergunta. Eu aceno com a cabeça, concordando. Fica atrás de mim e segura minha cintura com força. Quase dou um gemido quando ele simula uma estocada em mim. Oh, céus. — Quando o pênis entra nessa posição, é possível acertar o ponto mais sensível da mulher. Ah, não se pode esquecer que para mais prazer, deve-se estimular o clitóris da mulher para ajudá-la a gozar. Como sabemos, em algumas situações mulheres têm dificuldade em gozar, por isso nunca esqueçam de além de receber o prazer, também dar. — mais uma estocada em mim. 

 Eu vou gemer se ele não parar.

 Não se fico aliviada ou brava por ele se afastar de mim. Tomioka agradece a minha ajuda e eu volto para o meu lugar. A aula toda fico encarando aquele pedaço de mal caminho. 

 Delicioso, sexy, gostoso.

 E todos os outros adjetivos que indicam que ele é gostoso.

 Quando a aula termina, eu percebo que está na hora de agir. Espero todos os alunos saírem da sala, então caminho até Giyuu. Coloco minhas mãos na mesa dele e sorrio.

— Precisa de algo, Shinobu? 

— Sim, eu preciso, sensei. — sorrio. — O que preciso fazer para você me comer?

___________

O próximo capítulo é o último e também vai conter hot! 

Até breve!