Peter estava impaciente. Seu pai tinha o dito que colocariam a Estrela de Natal juntos há dias atrás e até hoje ele não havia convidado para tal tarefa natalina dos dois. Faltava menos de uma semana para o Natal e a árvore ainda estava sem sua bela...
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✧ Personagens pertencem a Marvel, criador Stan Lee;
✧ Plot pertence a mim;
✧ Oneshot natalina;
✧ Comentários e votos são sempre bem-vindos! <3
𝐁𝐎𝐀 𝐋𝐄𝐈𝐓𝐔𝐑𝐀!
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Por Kory
Peter espiou pela fresta da porta o quarto de seus pais. Dava para ouvir o som do chuveiro ligado. Sua mãe estava tomando banho. Enquanto seu pai estava sentado na cama, com as costas apoiadas na cabeceira estofada, mexendo no computador em seu colo e com fones de ouvido, falando alguma coisa da qual ele não entendia sobre e o que era.
Peter suspirou, fechando por completo a porta com todo cuidado do mundo para não chamar atenção do pai — apesar de que o mais velho parecia concentrado demais no que dizia e ouvia para dar atenção a ele e ao baixo barulho da porta.
Era oficial. Seu pai não compriria o que disse que faria. Hoje era final do dia de quarta-feira e ele prometeu na noite de domingo que eles dois colocariam a Estrela de Natal na árvore, pela segunda vez, contando que no sábado foi o dia da primeira promessa que colocariam a estrela juntos, mas o trabalho fez Tony Stark desviar da promessa que fez ao filho, até agora.
Decidido a ajudar seu pai, a decorar a árvore e deixá-la linda para quando o Papai Noel chegasse no dia vinte e quatro...ou era dia vinte e cinco? Bom, era um desses dias que o velhinho Noel apareceria e ele merecia ser recebido na casa dos Stark com a mais bela árvore de Natal que o Noel já tinha visto em sua vida e em toda Nova Iorque! Peter rumou para seu quarto, onde tinha deixado a árvore de Natal na sua mesinha de escritório para estudos. A carregou nos braços com cuidado para não deixá-la cair ou amassá-la com seus bracinhos.
Na pontinha dos pés cobertos de meia grossa por conta do frio, Peter caminhou por todo o corredor do segundo andar da mansão e se deparou com as escadas em um curto espiral, onde no meio do semicírculo formado com a escada e o corrimão, estava a árvore no chão do primeiro andar, que seu topo dava para ser tocado ali mesmo nas escadas.
Peter abriu um sorrisinho, mas não o suficiente para mostrar seus dois buraquinhos de dentes de leite caídos. Com uma mão segurando a estrela, a outra segurava o corrimão para descer até chegar a certo ponto em que ele poderia se esticar para colocar a estrela no topo da árvore.
Peter se aproximou, colando seu corpinho no corrimão, ficou na pontinha dos pés, esticando seu corpo e seus bracinhos ao máximo para alçar o topo e colocar a estrela. Porém, quando Peter conseguiu, com todo custo e esforço, ele notou tarde demais que já estava com os pés fora do chão e seu instinto o mandou rapidamente se grudar na árvore para não cair. Gritou, sentindo medo quando a árvore parecia querer ir para o lado e tombar, pois por menor e leve que Peter fosse, ele era uma criança e crianças são maiores e mais pesadas que qualquer enfeite de natal em cima de uma árvore.
— PAPAI! — Peter gritou por ajuda, mais uma vez, desta vez pelo seu pai, seu herói cotidiano. E ele pediu mentalmente para o Papai Noel ter piedade dele e não deixá-lo cair.
A sua sorte foi que, mesmo ainda não sendo Natal, o Papai Noel e seu pai atenderam seu pedido.
— FILHO! — Tony chegou à beira das escadas, com o coração batendo como um tambor pelo grito que ouvira de seu menino e não pensará em mais nada a não ser chegar até ele. Com pavor, ele se deu conta da gravidade da situação e desceu a passos rápidos na escada, sem se importar se iria cair ou não, e pegou Peter, puxando-o pela camisa primeiro até conseguir segurar o corpinho pequeno e frágil de quase cinco anos no colo. — Peter...Céus! — Tony suspirou, respirando fundo o cheirinho que só Peter tinha, abraçando ele e beijando a testinha. — O que você tinha na cabeça para se pendurar ali igual a um macaquinho, hum? — Peter fungou.
— E-Eu não queria ser um macaco, papai. Queria pôr a Estrela na árvore...
Tony fechou os olhos com força, se repreendendo mentalmente e ao abri-los, olhou para a árvore e viu ali a Estrela de Natal pendurada bem no topo.
— Você conseguiu, pequeno, mas nunca mais faça isso, por favor, ou seu velho aqui e sua mãe ficarão loucos de preocupação.
— Não...não quero deixar papai e mamãe preocupados...— murmurou Peter e Tony sorriu de leve, acariciando o cabelo castanho e levemente ondulado de Peter.
— Me desculpe, filhão. Sei que isso foi por causa que não cumpri com o que prometi a você, mas na próxima vez, pode fazer o que for para atrapalhar meu trabalho que eu não vou ficar bravo e virei para te ajudar. Combinado assim?
Peter assentiu com a cabeça e apertou o abraço em seu pai, escondendo o rostinho no pescoço do mais velho.
— Combinado — sussurrou e deu um sorrisinho imperceptível aos olhos do pai. — Obrigado por me salvar, papai.
— 'Pra você, eu sempre estarei disponível, mesmo que não pareça, Pete. Eu te amo, pequeno.
— Também te amo, papai.
De repente, passos pesados e rápidos foram ouvidos. Era Pepper, que vinha com uma toalha pendurada desajeitadamente na cabeça e outra presa no corpo.
— O que aconteceu? Eu ouvi gritos e...
— Nada de ruim aconteceu, Pimentinha. Está tudo bem, até mesmo com a árvore.
Pepper tombou a cabeça levemente para o lado, sem entender o que o marido disse. Ao contrário de Peter, que se virou um pouquinho para ver a árvore e ele ficou feliz de vê-la lindamente em pé e com a Estrela de Natal. Ele havia conseguido!
