Eu confio na pobreza para vencer os jogos de sobrevivência

Ch37 - Contrato de Otey

REVISADO
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Xiao Lan estava suspirando pesarosamente sobre o retrato de Edmund quando de repente ouviu uma mulher chorando ao lado dele.

De onde veio essa mulher?

Perplexo, ele virou a cabeça e ficou surpreso ao descobrir que não estava mais naquela sala de piano coberta de poeira.

A sala em que ele estava era um quarto de aparência requintada, que tinha um ar animado. A sala tinha sido decorada com vários laços e as paredes estavam cobertas por um papel de parede floral claro.

Um pouco de abandono e este seria o quarto de Annie, que eles já tinham visto antes.

Xiao Lan ia dar uma olhada em volta quando descobriu que sua linha de visão estava fixa, como se estivesse assistindo a um filme, e ele só podia seguir o movimento das lentes da câmera.

O dono do olhar olhou para a frente e Xiao Lan acompanhou o olhar até uma criança de pijama, que estava deitada em uma pequena e delicada cama com cortinas de renda.

Esta criança realmente parecia um pouco horrível. Sua cabeça era como uma boneca de barro casualmente montada por um artesão desajeitado para produzir uma forma irregular. Seus olhos haviam adquirido formas completamente diferentes devido à pressão de seus ossos deformados, e seu pescoço estava monstruosamente torto. Provavelmente era muito difícil dormir assim.

Embora nunca tivesse visto o retrato de Annie, Xiao Lan pôde adivinhar com um olhar que aquela criança era Annie.

Ela estava fazendo o possível para sorrir enquanto falava em um tom suave e infantil para a mulher sentada aos pés de sua cama. "Na verdade, Annie não está sentindo dor."

Mas qualquer um podia ver que os músculos de seu rosto estavam contraídos de dor.

Ao ouvir isso, a mulher também abafou o choro. Havia um leve sorriso forçado em sua voz quando disse a Annie que eles iriam a algum lugar para brincar depois que ela se recuperasse, evocando livremente imagens de correr ao redor de uma colina onde flores frescas desabrochavam em abundância.

Só se viam as costas da doce e graciosa figura da mulher sentada aos pés da cama.

Ela estava usando um vestido longo branco com um par de luvas de seda que cobriam seus braços inteiros. Ela também usava um enorme xale de pele desatualizado que cobria sua parte superior do corpo confortavelmente.

A mulher estava usando um chapéu lindo e excessivo com camadas de decorações complicadas nele. Do ângulo do observador, apenas um longo loiro platinado, cabelos cacheados caindo nas costas podiam ser vistos.

Naquele momento, a mulher ouviu passos e virou a cabeça.

Seu perfil lateral era extremamente bonito e transmitia uma sensação pálida e frágil, como se ela fosse uma deusa tranquila, gentil e bela sob o luar, mas isso era apenas metade de seu rosto; a outra metade estava coberta pelas belas decorações em seu chapéu e não podia ser vista completamente.

“Edmund.” As lágrimas da mulher não puderam deixar de cair mais uma vez.

O espectador, isto é, Edmund, gentilmente apoiou a mulher triste. "Bella, tudo vai melhorar e Anna vai ficar bem também."

Bella se virou para olhar para Annie, que tinha adormecido, antes de dizer baixinho em desespero: "Ela não vai. Ela nunca vai melhorar. Annie vai ser como meu pai... por causa do tormento desta estranha doença, ela vai  para me deixar. "

Ela se encostou em Edmund, sua voz soando vazia e morta.  “A família Anotti está amaldiçoada? Por que Deus não nos salva? Meu pai disse que, desde que oremos sinceramente, Deus definitivamente nos ajudará. Mas Deus nem mesmo salvará Annie. Somos os últimos da linhagem da família Anotti.  Deus quer nos ver morrer? "