2 - Cap extra

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Então galerinha, boa tarde!

Eu decidi fazer um capizinho extra pq toj obcecada por elas e to deixando minhas amigas obcecadas tbm, um beijo Dhara e Ray, que me aturam sofrendo por esse casal injustiçado.

Enfim, sem mais delongas, façam uma boa leitura e me perdoem caso haja qualquer erro 💛

Ps: textos em itálicos são um flashback.

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Angel Pov’s

Londres ( Inglaterra)
1 ano e meio depois...

Engraçado como algumas pessoas são tão reclusas ao amor, talvez por ele ser extremamente assustador, com suas montanhas de sensações, das quais nem todo mundo está preparado para senti-las.

Há uma frase de Clarice Lispector, em que ela diz: “Pouco sei sobre o amor. Apenas lembro-me que o temia e o procurava.” Sempre temi o amor, porque nunca soube como amar direito, talvez porque nunca me amaram de forma correta. Todos os relacionamentos que tive, depois dos meus 16 anos, se tratavam de poder, de homens mesquinhos que usavam de suas influencias para conseguir o que queriam.

E, mesmo que temesse tudo isso, eu ainda o ansiava, mas sempre me encontrava entrando em mais um jogo de poder e manipulações. Um ciclo sem fim. Alex, Guilherme, Cristiano, Percy. Todos sentiam algo por mim, mas sempre parecia algo sujo e que me fazia sentir nojo de mim mesma no fim do dia.

Quando a conheci, havia algo nela que me tirava do sério de diversas formas, sentimentos que sempre me cegavam e que, por um tempo, acreditei ser ódio, rivalidade, rancor, ciúmes, até mesmo admiração, mas nunca amor ou paixão. O simples pensamento disso me fazia estremecer. Acredito que ela pensava o mesmo.

Nós éramos intensas demais, ainda somos, e nossas percepções sempre nos enganavam, nunca nos deixavam entender o que realmente estava escancarado bem em nossa frente. Ainda que tivéssemos nossos traumas, nossas diferenças,  nossas vidas estavam entrelaçadas, tentar fugir daquilo só deixaria mais destroços no caminho, porque por mais que tentássemos nos manter longe uma da outra (ela muito menos que eu), algo sempre nos puxava de volta. No início, não sabíamos amar uma à outra, e isso quase nos destruiu, mas quando finalmente conseguimos, tudo se tornou fácil.

Quando fugimos do país, tive receio de como seria nossa vida a partir dali, porque nada estava garantido, poderia dar muito certo ou muito errado, mas felizmente deu tudo certo até agora, e eu esperava que continuasse assim. Temíamos que Percy ou Cristiano viessem atras de nós buscando vingança, mesmo que tivéssemos destruído todas as provas que ambos tinham contra mim.

O dinheiro da conta secreta em Luxemburgo serviu para seu principal proposito, o tratamento do meu filho. Foi uma jornada extremamente desgastante e tortuosa, principalmente para o Fabi, mas fizemos de tudo para tornar tudo o mais suportável possível. Tínhamos fé de que ele venceria aquilo, meu príncipe era um menino muito forte.

Giovanna se mostrou ser incrível com Fabricio, e isso era surpreendente e sempre me fazia olhar admirada para ela, ela havia amadurecido, mas não muito, obviamente, porque as vezes se portava como uma adolescente. Mas eu, aparentemente, parecia amar todas suas facetas e isso me assustou bastante a princípio. Agora, não mais.

A primeira vez que caiu a ficha de que eu realmente a amava, foi durante uma discussão nossa, 5 meses após chegarmos em Londres, e os motivos eram as barreiras que eu colocava entre ela e eu, como forma de proteção. Ainda me lembro do olhar que ela me deu quando eu proferi aquelas três palavras depois da nossa briga.

— Você não vai me contar o que há de errado com você?—Ela me questionou naquele dia, quando entrei no nosso quarto após ter colocado Fabi para dormir.

Verdades Secretas ĪĪ - Um terceiro finalOnde histórias criam vida. Descubra agora