capítulo 5

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Após minha conversa com Lauren, a mesma vai para sua oficina fazer o que pedi. Já eu decido explorar mais o bosque com Nero, pois não estou nem um pouco afim de me estressar com mais assuntos da corte.

Assim que chego ao estábulo Derek me faz uma reverência, sim, não importa o quanto eu fale, ele sempre me trata assim, e prepara meu cavalo para o passeio. Subo em Nero galopando em sua maior velocidade, enfim me sentido livre, me sentindo uma pessoa normal.

Após um tempo chegamos na floresta e dessa vez decido ir direto pra a cabana, ao chegar no local desço de Nero que no mesmo minuto sai galopando por entre as árvores, já eu entro na casa com a intenção de explorar e dar uma arrumada no lugar para quando Lauren estiver com os móveis prontos tenhamos menos trabalho.

Como só havia dois cômodos as coisas ficavam um pouco mais fácies, disse um pouco por que mesmo sendo pequena, a cabana estava cheia de sujeira e teias de aranha e os poucos utensílios que tinham no lugar eram velhos e aparentemente pesados já que a maioria eram feitos de madeira.

Se veio com a intenção de limpar a cabana, não deveria ter trago no mínimo uma vassoura? Meu consciente pergunta e aí que eu caio na real, eu sou muito burra! Que bom que sabe! Acho que Lauren tem razão, eu sou muito lerda, mas nunca irei admitir isso para ela, se ela já é convencida imagine eu falando que ela está certa! A mulher nunca me deixaria esquecer disso! Mas enfim, já que não tem como limpar, vou apenas ver se tem algo dentro dos armários e depois vou conhecer mais esse bosque.

O primeiro cômodo era consideravelmente grande, o suficiente para ter uma sala e uma cozinha juntos, e tinha uma pequena mesa redonda em cima de um tapete bem desgastado do lado direito próximo a uma pequena janela, já no lado esquerdo havia dois armários, ambos encostados na parede em forma de L. No primeiro só tinham algumas latas e caixas vazias, quando tentei abrir o segundo estava emperrado, peguei minha adaga e quando estava quase conseguindo abrir sinto uma pessoa atrás de mim me observando.

Viro no mesmo instante, porém não tinha absolutamente nada, vou para o outro cômodo e no mesmo não tinha nenhum lugar para alguém conseguir se esconder, pelo menos não sem fazer algum barulho. Relaxo, então decido voltar ao o que estava fazendo, já em frente ao armário volto a tentar abri-lo, dessa vez conseguindo de primeira, diferente do primeiro esse estava até que bem abastecido, mas não de condimentos.

Estava com uma quantidade considerável de livros, eles tinham um mesmo padrão, como se fossem uma saga ou algo do tipo, o primeiro que peguei era o menor de todos e mesmo assim ele possuía muitas páginas, ouso dizer que se passavam de quinhentas, mas o mais insano era que todo o livro estava escrito em grego, uma língua bem distante das do continente americano.

Esse livro era bem simples até, sua capa era neutra, somente com seu título em destaque, não possuía imagens e era dividido em somente dois capítulos. Bom o próximo livro que peguei era bem parecido com o primeiro, mesmo idioma e um estilo parecido de divisões de capítulos, acho que a diferença principal era que tinha a imagem de uma mulher na capa com uma áurea em volta de sua cabeça.

Os seguintes livros seguiam esse padrão, como se fossem a variação de um "livro mãe", até que cheguei no último livro da coleção, o mesmo era mais comprido e tinha um aspecto bem mais velho que os outros, o folheado me deparo com a pintura de uma criatura bem esquisita se assim posso dizer, esse lugar fica cada vez mais estranho.

Certo, já chega de falar de livros, eu não sou tão culta assim. Como não tinha mais nada para ver naquele cômodo vou para o outro, após uma rápida olhada não encontro nada de interessante então decido sair da cabana e dar uma volta pela mata. Ao sair dou de cara com Nero na frente da porta.

- Senhor garoto!- falo colocando a mão no peito.- Pra que ficar assim, tão perto? Viu algo novo?- Pergunto e o mesmo só abaixa sua cabeça pedindo carinho, dou uma risada e falo.- Você é tão manhoso, tenho vontade de te guardar em um potinho.

Em quanto fazia carinho no meu grande bebê vejo algo passar correndo para dentro da mata, dessa vez eu tinha certeza que eu não estava vendo coisas, e fiz o que qualquer pessoa sensata faria, corri em direção a aquele ser como se minha vida dependesse disso.

A Solidão (Camila Cabello/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora