Posso morar com você, Diggory?

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POV Bella:

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POV Bella:

Eu acabei dormindo na casa do James. Mas já estou voltando para casa. Saí logo cedo, na esperança de meus pais estarem dormindo.

Volto para o meu quarto pela mesma janela que eu usei para sair. Quando eu entrei, dei de cara com a minha mãe sentada na minha cama, olhando para a janela.

Que droga.

-Por que você saiu sem me avisar?- ela diz séria.

-Se eu tivesse avisado, você não deixaria.

-Bella, você sabe que eu faço isso para o seu bem- ela diz- Se você andasse com pessoas descentes, eu deixaria você sair.

-Você tem uma visão bem diferente do que é descente- eu digo revirando os olhos.

-Você é burra, por isso tem uma visão diferente da minha. Eu estou certa e você errada, é difícil entender?! Você tem apenas 16 anos, não é como se fosse uma adulta.

-Você não percebe que nem o Sirius aguentou ficar aqui?- eu esbravejo.

Ela levanta sua varinha e eu recuo.

-Eu já disse para você não me responder- ela diz em um tom de ameaça.

-Eu estou te falando argumentos válidos, apenas- eu digo.

-Crucius!- ela diz apontando a varinha para mim.

Eu sinto uma dor absurda me consumir por inteira. A dor era tanta que eu apenas me joguei no chão e comecei a me contorcer de dor. Lágrimas começaram a cair em meu rosto. Parecia que estava me rasgando por dentro, ou que meus órgãos estavam sendo esmagados. Uma dor tão grande que, naquele momento, eu preferia a morte.

Ela cessa o feitiço e vai até mim. Segura em meu rosto com força e olha nos meus olhos, que estavam marejados. Ela me olha sem pena nenhuma.

-Eu já te falei para me respeitar- ela diz apertando ainda mais o meu rosto.

Eu apenas fiquei em silencio. A dor ainda era forte, mesmo que o feitiço já tivesse passado.

Ela empurra o meu rosto com agressividade, quase bati com ele no chão. Walburga sai do meu quarto.

Eu apenas me deito no chão e começo a chorar. Eu não aguento mais e dessa vez eu realmente cheguei no meu limite. Eu apenas saí com meus amigos, qual é o problema nisso?

Ela não quer que eu seja feliz, essa é a verdade.

Eu me levanto com certa dificuldade. Estou decidida a ir embora daqui hoje mesmo. Regulus vai saber se virar sozinho. Ele já tem 15 anos. Fora que minha mãe jamais jogaria um feitiço nele, ele é o queridinho. Regulus escolheu o lado que vai lutar, eu só espero que ele não se arrependa disso.

Eu começo a enfiar o máximo de roupas, sapatos e objetos, dentro de uma mala. Eu nem sei para onde eu vou, mas eu não volto mais aqui.

-O que está fazendo, senhorita?- escuto o Monstro na porta.

-Indo embora. Já pode ir contar para a Walburga, como você sempre faz!- eu esbravejo e ele vê que eu estou irritada, então, recua e vai embora.

Quando termino, eu desço. Orion, Walburga e Regulus estavam na sala conversando.

-Aonde você pensa que vai?- Walburga pergunta se levantando.

-Pra qualquer lugar bem longe daqui.

Quando eu disse isso, parece que eu apertei um botão para a expressão em seu rosto suavizar. Aconteceu isso da primeira vez que eu cogitei ir embora com Sirius. Manipulação.

-Mãe, olhe para mim. Me diz o que você vê! Uma pessoa irritada? Sim, eu perdi a minha cabeça- eu digo olhando nos olhos de Walburga com uma expressão de raiva.

-Pai, olhe para mim. Me diga quando eu serei livre? Sim, eu perdi a minha cabeça- eu digo olhando para ele- Todas as coisas que vocês me disseram ficam rodando na minha mente o tempo inteiro- eu digo deixando lágrimas escaparem.

Parece que tudo que eu havia guardado por anos estava se explodindo agora.

-Bella, não vai embora- Walburga diz calma.

-Eu vou pegar as minhas coisas e deixa-los para trás. Esse sentimento é antigo e eu sei, eu já me decidi. Eu espero que vocês sintam o que eu senti quando vocês destruíram a minha alma. Porque vocês são cruéis e eu sou uma tola, então, por favor, me deixe ir- eu digo indo em direção a porta mas sou parada por Walburga.

Ela me da um abraço e diz:

-Mas eu te amo tanto- ela diz ainda me abraçando, mas eu não retribuo. Continuo com a minha expressão séria.

Meu pai vem até mim e me da um abraço junto com Walburga.

-Filha, você não era assim. Nós te amamos tanto- ele diz calmo.

-Tem razão, eu era a idiota que abaixava a cabeça para vocês. Mas se vocês me amavam tanto, por quê me deixaram de lado? Por que me torturavam?- eu digo e me desfaço do abraço deles- Um dia, eu vou dizer o quão incrível eu era, mas fui destruída por pessoas como vocês!

Eu digo e vou até a porta.

-Pode ir, mas saiba que você não vai voltar nunca mais- Walburga diz séria e com raiva.

-Pode deixar, mamãe. Eu não vou voltar- eu digo e saio de casa.

Quando eu estava virando a esquina, eu escuto a voz de Regulus e vejo o mesmo correndo até mim e me abraçando. Eu retribuo.

-Não vai, por favor- ele diz entre lágrimas- Não me deixe sozinho aqui, Bella- ele me abraçava mais forte, como se não quisesse que eu fosse.

-Ei, olhe para mim- eu digo e ele olha nos meus olhos. Eu seguro em seu rosto e começo a limpar suas lágrimas- Eu preciso ir. Nós dois vamos seguir caminhos diferentes, Regulus. Você decidiu o seu. Nós iremos nos ver, eu não vou abandonar você. Eu apenas não vou mais morar naquilo que eu chamava de lar. Lar é onde eu me sinto bem, e eu não me sinto bem lá. Você entende, Reggie?

Ele não diz nada e volta a me abraçar.

-Eu vou sentir sua falta- ele diz com a voz embargada.

-Eu também vou sentir sua falta, Reggie- eu digo o abraçando forte.

Quando nos soltamos, eu dou um sorriso de despedida. Antes de virar a esquina, nós demos um tchauzinho com a mão um para o outro e assim eu fui.

Eu senti o peso que eu carregava dentro de mim sair. Eu precisava disso. Eu me senti livre pela primeira vez em muito tempo.

Eu não sabia para onde ir. A casa do James está cheia, só há uma cama lá. A casa de Remus, os pais dele não iriam deixar, já que nós namoramos. Peter, nem sei onde está morando. Lily não iria dar certo, a irmã dela odeia bruxos. Marlene está escondida com a família em uma casa, não sei onde é, eles estão se protegendo do Voldemort. Estão saindo apenas para as reuniões da Ordem. Dorcas, nem sei onde ela mora. Frank e Alice, nós não somos próximos. Só tenho um amigo que eu posso contar...

Começo a andar até a casa dele. Demoro por volta e 20 minutos andando. Quando chego, eu toco a companhia e logo sou atendida.

Ele me olha surpreso, não nos vemos há muito tempo.

-Bella?- ele diz surpreso. Eu sorrio frack em resposta.

-Posso morar com você, Diggory?

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3/5❤️‍🩹

Bella BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora