Epílogo - Seda

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Finalmente o epílogo saiu, boa leitura.

Legenda:
Imole osupa; Luar
Lewa bi awon irawo; lindo como as estrelas
Elegbe emi; Alma gêmea
Virar; transformar/metamorfo.
Oga; Chefe
Kadara; destinado
Orun mi; meu sol
Tan ina: raio de luz
Sokan labe osupa: unidos sob a lua
Imole mi; minha luz
Je Ti Mi; Seja meu
Ifemi; meu amor
Mo toro aforiji pelu gbogbo okan mi; Peço perdão de todo meu coração.
Emi ni; Sou seu
Okan; coração (também pode ser consciência, mas no sentido que é empregado aqui, é coração)
Ibukun nipa Osupa; Abençoados pela lua.
Iya, Mo gba omo re kaabo, bukun isopo wa, se wa ni okan; Mãe, dou as boas vindas ao seu filho, abençoe nossa ligação, Mantenho-nos unidos.
Seda: Criar
Yla: Mãe
Baba: pai
O fun mi ni imole, oorun aye mi: Você me deu luz, sol da minha vida

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– Faz quantas luas que ele está assim? – Hanji perguntou curioso, parado na frente da cabana, seus olhos castanhos brilhando. 

– Duas, ele virou e não deixa que eu me aproxime, só rosna e rosna. – Levi respondeu com as sobrancelhas juntas, confuso sobre o que poderia estar acontecendo com sua companheira.

Hanji anuiu, seguindo Levi para dentro da cabana decorada por Eren, flores e ervas estavam penduradas por toda parte, assim como recipientes com misturas diferentes nas prateleiras e o triplo de peles acumuladas no ninho, onde o lobo branco estava encolhido, os olhos dourados fixos nos recém chegados.

Os narizes dos dois alfas se moviam com o cheiro forte ali dentro, não era doce como costume, ou azedo, amargo, não, Eren não estava chateado ou magoado, parecia apenas diferente, como se algo estivesse misturado às violetas costumeiras.

– E onde você tem dormido? – Hanji perguntou mais curioso do que realmente preocupado com isso, a informação não mudava muita coisa, porém Levi não precisava saber disso.

– Ali. – O alfa apontou para um canto no chão onde uma almofada e uma pele descansavam, o outro alfa precisou morder os lábios para segurar a risada, pois o bico que Levi fazia ao apontar lembrava muito o de uma criança mimada de castigo. – Eren também não me deixa marcar o cheiro, faz duas luas que ele não cheira mais como eu.

– Uhum. – O brilho conhecedor nos olhos de Hanji não passou despercebido para Levi, principalmente quando o outro alfa não se moveu para se aproximar do ninho.

Ele não gostava de ter outro dominante em seu espaço, porém depois de tanto tempo assistindo Eren agindo estranho, acabou sendo vencido pelo medo, procurando então o curandeiro alfa da alcatéia.

– Notou algo diferente nos últimos ciclos? Ou no corpo dele? – Hanji perguntou casualmente, os olhos ainda na ômega no ninho.

– Talvez, Eren esteve mais tímido, sempre cobrindo seu corpo com as peles e não me deixando tocá-lo, as coxas e a barriga pareciam um pouco maiores, acho. – Piscou, confuso. – Mas Eren tem comido muito, então é normal que fique maior…

Havia certo orgulho na voz do alfa de cabelos escuros, era satisfatório para Levi saber que seu ômega estava tão bem criado e tratado que seu corpo estava engordando, uma prova física de que ele possuía uma boa alcatéia e principalmente, um bom alfa.

– E o último calor?

– Na verdade, faz alguns ciclos que nós não temos um… – E só então o alfa percebeu que algo estava acontecendo a bastante tempo, mas esteve tão ocupado com a reconstrução da aldeia, o treino dos novos guerreiros, a caça e a proteção de todos que não percebeu que seu ômega poderia estar doente. – Eren está bem? Ele…

Percebeu então o ar divertido de Hanji, que balançou a cabeça, incrédulo com a lerdeza repentina de Levi.

– Quantos nós deu em seu ômega, Levi? – A pergunta íntima arrancou um rosnado ameaçador do fundo da garganta de Levi, refletindo em Eren que rosnou para os dois, porém não se moveu de onde estava. – Ele comeu desde que ficou recluso no ninho?

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