𝟒 - 𝓕𝓲𝓬𝓪𝓻

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"Cientificamente, os sonhos são definidos como excitações da imaginação do inconsciente enquanto as pessoas se encontram adormecidas... Segundo Freud, os sonhos são traduções de nossos desejos e da realização destes."

Marinette estava em Paris. Ela caminhava pelas ruas da bela cidade que cheiravam à croissant e cafés franceses. A cidade estava iluminada pelo Sol das dez da manhã. O dia estava fresco. O vento batia contra o seu rosto de um jeito que parecia estar beijando-a suavemente.

Enquanto caminhava pelas movimentadas ruas da cidade da Luz, a azulada é pega de surpresa por algum alvoroço que acontecia na rua. Ela se perguntava qual seria o porquê daquilo: Um akumatizado? Um acidente? Um assalto?

A menina ouve disparos. Seu coração começa a ficar mais acelerado do que deveria. Suas pernas começam a ficar mais fracas e suas mãos começavam a tremer e a ficarem suadas.

Suas pernas não lhe obedeciam, seus olhos piscavam compulsivamente. Ela não conseguia correr dali. Até que ela vê um semblante, que começava a andar em sua direção, possivelmente era o indivíduo que estava causando o alvoroço. Ela não conseguia ver quem era, mas notava que tinha um sorriso aberto e perturbador em seu rosto, e começava a apontar a arma em sua direção.

Malditas pernas que não lhe obedeciam em tal momento tão crucial!

Ele posicionou a arma e logo puxou o gatilho. Seu coração parou naquele momento. Seus pulmões já não lhe entregavam mais o ar. Mas ela não havia sido acertada. Alguém pulara na frente dela.

Era MisterBug que entrara em sua frente. Era Luka que havia sido baleado em seu lugar. O rapaz caíra no chão e estava se destransformando.

O assassino havia sumido, assim como as forças de Marinette.

Ela se jogou no chão, de joelhos, enquanto seu rosto era coberto de lágrimas que molhavam o rosto do rapaz.

- Não! - ela gritava enquanto olhava para o sangue do azulado manchar sua típica camisa do Jagged Stone. - Fique vivo, Luka! Fique vivo!

O rapaz respirava com dificuldade, enquanto levava sua mão ao rosto molhado da amada e limpava suas lágrimas com os dedos trêmulos.

- Eu... Não me arrependo. - Luka tinha uma voz fraca, seus olhos já pesavam e a dor parecia insuportável.

- Fica comigo, Luka... Fica comigo - Dupain-Cheng dizia enquanto suas lágrimas caíam e molhavam o rosto do rapaz. Ela dizia entre soluços enquanto tentava estancar o sangue de Couffaine: - Eu te amo, eu preciso de você. Eu preciso de você. Só de você e mais nada! Só... Fica comigo, por favor...

- Eu... - Ele fazia força para falar, enquanto Marinette pedia que ele poupasse esforços, mas o mesmo teimava e recusava tal pedido. - Eu sempre... Estarei com... Você.

Luka sorriu fraco e permitiu que seus olhos se fechassem. Marinette o chamou, chamou e chamou, mas nada de o rapaz lhe responder. A menina gritava, e abraçava o corpo ensanguentado do garoto. Por que diabos não aparecia logo uma ambulância naquele local? Por que aquilo acontecia com ela?

- Não, Luka, não... - ela murmurava fraco, enquanto as pessoas passavam pelo local, sem se importar com tal cena, como se fosse até mesmo algo rotineiro de se ver.

Marinette estava sozinha. Estava sem seus pais, estava sem seus amigos e tudo o que lhe restava era o cadáver de Luka entre seus braços...

A garota acordara ofegante, enquanto gritava e suava frio. Ela desabava em lágrimas, se recordando de tais cenas. Gina corria para o doce quarto amarelo e abraçava a neta que gritava e chorava compulsivamente.

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