Silenciamento.

11 1 0
                                    

Eu vivo dizendo a todo mundo que está à minha volta o quanto você me machucou, o quanto nosso "nós" deu errado.
Falo até do quanto doeu em mim tua partida.
Para quem me perguntar, você foi terrível comigo. Me quebrou quando eu nem sabia o quão frágil eu era.
Mas, dentro de mim, o que grita eu não vou admitir : falta de você, das tardes erradas que passamos, e, quando te vejo ; em instantes meu rosto pega fogo, começo a gaguejar e tenho que fingir indiferença. Mas como dói, como arde em mim essa saudade tua, a vontade de correr ao teu encontro é como uma tempestade louca dentro do meu coração; as borboletas do meu estômago se agitam de tal jeito que é quase impossível ignorá-las; mas lá estou eu, ignorando isso tudo, sabe-se lá o motivo exato.
Pelo que vão falar?
Pelo que você já fez?
Pelo que fizemos juntos?
Ou será simplesmente porque minha cabeça me
condenaria caso eu desse abertura para nós dois de novo? Porque para meu coração, tanto faz, todos erram, eu errei!
Meu peito grita de saudade, de amor, mas vou fingir que não, para manter isso apenas comigo, para sei lá oque, pois um sentimento guardado, reprimido, apenas cresce.
Um dia quem sabe eu te conte isso, quem sabe.

Petricor (livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora