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Mikaela Jones

– Eu sempre soube que ele era um tóxico babaca – Payton fala com aquele típico olhar de "eu avisei"

– Cala a boca! você é homem e não sabe de nada também – Maddy praticamente grita.

– Então não me adicionem na ligação da próxima vez! – fala indignado.

– Isso é pra você observar e aprender a como não tratar sua futura namorada – brinco.

– Ouviu mocinho ? – Riley fala entre risadas e Payton revira os olhos

– Tô cansado de vocês me tratando como se eu fosse uma criança – fez uma cara raivosa

– Então pare de ser uma - ele revira os olhos novamente – o que vai fazer agora, Mika ?

– Eu não sei Maddy, eu não sei – dou de ombros.

– O que você devia mesmo fazer é esquecer que o Lucas existe e focar na festa de sexta – Riley fala e Maddy acente.

– Até você tá empolgada para essa festa ? – aperto os olhos.

– Pra você ver o quão essa festa vai ser incrível – reviro os olhos com a fala de Maddy – Mas enquanto a você Payton ? – o garoto que antes estava de cabeça baixa, volta a olhar para a tela do celular.

– Eu ainda não sei, e vocês nem sabem se podem levar alguém que não é da universidade – fala e abaixa o olhar novamente.

– Se quiser podemos falar com sua mãe, ela nos ama e com certeza deixaria. E se não puder você entra de penetra! – falo na tentativa de anima-lo.

– Na verdade eu já perguntei e ela deixou – solta um sorriso nasal.

– Então qual é o problema ? – Riley pergunta.

Payton era o mais novo do grupo, entrou em nossa escola no primeiro ano do ensino médio, enquanto eu e as meninas tínhamos ido pro terceiro, o jeito nos tornamos amigos é bem interessante e um pouco peculiar.

Foi com o Payton tentando dar em cima da Riley, logo da Riley, que fez questão de zoar com a cara dele de todos os jeitos possíveis e fez com que de alguma forma todos nós ficarmos amigos.

Sempre foi difícil de convencer sua mãe a deixa-lo sair para festas, ela é muito protetora apesar de confiar bastante no Payton, mas nós sempre dávamos um jeito, mas desde que eu e as meninas terminamos a escola o Payton está estranho, as aulas dele começaram a uma semana e o mesmo ainda não comentou sobre como está sendo mesmo depois de tanta insistência da nossa parte.

– É que... eu tenho um compromisso na sexta – começou a estralar os dedos, sinal de que estava nervoso.

– Às nove horas ? Não acredito ! – vez de Maddy revirar os olhos.

– Começa as sete, mas não sei que horas vai terminar, prometo que se terminar cedo dou uma passada na festa.

– E você não vai nos dizer que compromisso é esse ? – sorrio ansiosa por sua resposta.

– Só se ocorrer tudo bem – deu de ombros.

– É um encontro! – Maddy praticamente grita em choque – Payton Moormeier você tem um encontro! – caiu na gargalhada fazendo o garoto revirar os olhos.

– Como assim Payton tem um encontro ? – pergunto confusa não conseguindo segurar a risada.

– Com quem é ? – Riley pergunta, também confusa e segurando a risada ao mesmo tempo.

– É com a Avani, e como caralhos você descobriu ? – pergunta se referindo a Maddy.

– A AVANI ?! A AMIGA DA RILEY ?! – a garota grita do outro lado da linha.

– Tinha que ser logo minha amiga ? – perguntou com cara de tédio.

– Não é a lider de torcida ? Que sentou com a gente no almoço uma vez ? – aperto os olhos tentando me lembrar com mais clareza.

– Sim... – Payton responde completamente sem graça.

Avani era amiga de Riley a bastante tempo, então consequentemente já nos conhecemos, não sei muito sobre ela só que é líder de torcida e era bem popular na escola.

– Mas... Ela não namorava o Anthony ? – Maddy pergunta arqueando as sombrancelhas.

– Namorava, mas eles terminaram já faz um tempinho – responde dando de ombros – Eu estou com um pressentimento de que vocês querem me julgar.

– Não, Claro que não! É muito legal que você esteja saindo com ela, ela parece ser bem legal – falo tentando conforta-lo de alguma maneira.

– É, isso aí – Riley concorda sem dar muita importância.

[...]

Já eram oito horas da noite e eu estava morrendo de fome pois não tinha comido nada desde o almoço. Depois de um tempo em dúvida, acabei pedindo comida japonesa e fui até a sala para esperar o pedido, que de acordo com o aplicativo chegaria em trinta minutos.

Minha mãe estava sentada no sofá concentrada em seu celular enquanto na televisão passava um programa de culinária. Nate estava brincando com uns brinquedos no tapete da sala. Assim que minha mãe percebe minha presença se ajeita no sofá me dando espaço para sentar ao seu lado, assim eu faço.

– Não vai jantar ? – fala pegando o controle, abaixando o volume da televisão e o colocando de volta no braço do sofá.

– Acabei de pedir comida – dou de ombros e apoio minha cabeça no ombro da mais velha.

– Como vão as coisas ? – minha mãe fala encostando sua cabeça na minha – Sinto que está se cobrando muito em relação a faculdade.

– As coisas vão bem mãe, eu juro ! – solto um longo suspiro. Ela sempre perguntava a mesma coisa – Eu só estou tentando deixar tudo organizado para quando a faculdade começar eu não me atolar com os conteúdos, entende ?

– Ok, ok! Tudo bem, eu paro de perguntar – solta uma risada nasal – Mas se você ficar muito sobrecarregada ou qualquer coisa do tipo, pode conversar comigo.

– Eu sei mãe... não precisa se preocupar – falei tentando tranquilizar a mesma, que soltou um longo suspiro de alívio e preocupação ao mesmo tempo.

Em alguns minutos a campainha toca, imaginei ser o meu pedido, levantei rapidamente do sofá e corri até a porta. Como eu imaginei, um homem de uniforme preto com o nome do restaurante escrito na blusa segurando duas sacolas estava parado em frente a porta.

Peguei as sacolas com uma mão e com a outra tirei o dinheiro do bolso do meu short, entreguei para o homem e agradeci, fechando a porta logo em seguida.

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