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Uma semana, fazia exatamente uma semana desde que você aceitou a proposta do velho amigo de seu pai. Você percebeu que tudo que aquele homem falou sobre seu próprio filho, era mentira.

Jay não era um psicopata como ele fez parecer, O park era como uma criança que precisasse de alguém para ouvi-la.
Durante as madrugadas você ouvia gritos desesperados e várias teve de sair correndo para ao encontro de Jay e tentar ajudá-lo.
Mas ele apenas dizia que estava bem, mas desta vez foi diferente.
Você não voltou pro seu quarto, ficou sentada em frente a porta dele com receio que ele tivesse outro pesadelo.

- Jay?

- Você ainda tá ai? Vai embora!

- Não, eu não vou.

- Então vai morfar aí fora, porquê eu não vou abrir a porta.

- Contanto que você esteja bem.

- Eu não estou bem, nunca estive bem - fez uma pausa, pude ouvir Jay se levantar de sua cama e sentar próximo da porta - e talvez, eu nunca fique bem.

- É claro que você vai ficar bem, eu vou te ajudar. Eu promet- você foi interrompida pelo garoto que bateu na porta te assustando.

- Não prometa algo que não vai cumprir.

- Eu prometo que vou te ajudar.

- Isso não vale de nada pra mim, eu sou um monstro.

- Não diga isso! Acha que sua irmã iria gostar que ouvir isso?

- Minha irmã? - riu de forma melancólica - você não sabe nada sobre a minha irmã.

- Seu pai me contou que você presenciou a morte dela, e isso deve ter te afetado.

- Eu não só presenciei a morte dela, eu também causei a morte dela - sua voz ficou presa em sua garganta, você queria poder falar mas alguma lhe impedía - essa é a hora que você me chama de assassino e some da minha vida.

- Eu não vou fazer isso.

- Você têm que fazer isso!

- Eu não vou sair daqui, não até eu conseguir te ajudar - você afirmou ouvindo o garoto bufar.

- É por causa do dinheiro, não é? - perguntou quase que em um susurro.

- Isso te interessa?

- Não. E saia da minha porta antes que eu abra e te jogue da escada - a voz do garoto fora ríspida. Sem vontade nenhuma de levantar. Você continuou ali, sentada.

Seus dias naquela casa se tornaram o verdadeiro inferno, Jay tentava de todas as formas lhe irritar. Colocando sal na sua bebida, trocando seu shampoo por tinta.
Brincadeiras de adolescentes que adoram irritar. E foi aí que você percebeu que para competir com ele, teria que agir como ele.

- Ele gosta de tinta não é? - você riu fechando a porta do banheiro do garoto, com bastante cuidado você trocou o conteúdo do tubo do creme dental para uma tinta da mesma cor, verde.

Sentada no sofá, como se não estivesse feito absolutamente nada suspeito. Você ouviu Jay gritar seu nome furioso, se segurando para não rir você seguiu até o garoto que se encarava no espelho com um os dentes completamente verdes.

- Que merda é essa? - ele te encarou.

- Pasta de dente?

- Não se faça de desentendida, palhaça.

- Você começou, eu só estou dando continuidade a nossa brincadeira.

- isso não tem graça.

- Quando não é você, não é? Então, pare de agir como um adolescente e vamos conversar. Eu preciso da sua ajuda e você também precisa da mimha!

- Eu não preciso da ajuda de ninguém.

- Vamos fazer um teste. Você me dá uma semana pra tentar te ajudar e se eu não conseguir, você pode me expulsar daqui a pedradas.

- Quatro dias.

- Seis dias.

- Cinco e não se fala mais nisso.

- Cinco está bom! - sorriu amarelo se virando para voltar a sala. Você não sabia como iria ajudá-lo, mas sua vida agora dependia disso.

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Me perdoem se caso houver erros!!

Enhypen - 𝑫𝒓𝒆𝒂𝒎𝒔 𝒂𝒏𝒅 𝑰𝒍𝒍𝒖𝒔𝒊𝒐𝒏𝒔 [ NÃO REVISADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora