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§ HORA DO SHOW §

-Seus filhos da puta, PAREM.- Gritei alí mesmo da sacada e logo saí correndo,com tanto lugar para brigar, eles resolveram brigar na frente da minha casa, se meu pai estivesse eu estaria totalmente fudido. 

Abri a porta e logo avistei a multidão em volta dos dois, mas não eram gângsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda, merda, merda. 

-É SÉRIO, PAREM. - Gritei novamente enquanto Jungkook e Jhope quase se esfolavam, os dois estavam no 0x0, mas eles pararam e me olharam. 

-Esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha...- Jungkook disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado. 

- Esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, esse cara é perigoso para você, Jimin. Vai saber o que ele queria...- Jhope falou ofegante e quase que eu digo "continuem brigando por mim feras, a princesa aqui vai voltar para o seu sono de beleza", mas não, ao invés disso apenas disse:  -Está tudo bem, Jhope. Pra mim Jungkook não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique à vontade. 

-Esse garoto não consegue encostar nem um dedo em mim, você sabe muito bem que é bem mais fácil EU bater nele.- Jungkook disse como se estivesse ameaçando Jhope, e ele estava. 

-Tem certeza, flor?- Jhope debochou. - Então vem, guerreiro. Quero ver se tu é foda mesmo. 

- Você sabe muito bem que eu sou, idiota.- Jungkook disse. - Quer que eu esfole a sua cara de novo? É isso? Então tá. - Jungkook disse e partiu para cima dele, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora. 

-Eu vou falar só mais uma vez... - Respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar.- PAREM. - Gritei novamente. - Ou se não, eu corto o bem mais precioso de vocês... Com aquelas tesouras normais ainda, para a dor ser bem mais intensa. - Jungkook e Jhope se olharam rapidamente. 

- Você me assusta Jimin... E olha que ninguém me assusta. - Hoseok disse. 

- Cala a boca, você é um cagão em todos os sentidos.- Jungkook implicou. - Mas enfim... Pra que cortar, gato?  Se você pode fazer outras coisas... - Jungkook disse mordendo os lábios, totalmente malicioso. Foi aí que Jhope tentou ir para cima dele novamente, mas eu impedir. 

-Ok gente... Acabou o show. - Me dirigi aos vizinhos.- Podem voltar para suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa... MAS VOLTEM, Dona Maria, vai lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio umas 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes...- A senhora fez uma cara de ofendida e saiu. - Sr. João, vai lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo. 

-Mas eu não estava fazendo nada.- O homem retrucou.  - Então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigado. 

-Vão indo todo mundo, o show dessas "garotas" já acabou, obrigado por comparecerem. - Os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Jungkook e Jhope discutiam. Me virei para os dois. - Pronto, agora cada um vai pro seu lado e parem com essa porra de infantilidade. - Falei. 

-Mas eu quero falar com você. - Jungkook insistiu sério. Nunca abrindo mão do seu jeito bad boy. 

-Mas ele não quer falar com você.- Jhope decidiu por mim. 

-Cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervoso, relaxa e pega umas minas. - Nossa, olha quem tá falando, Jeon Jungkook, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar. 

- Eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? - Porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Jungkook mudar sua expressão suave, para o VERDADEIRO Jungkook. 

- O que você disse, seu cuzão? Repete, quero ver...- Jungkook disse. 

-Comi a sua mãe.- Jhope repetiu, e então, Jungkook partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo.  Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa ideia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. Deixei eles lá,eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seria nós três na pauleira. Havia um sms do meu pai dizendo que ele "Dormiria no escritório"... Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá. Ouvi o barulho da porta se abrindo, e droga,  não podia piorar... Ela estava com uma calça branca super justa, que dava pra ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com uns três metros de altura mais ou menos... Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo "Sou vadia". 

-Oi pirralho, a janta já está pronta? - Ela perguntou e eu ri ironicamente. 

-Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe.  

-Que Deus a tenha. - Ela debochou.- Mas agora... eu mando aqui. 

-Não sonha Jisoo... Um dia sua máscara caí. - Falei. 

- Deus o livre minha máscara facial cair. - Ela disse massageando o rosto. - Imagina só, eu cheia de rugas. Não consigo nem pensar.- "Oi burrice" Pensei comigo. - Então pirralho... Já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair para comer fora.- Isso foi um pretexto para pular a cerca e meter vários chifres sobre em meu pobre pai. - Ah, depois eu vou para casa da minha querida vó. - Mentira. - Só volto amanhã. 

-Você vai é pro seu ponto que eu sei.- Impliquei. 

-Olha o respeito, pirralho.- Ela disse. 

-Desculpa, é que eu não consigo ver a  diferença entre você e uma prostituta. - Falei enquanto pegava uma maçã e mordia. Jisoo ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. 

Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite. E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Jungkook nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Jungkook vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação. Tirei os fones, porque ouvir música não estava dando certo e fiquei ali no silêncio. Até ouvir um barulhão, tipo um estrondo, Levantei-me da cama praticamente voando e totalmente assustado. Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas  e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento... Eca...

POSSESSIVO | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora