Prólogo

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    Olhando pra a flora alienígena que compõe a maior parte dessa dimensão, me pego pensando...em todos os erros que cometemos, toda a destruição que causamos, tantas espécie que agora estão extintas, tudo isso para nada? Para que acabe assim, tão longe de um lugar que  um dia eu já chamei de casa.

    Não vou deixar que termine assim, mesmo que eu tenha que arrastar alguém de outro mundo para continuar nossa história, sei que é egoísta mas não tenho nenhuma outra opção.

Eu sou o único que restou, o único que ainda não se transformou em um daqueles monstros, e como o último da minha raça  devo assumir essa responsabilidade, mesmo que eu acabe morrendo por isso.

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    Em alguma pequena cidade do sul de Minas Gerais, um jovem está voltando para casa depois de um longo dia de trabalho.

    Entrando na casa, que se encontra vazia e escura, ele anda direto ao quarto ,depois de trancar a porta e tirar os sapatos.

    Ele deita na cama com um suspiro cansado devido ao provável péssimo dia, pegando o celular ele pode enxergar um pouco do próprio reflexo, e também os olhos vazios de sempre.

    Navegando pelo celular o jovem encontra um jogo que ele já havia esquecido, mas que sempre amou jogar, 'talvez eu possa me distrair um pouco antes de dormir', ele pensa.

    Entrando no jogo, e criando um novo mundo, o jovem perde a noção do tempo enquanto lembra da simples infância, um tempo sem pressão social ou da própria família, um tempo onde tudo poderia ser simples.

    Olhando o vasto horizonte, um desejo avassalador por viver em um mundo assim o inunda, 'como seria bom viver em um lugar assim', ele pensa, 'com magníficas paisagens e lugares inimagináveis, talvez um dia eu possa estar em um lugar assim'.

    Um pequeno brilho de esperança aparece em seus olhos, mas logo se apaga, ele desliga o celular e simplesmente adormece.

    Mas uma distorção aparece ao seu redor, estranhas palavras o cercam, um cubo brilhante aparece e entra em seu peito, e o jovem desaparece, deixando tudo como estava, como se nunca tivesse entrado na casa.

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Sentindo o calor do sol no meu rosto eu lentamente acordo com uma pequena dúvida em minha mente, 'tenho certeza que deixei a janela fechada, de onde vem esse sol'?

Splash!!

    Escuto um alto barulho de água que rapidamente me faz levantar, tento abrir os olhos mas um forte luz me impede, lentamente me habituando a luz abro meus olhos, mas a visão me surpreende.

    "Onde diabos eu acordei". Uma praia, uma belíssima praia com a água na cor de um azul claro que se estendia por todo o horizonte, as ondas batiam em algumas rochas na areia criando um som alto, belíssimas conchas enfeitava a areia da praia, conchas que nunca eu havia visto antes.

    Me sento na areia e toco meu rosto, mas uma ardência me faz recuar a mão, meu rosto estava bem queimado por causa do sol, devo ter ficado aqui por um bom tempo, mas... "como que eu vim parar aqui"?
   

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