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🌈⃝⃒⃤ Espero que gostem!❤️

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Por Draco Malfoy

Ver Harry Potter era sempre uma coisa diferente, às vezes eu sentia ódio. Preocupação. Desespero. Já tive medo dele, sinceramente. Mas nada aplacava a curiosidade. Eu era curioso com o que exatamente a fachada de herói escondia, para ver o homem por trás da máscara de soldado incansável.

Eu queria saber quem ele era.

E queria mostrar quem eu era. Sorri para a calçada de casa. Talvez tenha conseguido fazer isso durante a bebedeira de hoje. Adentrei minha casa, estava vazia no andar debaixo mas conseguia ouvir a TV alta no quarto do Scorpius e os passos de Astoria no quarto.

"Droga, ela estava acordada!", mordi o lábio de frustração e subi as escadas enquanto abri a jaqueta e tirava a manta do pescoço. Abri a porta do quarto do meu filho devagarinho, tal qual mamãe fazia comigo, e depositei um beijo em sua testa. Pude notar que Scorpius estava lendo um livro antes de cair no sono, era um romance gay se não me engano.

"Vermelho, branco e sangue azul... esse é bom", deixei o livro em cima da mesa de cabeceira e saí de seu quarto desligando a TV. Era hora de enfrentar a fera.

— Astoria, podemos conversar um po-... EITA!

O reflexo de apanhador me salvou de levar um jarro de vidro na cara, ele se estilhaçou no corredor fazendo um som estrondoso, Astoria ainda vestia uma roupa elegante que usava nas coletivas de imprensa. Seu rosto vermelho e inchado indicava que ela chorou por muito, muito tempo.

— Que isso, Astoria? Calma! — estendi as mãos em sinal de rendição mas ela catou a varinha e começou a jogar coisas do quarto em cima de mim. Travesseiros, cobertores, até mesmo um livrinho do kama sutra bateu na minha testa — CALMA, AMOR!

— AMOR É O CARALHO DE ASA, DRACO MALFOY! ONDE VOCÊ ESTAVA?! — perguntou com a voz tão alterada que mal a reconheci.

— Não grita, nosso filho está dormindo! — tentei, mas ela não deu trégua, e mais um travesseiro voou em minha cara — Para, porra!

— O nosso filho precisa saber o canalha que o pai dele é! — disse desistindo da varinha e vindo me bater de mão aberta, ensandecida pelo fato de que era a décima quinta vez que eu chegava depois das duas da manhã completamente chapado — Quem. É. A. Vagabunda?!

— Que vagabunda!? — retorqui segurando seus pulsos com as mãos, mas ela não parava e tentava me dar chutes nas bolas, levando em consideração que estava de salto alto é claro que eu não deixei — PARA, MALUCA!

Nós rodamos aquele quarto inteiro e paramos brigando em cima da cama, enquanto ela gritava e chorava eu só queria que Astoria parasse de me bater e que olhasse nos meus olhos. Minhas lágrimas caíram em seu rosto, aquilo estava indo longe demais.

Prendi seus pulsos acima da cabeça, e de forma súbita, ela parou e continuou chorando.

— Amor... — chamei, também chorando. Meu coração reverberava desesperado dentro da caixa torácica, e doía. Pois estava quebrado.

E o de Astoria estava quebrando.

— Não... não me chama de amor! — choramingou ela, com puxadas de ar tão violentas que pareciam machucar seu corpo tão delicado — Você está me traindo, não está? Eu sei que está!

Eu nada disse.

— Você não me toca mais, não faz amor comigo! — continuou, de punhos cerrados prontos para me acertar um soco na primeira chance que tivesse — Seu carinho doí, é forçado! Eu nem sei mais como é beijar a sua boca! Nossa casa se tornou o caralho de um labirinto...

Por Nossos Filhos - (Drarry +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora