Atlas'ın babası

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Parte 3 

-- Tenho certeza que foi por falta de tempo. - Ozan usou de todo seu autocontrole para não perguntar mais coisas para o Atlas. Assim como seu coração se apertou, pois se ele fosse pai do Atlas faria isso todos os dias. -- E aí parceiro já está satisfeito? - Atlas assente enquanto arruma o óculos com o dedinho indicador. A mente de Ozan viaja novamente para o velho Ozan, os mesmos trejeitos. Ele sente como se o destino brincasse com ele.

-- Atlas? - A voz de Esra surge. Um tanto quanto trémula. 

-- Anne... - grita correndo em direção a mãe que o pega no colo. -- Você sabia que o Ozan me deu comida? - conta todo sorridente. 

-- É mesmo? - Esra conversa com o filho tentando se controlar. -- E comeu tudinho?

-- Boa noite, Esra. - Ozan diz calmamente e quase com um sorriso maior que a boca olhando para os dois. 

-- Boa noite, Ozan. - responde com um sorriso amarelo. -- Obrigada por ter feito ele comer. -faz cócegas na barriga do pequeno. -- Vamos para a casa? 

-- Filha. - a dona do restaurante chama. -- A mochila do Atlas está lá em cima, vou pegar.

-- Obrigada, anne. - agradece a mãe por ajudá-la. -- Atlas, vai lá com a vovó aproveita e da um beijo no vovô.  - Atlas aceita já dando a mão para a avó e saem em direção ao andar de cima.

-- O que houve, Esra? - Ozan pergunta notando seu nervosismo. -- Por acaso é que dei comida ao Atlas? 

-- Não, não... - Sorri sincera. -- Ele tem um pouco de

 dificuldade de comer comidas saudáveis. Come apenas se tiver eu por perto, ou seja, muito obrigada. - Ozan sorri com os olhos como quem diz "foi um prazer".

-- Então, o que houve? Você parece tensa, aconteceu algo depois que saí da empresa para ir ao advogado? 

-- É... é... - Ozan nota seu nervosismo. -- Ozan, eu, eu... 

-- O que houve, Esra? - Ozan pergunta firme dessa vez. 

-- Não foi nada, aconteceu algumas coisas, mas nada que diz respeito a empresa. - responde rapidamente. Claramente é uma desculpa e isso não passa despercebido por Ozan,

-- Esra, eu sei que você está escondendo algo. 

-- Anne... - a voz de sono do Atlas chega até o ouvido deles. 

-- Ele está cansado filha, melhor irem. - Esra sorri para a mãe em agradecimento. 

-- Vamos, meu bebê. - Esra pega Atlas no colo. -- Ozan, novamente obrigada. 

-- Tchau, Ozan... - Atlas fala com os olhinhos piscando e balançando as mãozinha. 

-- Vocês querem carona? - Ele se prontifica. 

-- Não precisa, vim de carro. - Corta rapidamente. - Até mais mamãe. 

A cara do Ozan apresenta uma pequena decepção. 

-- Tchau, campeão. - acena para o pequeno que está com a cabeça nos ombros da mãe quase dormindo enquanto eles caminham para o carro. 

-- Ozan, me ajuda a fechar o restaurante? - O coração do Ozan se enche de alegria. Essa noite foi como se nada tivesse mudado. 


***

-- Ela estava estranha, Musa... - Ozan e Musa estão sentados no sofá do escritório do Ozan. 

-- Ontem ela ficou até tarde na empresa. - Musa conta. 

-- Mas eu não sei se esse estranho tem só a ver com a empresa. - Ozan coça a cabeça. -- Ela pareceu um tanto quanto perturbada quando me viu dando comida ao Atlas. 

-- Você acha que ela não gosta que você goste do Atlas? 

-- Não é isso, porém sinto como se ela não quisesse que fossemos tão próximos. Só que isso é impossível, Musa. - Ozan respira fundo e abre um sorriso largo. -- Ele é tão lindo. Precisa ver ele faz perguntas e mais perguntas sobre estrelas, sobre o universo, me conta histórias. 

-- Ele é mesmo muito encantador. Entretanto, irmão, você não acha que esse seu encantamento por ele. É por ele parecer com você? 

-- Não fala isso, Musa. Eu tento não pensar nisso, é como se o universo quisesse brincar com a minha cara. Meu filho com a Esra não chegou a vir ao mundo e isso me dói. Nós dois nos tornamos pais e nossos filhos são apenas nossos, ela não é a mãe da Ela, e eu não sou pai do Atlas. Você sabe como isso dói? - os olhos do empresário entrega toda a dor que ele carrega. 

-- Irmão...

-- Ela deu o nosso nome para o filho, Musa. - respira fundo. -- Atlas, sempre foi o nome que se tivéssemos um filho seria. - de ombros caídos e suspiros altos. -- Mas ela deu esse nome para um filho dela com o Çinar. COM O ÇINAR. - A raiva de Ozan aparece. -- Ele nem sequer deve saber da importância desse nome, ele nem consegue dar comida pro próprio filho. 

Um toque suave na porta interrompe a conversa dos dois amigos. Ozan rapidamente passa a mão no rosto e respira fundo três vezes se recompondo. 

-- Entra. - A figura de um Atlas de jaqueta amarela com preto e cabelos bagunçados surge seguida de Esra. 

-- Oi, Ozan... - Atlas fala já correndo em sua direção. 

-- Oi, parceiro. - Korfali o pega no colo. -- Você está bem? 

-- Oi, Musa. - Esra cumprimenta. -- Atlas veio trabalhar com a mamãe hoje, mas ficou o caminho todo perguntando se era nesse mesmo lugar que o "Ozan" trabalhava. Pois, você falou na festa de aniversário da Ela que iria mostrar o que faz. 

-- É mesmo, campeão? - O pequeno chacoalha a cabeça animado enquanto grita um "evet". Os tres adultos riem. 

-- Se você tiver muito ocupado, levo ele. 

-- Para o Atlas jamais estarei ocupado! Bora, conhecer meu trabalho parceiro? 

Continua...





ASKMI CENASWhere stories live. Discover now