Os fantasmas do Natal

Fantasma do Natal passado

A plateia aplaudia a morena, terminou seu solo faz alguns instantes e já era aplaudida de pé, sorria orgulhosa ao se reverenciar para seu público

Era de conhecimento geral que a moça se auto intitulou a melhor de toda aquela ópera, todos sabiam também que a morena era insuportável de arrogante

Pansy andou até o camarim com um buquê de rosas vermelhas em seus braços, um sorriso convencido no rosto fazendo os atores e dançarinos que passavam por si revirarem os olhos

Era véspera de Natal, um feriado a muito estragado para a jovem dama, era parte do porquê de Parkison odiar tanto tal feriado

Entrou no camarim vendo uma foto sua cheia de tomates, sentiu seu sangue ferver, mas não se estressaria após uma belíssima apresentação

Viu alguns atores e dançarinos lhe olhando assustados conforme passava estressada com o buquê em mãos

- Pansy! - Uma voz lhe chamou do topo das escadas do camarim, conhecia aquela voz, era de sua melhor amiga, Hermione Jean Granger - Parabéns pela apresentação

- Eu sei que sou a melhor - Se gabou ouvindo um músico resmungar atrás de si

- O Natal é amanhã, mas eu gostaria de te convidar para a ceia no orfanato que ajudo - Os olhos castanhos brilharam em expectativa

- Ceia de Natal? Quantos anos você tem? - A morena perguntou torcendo o nariz - Não tenho tempo para infantilidades e feriados inúteis como o Natal

Hermione respirou fundo perdendo a paciência com a amiga, amava a morena, mas se ela insultasse aquela data novamente a Granger não seguraria sua raiva

Pansy por outro lado rezava para que não precisasse fazer aquilo com seu único porto seguro, mas se Jean não lembrasse o motivo de sua arrogância ela sentia muito

- Pansy, qual é, as crianças adorariam te conhecer, conhecer a minha melhor amiga - Granger pediu basicamente implorando, a morena percebeu ali que a cacheada não lembrava

- Sinto muito, anjo - Pansy disse arrogante, por dentro estava extremamente triste, mas a voz de sua mãe não a deixava demonstrar e nem continuar com algo que lhe faz bem - Mas não preciso de um feriado idiota e uma amiga mais idiota ainda por acreditar em tal futilidade

- Está terminando nossa amizade de infância só porquê eu te convidei para passar o Natal comigo? - Granger perguntou irritada apontando para o próprio peito - Quer saber, Parkison, eu cansei

A acastanhada pegou um dos tomates e acertou o retrato de Pansy na parede, a última bufou irritada e saiu pisando duro, todos sentiam inveja de si era o que sua mãe diria

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Naquela noite, deitada em sua cama, a morena apertava o travesseiro com raiva, raiva de sua amiga por esquecer de algo primordial de sua amizade, com raiva de sua mãe por mesmo após sua morte ainda assombrar a vida da morena e com raiva de si mesma por se deixar assombrar

Um barulho despertou a mulher de sua bolha enfurecida, o som de passos e correntes roçando no tapete de seu quarto, a morena se sentou no colchão de sua cama

Diante seus olhos castanhos estava uma garota, pouco mais nova que si, cabelos loiros desgrenhados, um sorriso sereno no rosto e roupas completamente disfuncionais umas com as outras

- Olá Pansy - A garota saudou sorrindo docemente, Parkison apenas soube gritar perante a fala

A garota se assustou dando um passo para trás enquanto cobria as orelhas, Pansy gritou e arremessou o travesseiro na direção da intrusa