Eu não ando bem
Mas tá tudo bem
Preencho-me com o vazio
E mostro meu belo sorrisoMesmo cercado estou só
Martirizo-me sem dó
Volto ao mesmo com ré
Mi encolho e tomo um caféCafeína alta minhas veias
Escorre negra pelo braço
Pinta o chão de preto
A poça toma meu espaçoDó, ré, mi há meu violão
Componho outra canção
Sem banda, só solidão
Carreira solo, sem rumo ou direçãoClipe na chuva, congelado
As gotas encharcam meu corpo
Escorrem pelo meu rosto
Só eu e o meu desgostoOs acordes me aprisionam
As cordas me enforcam
As notas criam a passagem
E a letra me transpassaDespenco na lama
A faço de minha cama
Espero a turnê
Em busca de ter famaTodos estarão presentes
Ou não irão ao grande show
De novo a chuva cai
Tordos se tornam pretoMe verão deitado
Apenas descansando
Aproveitando a idade
Finalmente aposentadoA escala vai até si
Mas ela é infinita
Quando se pensa que acabou
Volta-se a dó como começou
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Poesias
PoetryEstarei postando aqui algumas de minhas poesias, espero que gostem e que elas ajudem em algo