Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Prazer, meu nome é S/n S/s, e sim, eu moro em um internato.
Meus pais me largaram aqui desde muito pequena, e até hoje, sou isolada e excluída de todos.
Todas as noites aqui, são escuras e tenebrosas, mais hoje, ela está mais ainda.
Uma chuva densa e grossa cai pelos telhados do internato, produzindo um som tanto quanto aterrorizante.
Como se não fosse piorar, a chuva afetou até a eletricidade do lugar, fazendo a luz de todo o internato se apagar, e gerar a maior escuridão.
— Mais que chatice!- Murmurei para mim mesma, para não acordar as minhas "colegas de quarto".
Minhas colegas de quarto não são nada mais, nada menos do que Alícia Gusman, e Valéria Ferreira. As meninas mais insuportáveis do colégio.
Já fazia mais de três horas que as luzes haviam se apagado, e Firmino, o zelador do internato, trancou as portas dos dormitórios, com ordem de nossa diretora.
— Eu não suporto mais esse silêncio agonizante.- Suspirei.- Preciso dar um jeito de arranjar uma lanterna.
Quando ia levantar pra procurar uma lanterna no criado-mudo das meninas, ouço a porta ser destrancada.
Corri, e rapidamente me joguei na cama, fingindo que estava a dormir.
— S/a?- Uma voz doce conhecida me chamou através de cochichos.- Está acordada?
— Daniel?- Pergunto levantando minha cabeça.
Daniel Zapata é simplesmente o meu melhor amigo, somos amigos desde pequenos, e viemos no mesmo ano para o internato.
— Sim. Vem comigo, consegui lanternas!- Mostrou uma lanterna que segurava, enquanto iluminava meu rosto com a outra.
Fui na direção de Daniel, peguei a lanterna que o menino segurava, e saí do quarto, fechando a porta logo em seguida.
— Pra onde vamos?- Pergunto com os olhos fixados em todo canto.
— Pro meu dormitório. Davi e Jaime estão roncando na cama deles.- Respondeu amigavelmente.
Daniel abriu a porta de seu quarto, fazendo os roncos de Jaime e Davi serem ecoados por todo o corredor.
— Entra.- Sussurrou.
— Tem certeza que é seguro ficarmos aqui? Você sabe que meninas são proibidas no quarto dos meninos, e vice versa.
— Fica tranquila, ninguém vai pegar a gente. Nunca imaginei que um dia eu iria quebrar as regras do internato...- Murmurou a última parte.
— Só tem uma coisa que não sai da minha cabeça... como você abriu a porta do meu dormitório? Tava trancada, e só o Firmino tem a chave.- Perguntei em voz baixa, tomando cuidado para não acordar ninguém.
Daniel removeu do bolso, uma pequena chave enferrujada e velha.
— Com a ajuda dessa amiguinha.- Sorriu.
Suspirei e ri.
Apesar do que Daniel ter feito ser errado, foi muito bom pra mim, estava o dia inteiro sem ver o meu melhor amigo.
— Agora que estamos praticamente sozinhos... vamos continuar bolando o plano de fuga do internato?- Sorriu aguardando uma resposta.
— Agora!
------------------------------------------------ Tentei fazer algo diferente dessa vez, foi baseado em fatos reais (em algumas partes). Provavelmente não vai ter parte dois desse.
