Já fazia mais de três horas que estávamos aqui nesse hospital e nada de notícias do Bruno
Meu pai já tinha chegado a um tempo e o pai do Bruno também, o irmão dele ficou na casa dos avós
Nesse meio tempo os enfermeiros expulsaram os nossos amigos, eles falaram que era muita gente e só podia ficar a família, então todos foram embora, inclusive meu pai e meu irmão, eu fiquei com os pais de Bruno
O pai dele permaneceu calado, só perguntou como aconteceu, a mãe dele respondeu e depois disso ele não falou mais nada. A Rose mae do Bruno também não falou nada e eu fiquei na minha
Estávamos numa salinha pequena onde tinha um sofá e duas poltronas
Toda hora eu ia no balcão perguntar se tinha alguma notícia dele e a reposta era sempre a mesma "Ainda não temos notícias, assim que tivermos nós lhe informaremos", eu já estava de saco cheio
Olhei no relógio e já ia dar quatro horas da manhã, eu nem consegui pregar o olho. Conversei um pouco com meu pai e Michelle por mensagem, logo eles foram dormir e eu fingi que fui também
A Rose também toda hora perguntava a recepcionista, e ela as vezes chorava enquanto seu marido a acalmava
Quando era seis horas da manhã o médico aparece ao lado da minha mãe na salinha que estamos esperando, assim que vejo me levanto
— Bom dia
— Doutor como está meu filho? — Rose levanta correndo e pergunta ao médico
— Não vou mentir, o estado do seu filho é muito grave, ele teve diversas fraturas pelo corpo, quebrou as pernas, um braço e algumas costelas, perdeu muito sangue também. Mas o mais grave é que ele bateu a cabeça e teve um traumatismo craniano, ainda não sabemos ao certo o grau que está, só vamos saber quando ele acordar
— Aí meu Deus não — ela chorava e eu também
— Ele vai ficar bem não vai doutor? — perguntei
— Vamos ver como ele vai reagir aos medicamentos, ele está em coma agora, a senhora já assinou os papéis para a cirurgia de risco?
— Sim, assinei assim que cheguei
— Bom, pela manhã nós iremos fazer a cirurgia, vamos tentar fazer com que amenize o dano, pode ser que ele fique com sequelas e tem chances dele vir a óbito
— E se ele não fizer essa cirurgia? — o pai de Bruno fala pela primeira vez
— Se ele não fizer a cirurgia é capaz dele ficar em coma induzido e vir a óbito em alguns meses
— Acho melhor concordarem com a cirurgia, ele é forte e vai conseguir se salvar — minha mãe fala
— Pode fazer a cirurgia doutor — Rose fala
— Como quiser, vou deixar vocês entrarem para vê-lo, apenas por dez minutos e um de cada vez, lá pelas oito horas da manhã iremos começar a cirurgia. Irei fazer o possível pra salvar o garoto — ele fala e sai
— Quem vai ser o primeiro? — minha mãe pergunta e o pai dele levanta — me acompanhe
E eles saem, não sei se me aproximo ou não de Rose. Decido me sentar ao lado dela
— Ele vai ficar bem Rose, tenho certeza. Você pode ir depois, eu serei a última
— Tenho fé que sim — ela fala e segura minha mão — isso não será uma despedida e sim um até breve
Sorrio pra ela, levantei e fui tomar água. O pai de Bruno aparece com os olhos avermelhados, com certeza ele chorou, a Rose levanta e acompanha minha mãe, entro na salinha novamente e me sento na poltrona em que eu estava
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Professor Obsessivo
AléatoireBeatriz Soares Gomes é uma adolescente de 17 anos, que está no último ano do ensino médio, mora com sua mãe, seu pai e seu irmão. Tem uma vida normal, até que depois da chegada do seu novo professor, sua vida vira de ponta cabeça e se torna um verda...