Poesias

Destino

Pulei do topo da torre Eiffel,

Há dezoito anos caindo,

Tentando abrir as asas,

Como Icaro almejando o céu

Finalmente voando, mas não é isso...,

Vejo ao redor outros caindo,

Umas só esperam chegar ao solo,

Outras oram por um salvador

Bibidibabidibu, não é assim que alcançaram, 

Bibidibabidibu, esse feitiço não funciona

Bibidibabidibu, Tente outra alternativa 

Bibidibabidibu, Insistindo na caída 

Batendo palmas não vai voar,

Batendo palmas, melhor outra coisa tentar,

Batendo palmas, é melhor escutar,

Batendo palmas, não vai adiantar

Em queda livre, faça algo

Em queda livre, acredite

Em queda livre, aprecie sua vida 

Em queda livre, pegue as asas dadas a ti

Olho para o topo da torre,

Vejo pessoas com medo de saltar

Vamos, tentem, parem de tremer,

Salte logo e comece a viver 

Me perguntam como eu consegue,

Só segui o que o instrutor ensinou,

Façam o mesmo e voem aos céus,

Alcancemo-o, sentado está a nos aguardar 

Ele foi o primeiro a alcançar,

Obedeci suas instruções para conquistar, 

Mas ele está tão alto..., será que cairei? 

Talvez, mas diferente de Icaro, voltarei a voar

Como morrerei seguindo a vida?

Tomarei a direita e chegarei a esquerda? 

Sei que a verdade não mente,

O caminho está a nossa frente, acima de tudo 

Voarei, sim voarei,

Mas nunca em ninguém pisarei,

Fui instruído a amar,

Só assim, conhecendo a verdade, ela me libertará 

O céu não será mais o limite, 

Nem o espaço, ou as galáxias, ou o universo, ou as constelações 

Estou voando para o céu, mas de outra dimensão 

Não desanime, acredite, no fim irão se encontrar

O pó volta ao pó,

A criação ao criador,

Isso é o que chamamos de destino,

Vida eterna sem dor