Bokuto se considerava alguém simples, que podia ser facilmente agradado. Já que as vezes as coisas mais simples podiam ser algo que o preenchia de alegria. Coisas que, talvez, quem visse de fora não olharia da mesma forma ou com tanta devoção quanto Koutaro olhava
Dentre as coisas que ele mais gostava, estava seu apartamento. Não era uma cobertura planejada por um renomada arquiteto. Era um lugar simples, mas incrivelmente aconchegante. Era o lugar que podia chamar de lar. Ainda em seu apartamento, tinha a faranada. Nossa como gostava da varanda. Ele gostava de imaginar a varanda como sua Amazônia particular, por causa da vasta variedade de plantas que o lugar possuía. Gostava do cuidado e da delicadeza que tinha de ser usado para cuidar delas. Era sua terapia particular
Outra coisa que gostava, era do seu cachorro, Bores. Ele era um cachorro de porte médio, que um dia encontrou abondonado na rua quando ainda era um filhote. Gostava da rotina de sair todo dia para passear com ele. Gostava até do fato do cachorro preferir dormir no pé da cama doque na própria cama que ele tinha. Mais uma coisa que ele gostava bastante, eram a manhãs. Tinha algo nos primeiros raios de sol que faziam um certa diferença para Bokuto, ele não saberia explicar o que era, ele só gostava
Mas claro, nessa vida, nada é perfeito, então é normal que Bokuto também tenha coisas que ele não gosta. Como a filas. Céus, como odiava filas. Sabia que provavelmente esse era a realidade de qualquer humano sensato. Também não gostava de competições. Essa na verdade chegava a ser um pouco contraditório, afinal, ainda era um jogar de vôlei profissional, então meio que a competição fazia parte da sua rotina. Na verdade, o problema não era a competição em si, era o que ela fazia com as pessoas, a forma que elas podiam agir só pra se sobressair a outros, o deixava incomodado
Nessa mesma linha de pensamento, também não gostava de violência, de nenhuma forma, física, verbal ou até psicológica. Simplesmente não tolerava tais atitudes e não entendia porque as pessoas faziam isso por escolha própria. Isso de fato era algo que ele não entendia. Ok, talvez qualquer pessoa sensata não gostasse dessas coisas. Mas tinha uma coisa que as vezes as pessoas não entendiam. Bokuto não gostava de tempestades. Não era pela chuva em si, mas sim pelo barulho. O barulho os trovões e a chuva grossa o incomodavam e as vezes o deixam até meio ansioso
Agora, só existia uma coisa que Bokuto Koutaro era inteiramente devoto. Algo que ultrapassava o simples "gostar", era algo que ia muito além disso. Eram os olhos de Keiji Akaashi. Os céus podiam ser testemunha de tal fato. Sempre que os olhava, se sentia olhando para um universo infinito e estranho
- O que você está fazendo, Bokuto? - perguntou Akaashi desviando o olhar do Notebook para Bokuto. Ambos deitados na cama que deviam juntos. Onde Akaashi estava com as costas na canseira da cama e Bokuto de bruços o encarando fixamente
- Toda vez que olho pros seus olhos, eu lembro o motivo de ter me casado com você - as palavras saíram com tanta naturalidade que pareciam já estar prontas a muito tempo. Keiji deu um seus típicos sorrisos tímidos
- Por que você é tão vidrado neles? Existem milhares de pessoas com olhos azuis - ele ergueu uma de suas sobrancelhas esperando uma resposta boba como costuma receber
- Porque eu posso ver o infinito em seus olhos. Não é porque eles são azuis, é porque são seus olhos, eles poderiam ser de qualquer outra cor, não faria diferença, mas esse infinito que eu vejo, seria sempre o mesmo
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Só uma ideia que me surgiu do nada, espero que tenham gostado ♡
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Infinito em seus olhos
RomanceExistem muitas coisas que Bokuto Koutaro gostava e também existiam muitas coisas que ele não gostava, mas só existia uma coisa que ele adorava