Capítulo 6- Cantiga no Campo dos Gatos

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No rio uma balsa vermelha e verde, com detalhes em preto branco e dourado, seguia a frente com uma roda d'água. Dentro dela, haviam diversos gatos, de várias cores e espécies vestido elegantemente com décadas atrás; miando elegantemente como numa pequena festa chique dançavam em pares ao som da pequena banda que tocava em cima do palco. O capitão navegava com atenção tocando apitava para informar da passagem. No convés do navio alguns gatos fumavam charutos que invés de fumaça soltava bolhas, já mais a frente, encontravam-se o nosso pequeno grupo de viajantes.

Kazutora brincava com Peke J enquanto Chifuyu se recostava na borda junto com Mikey conversando.

   —Esse é um ótimo jeito de passar o nosso último dia antes de voltar pra casa...logo estaremos na casa do feiticeiro e nossa jornada terá acabado! Eu já vou poder voltar pra casa! Não vou mais me preocupar com uma versão estranha do meu melhor amigo me caçando com um lampião ou com uma fera maluca atrás de mim, nem com nada! E você não vai mais precisar aturar a gente. Você está feliz, não está, Mikey?—Perguntou Chifuyu

  —An? A- é...estou...—Respondeu Mikey.

   —Tudo bem? Você parece anormalmente triste…

   —Desculpa, só estou pensando numas coisas…

   —Un...ok.—Chifuyu respondeu, não queria pressioná-lo.

    —Oooh, nós vamos para o pasto perguntar ao feiticeiro, se ele tem um jeito de voltarmos para casa!—Cantou Chifuyu dançando com Peke J.—Não sei como ele é, como ele é quando ou porque

   —Mas ele está aonde vamos também!—Chifuyu cantou junto de Kazutora sorrindo.—Para o feiticeiro, ao feiticeiro, venha ao desfile do feiticeiro!

Pegando Mikey nas mãos, Chifuyu começou a dançar junto a Kazutora e Peke J animado. Mikey o olhava com uma expressão nervosa e cabisbaixa enquanto os dois cantavam e faziam uma dancinha boba.

Os dois encerraram a música caindo no chão após uma pequena volta.

   —Nossa...vamos pra casa...que bom!—Falou Chifuyu encostando novamente na borda da balsa com Mikey; Mikey suspirou triste olhando para a água.— Aí, Tora, o que deu no Mikey?

   —Não faço idéia, Fuyu. Por que o Peke J tá pelado?!—Falou gesticulando com os braços na direção do gato.

   —O que?—Perguntou Chifuyu encarando o gato que estava caminhando sobre as suas patas traseiras.

   —Os outros gatos estão todos bem vestidos!—Não era mentira, os gatos realmente estavam muito chiques e bem vestidos, como eu disse no começo da narrativa.

   —Ele é diferente, e está com vergonha! Olha a carinha dele!

   —Kazutora, ele não sente vergonha…ele é um gato.

   —Mas ele é o nosso gato!—Kazutora respondeu dando ênfase no "nosso".

   —E-Ele não é meu gato!

   —Não foi o que você disse na taberna!—O mais alto provocou.

   —Ele não é meu gato!—Respondeu envergonhado. Estava se contradizendo!

Kazutora suspirou indignado tapando as orelhas do felino.

   —Não ouça ele, bebê! Você é o nosso Filhinho e precisa de meias!—O gato miou.

De fundo, um apito soou, se viram viram um dos tripulantes gato do navio apontando pra eles junto de um gato policial –Acho que não tem necessidade de eu falar toda hora que são gatos, né?–. Policial esse que logo veio atrás deles.

O Segredo Além do JardimOnde histórias criam vida. Descubra agora