A ida ao passado

Capítulo 10

Oiii

Eu sei que demorei p atualizar mas pelo menos vou postar dois cap. hj pq ele ficou muito grande e achei melhor dividir em dois.

Boa leitura 

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Pov. George

Eu estava dormindo tranquilamente quando acordei com uma movimentação na casa, já que a sala precisa havia se "transformado" em uma casa enquanto estivéssemos nesse tempo. Quando eu saí do quarto vi um vulto ruivo virando em direção da escada, o que fez com que eu ficasse mais atento.

Quando eu desci em direção a sala, escutei um barulho de alguém chorando, o que me preocupou mais ainda... fui andando o mais silenciosamente possível até o sofá, onde a pessoa se encontrava, e quando consegui ver quem era, vi uma das cenas mais tristes que já presenciei.

Vi minha irmãzinha encolhida que nem uma criança com medo, mas o que mais chamou a minha atenção é que ela estava abraçada a um suéter Weasley que pertencia ao nosso irmão, Fred.

Quando percebi o que estava acontecendo, uma das garotas mais duronas que eu conheço estava chorando, algo que eu vi pouquíssimas vezes, e parecendo tão frágil, então me lembrei que a Gina odeia que a vejamos chorando ou mal, por tal motivo anunciei minha presença:

- Hey, maninha... - assim que ela me viu tentou esconder o suéter do Fred e limpar as lágrimas de seu rosto.

- Oi, George! - disse ela se fazendo de durona, porém ainda tinha a voz chorosa.

- Gi... o que houve? - perguntei, ela tentou falar que estava tudo bem, mas vendo minha cara de quem não ia acreditar ela desabou e me abraçou enquanto chorava no meu ombro, só que eu não sabia o que fazer por que quando ela ficava mal por causa de um pesadelo com o episódio do seu primeiro ano , quem cuidava dela era ou o Harry ou o Fred. Depois de um tempo ela se acalmou e eu perguntei novamente o que havia acontecido, ela respondeu:

- George... era pra eu ter ido no lugar dele, eu que desobedeci, não ele... é tudo minha culpa... - quando ela falou isso eu entendi exatamente o que tinha acontecido, porém deixei bem claro que não era mais para ela repetir isso e que a culpa não era dela.

Provavelmente o que aconteceu foi que no dia anterior eles haviam chegado na parte onde o Fred seria mais mencionado, ela deve ter ficado mal com isso mas como eu também fiquei mal ela não deve ter demonstrado pois, na visão dela, teria de ser forte por mim e por ela, daí a noite quando estávamos contando histórias engraçadas, contamos algumas das marotices que eu, a Gi, a Asty, e o Fred fizemos juntos... e isso deve ter feito com que ela tenha tido pesadelos com a guerra.

Ela começou a ter a síndrome do terror noturno após o acontecimento do seu primeiro ano, geralmente ela sonha com a câmara secreta e, depois, com a guerra, às vezes ela acorda depois desses pesadelos, mas o engraçado é que, isso vai soar muito estranho, mas quando a gente começou a desconfiar que a Gina tinha essa síndrome eu e o Fred fizemos uma pesquisa sobre esse assunto e, pesquisas dizem que a pessoa não lembra o que sonhou mas conforme a Gi foi crescendo ela foi se lembrando, cada vez com mais detalhes, do que acontecia em seus sonhos. Na primeira vez que ela teve, ela só disse que não se lembrava do que aconteceu no sonho, só que era muito real, mas agora se você perguntar ela vai saber dizer exatamente o que aconteceu.

Depois da guerra as coisas só pioraram, nesse quesito, a gente tentou convencer ela a ir ver se tinha algo que pudesse a ajudar, mas vocês conhecem a Gina, ela se fazia de durona e falava que tava tudo bem, o único que a convenceu foi o Harry, aí ela foi diagnosticada com síndrome do terror noturno pós traumático. Até há uma cura pra isso mas seria ir num médico dos trouxas que o trabalho deles é escutar os problemas dos outros e os orientar, só que a Gina não fala seus problemas nem pra Asty que é a irmã gêmea dela quem diria que ela falaria com esse médico, o qual eu não lembro o nome da profissão.

- Gi... - a chamei, e quando percebi ter sua atenção continuei. - Maninha, eu sei que não sou o Fred nem o Harry, mas se quiser eu posso te ajudar, só me diga o que fazer... - pedi

- Só não fale para ninguém sobre isso... - ela me pediu, mas quando abri a boca para responder ela uma voz feminina veio da escada.

- Ai, ai, Ginger... - a voz que eu reconheci ser da Asty suspirou - você tem que aprender que eu tenho audição de cachorro e assim com o George sabia o que o Fred tava sentindo ou pensando por causa da telepatia de gêmeos, isso acontece com a gente... - disse ela do pé escada.

- Droga. Esqueci desse detalhe... - reclamou a ruivinha ficamos um tempo os três quietos só olhando um pra cara do outro

- Gente... vamos voltar a dormir?... São quatro e quinze da manhã... - disse Asty entre bocejos, recebendo minha concordância, porém a Gi disse:

- Podem ir vocês... eu vou ficar mais um pouquinho...

- Bom então a gente fica aqui com você, né Asty? - perguntei

- Claro, é pra isso que servem os irmãos - concordou

Depois conversamos mais um pouco, acabamos dormindo na sala mesmo.

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Bjs. Gina