𝐝𝐢𝐞 𝐟𝐨𝐫 𝐲𝐨𝐮, PARTE I

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• inspirado na música "Die for you" do cantor The Weeknd

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𝐄𝐔 𝐋𝐈 uma vez, que estar apaixonado é estar mais próximo da insanidade do que da razão, e cara, eu nunca pensei que sentiria a veracidade dessas palavras na pele. Era insana a forma que eu desejava aquela agora e, por isso, muitas vezes ignorei a razão, que insistia em me dizer que "isso" daria merda. E de fato, deu.

Estou procurando maneiras de expressar o que estou sentindo agora, mas minha cabeça está uma bagunça, porque a voz dela, junto com seu sorriso, corpo, rosto, cheiro e até mesmo a porra do som da sua voz - que eu particularmente acho que poderia dar fim a uma guerra - ocupava todo o espaço da minha mente, roubando minha capacidade de pensar em uma forma de explicar o sentimento pelo qual estou passando.

Eu sei que simplesmente não posso dizer que não a amo, porque isso seria uma completa calúnia ao verdadeiro significado de não amar alguém. Caralho, é assustador admitir, mas eu estou fodidamente apaixonado por aquela garota e não sei o que fazer com isso, já que o sentimento não é recíproco.

A conheci através de Emma, que à apresentou como uma amiga de infância que tinha se mudado e voltou após alguns anos. Naquele dia, eu quis me fazer de difícil, nem a olhei nos olhos e tampou demonstrei o absurdo que ela causou no meu peito. Fiquei na minha, disfarçando o estrago que o seu sorriso fez aqui dentro, quando meu coração disparou. Mas quando menos percebi, eu já tinha me aproximado e ela logo havia se tornado uma das poucas pessoas mais importantes para mim.

Um ano já se passou e o sentimento que eu achei ser passageiro só aumenta a cada vez que eu à vejo; ela se tornou minha melhor amiga, quando na verdade eu queria que ela tivesse meu sobrenome. S/N Ryunguji; era um pseudônimo agradável à minha mente.

E agora, estou aqui, numa festa de aniversário observando ela dançar despreocupadamente com Emma - a aniversariante -, enquanto eu me preocupo em pensar numa razão para que não pudéssemos ficar juntos e, com isso, fazer com que a ideia de sermos apenas amigos - melhores amigos* - fosse engolida a pulso. Mas isso não estava funcionando. O pensamento de tê-la somente como uma amiga era inadmissível para o meu coração apaixonado, porque ela é perfeita pra caralho e eu sei que vale apena tentar.

- Cara, a Hina vai comer o meu cu quando souber que ainda estou aqui... - ouço Takemitchi reclamar ao meu lado.

Paro de comê-la com os olhos e presto atenção nele, invejando o motivo de sua preocupação. Imagino como seria caso eu namorasse a S/N... É estranho eu ficar contente com a hipótese?

- É sério? - pergunto, pensando que o meteria em problemas.

Eu acabei o arrastando até aqui, porque sabia que se ficasse sozinho, eu ia correr até a S/N e dizer todos os sentimentos que eu tenho guardado e fazer de hoje o dia em que ela saberia da verdade: que eu a amava de uma forma quase insana.

- Sim. Eu prometi que voltaria às dez e já se passa da meia noite. - preocupado, ele guarda o celular novamente no bolso e segura com força a lata de Coca-Cola, provavelmente pensando em uma bela desculpa. - Ah, ela vai me espancar. - choramingou, desabando do sofá e me fazendo rir.

Enchi meu copo com saquê outra vez, vertendo o álcool de uma vez só, tentando afogar o pensamento infantil que subiu na minha mente. Cacete, me sinto um lixo por sentir inveja disso - na verdade, me sinto um lixo por sentir inveja do Takemitchi -. E eu não quero esse sentimento; eu não consigo pagar o preço que é amar alguém que não sente o mesmo. Eu não a culpo, mas não é como se eu tivesse culpa também.

𝐃𝐈𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐘𝐎𝐔 ᵈʳᵃᵏᵉⁿ | 𝐓𝐨𝐤𝐲𝐨 𝐑𝐞𝐯𝐞𝐧𝐠𝐞𝐫𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora