A cor do medo

5 - Chegara o dia

  Sexta-feira, 10 de Setembro.
  Abro meus olhos, coloco meus óculos e saio da cama. Na cozinha, tomo um bom café amargo, lembro então, o que aconteceria hoje, estou ancioso pela sua chegada. Como também o bolo que dona Marta, minha vizinha, me deixou no dia anterior.
  Após comer, vou ao meu armário, visto meu melhor terno, uma gravata, coloco também minha calça e meus sapatos de couro novos, preciso estar formal quando ele chegar.
  Caminho em direção a sala, sento em minha poltrona vermelha, liga a televisão em um canal qualquer, e o aguardo impacientemente.
  Passado mais uma hora, vejo pela janela as nuvens se fechando rapidamente, formando assim, nuvens carregadas que começam a gotejar, logo então o gotejo vira uma chuva forte. Sinto uma presença chegando á porta da frente, é ele.
  Levanto-me e vou ao seu encontro, vejo pela fresta em baixo da porta uma sombra. Abro a porta, vejo aqueles olhos de cor amarelo, qie transmitem tanto desespero, mas nesse dia eu não estava com medo, eu já tinha aceitado o meu destino.
  Com um leve gesto de mão, olho para aquela criatura memorável, e digo:

- Olá Satan.