Encrencados

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Sakura chegou em casa naquele dia e se surpreendeu com o cheiro bom que vinha da cozinha e o silêncio na casa. Talvez Sarada não tivesse chego e Hideki deu sossego para Hiroshi cozinhar.
 - Itadaima ! - disse animada, estava com muita fome.
 - Okaeri - alguém a respondeu
Tirou oa calçados na soleira onde viu os de Sarada, seguiu rumo a cozinha de onde vinha o cheiro bom, Hiroshi e Hideki a olhavam com uma cara suspeita, ela apenas imaginou alguma traquinagem ou provavelmente andaram lutando a tarde.
 - Estao caprichando no jantar aconteceu alguma coisa que eu deveria saber ? - ela perguntou desconfiada.
 - Não mamãe, claro que não - Hiroshi respondeu com seu melhor sorriso. Que não convenceu Sakura.
 - Sarada já chegou ? - Ela perguntou abrindo a geladeira e procurando uma garrafa de água.
 - Hum já sim... Hum está fazendo o relatório - Hideki respondeu nevoso, estado que não passou despercebido por Sakura.
 - Nossa a missão devia ser importante pra ela já fazer um relatório né? - ela se moveu em direção a escada - vou falar com ela...
 - Não - os dois gritaram e correram até a escada entrando na frente de Sakura que fraziu o cenho em desagrado e desconfiança.
 - Saiam da frente. - ela disse autoritária, e os dois subiram um degrau conforme ela dava um passo, Sarada que estava no quarto deles saiu às pressas quando percebeu a confusão se formando.
 - Mama você chegou - ela disse fingindo animação, mas não percebeu que ela viu ela sair do quarto deles.
 - O que você estava fazendo no quarto dos meninos? - Sarada gemeu tentando pensar numa desculpa convincente. Mas antes de começar a baubuciar uma resposta, uma tosse pode ser ouvida, e com toda a força necessária arrancou os dois garoto da sua frente e Sarada já não ofereceu resistência. Ela entrou com tudo no quarto para encontrar um homem deitado na cama, suando e com uma certa falta de ar. Mas não dava para ignorar, podia ser uma armadilha para pegar Sasuke, uma armadilha baixa e vil, pegou a kunai esquecida na escrivaninha e apontou para o rosto do homem.
Em condições normais ela não faria isso, o ajudaria a se recuperar, curaria qualquer ferida que ele viesse a ter, mas aquele deitado na cama de um dos gêmeos era Uchiha Itachi e o mesmo havia morrido a mais de trinta anos, então no mínimo aquele era um Edo Tensei que iria se virar contra os quatro naquela casa. Que podia matar a todos eles sem nem mesmo olhar para ele.
Ela ia avançar no pescoço dele quando um borrão cor de rosa passou a sua frente e se colocou entre os dois.
Hideki olhava para ela com tanta determinação que se ela não o conhecesse diria que estava preso num genjutsu.
 - Saia da minha frente ! - ela disse num rosnado.
 - Não. - ele respondeu com toda a petulância que ele tinha - é um homem acamado, e meu paciente, ninguém põe a mão num paciente meu. - ele disse com insolência o que fez Sakura borbulhar de raiva.
 - Hideki você não o conhece, ele pode matar a mim e a seus irmãos, saia da frente. - ela disse tentando trazer ele a razão.
 - Se tivesse que matar qualquer um de nós ele já teria feito. Estamos com ele praticamente a tarde toda. Fiz todos os testes. Ele não é o que você está pensando.
 - Quem garante?
 - Eu garanto.
 - Você não garante nada garoto. Ele não pode ficar aqui. - o homem se levantou e alarmou Sakura que ficou em posição de defesa.
 - Por favor, eu não quero causar problemas - ele disse com a voz cansada e fadigada - vou tentar voltar.
 - Não você... - antes de Hideki terminar a frase o homem dobrou os joelhos em fraqueza, a falta de comida, o sangue perdido e o veneno o deixaram muito fraco, ele queimava de febre.
 - Você não pode levantar. - Hideki disse sério e olhou para a mãe de relance - ele não é mau, está perdido e não sabemos como ele veio parar aqui. - ele ajudou o irmão mais velho de Sasuke a se deitar na cama, Sakura começou a se desarmar, Hiroshi e Sarada apenas observaram Hideki e a mãe discutirem, e tiveram certeza de que ele estava no mínimo num castigo eterno por desafiar a mãe.
 - Que tipo de veneno?
 - Não sei dizer. Só sei que tem metais pesados - a memória de Sakura puxou para a batalha entre ela e Sasori, "ele teria sido atacado por um companheiro de organização ?" Sakura pensou. - mas eu nunca li sobre veneno de metais pesados que causam tosse.
 - A tosse não tem nada a ver com o veneno - eles se olharam de um jeito que um entendia o outro. - Quem te atacou ? - Sakura quis saber para tirar a prova.
 - Sasori.
 - Qual você usou ? - direcionou a Hideki
 - Um que estava no seu livro. - apontou para o chão onde o livro estava aberto na página em questão.
 - Certo agora ele precisa de repouso.
 - Ele vai poder ficar? - Hideki perguntou animado.
 - Ele vai ter que ficar, mas não pense que vocês não estão encrencados.
 - Ei !! A gente nao fez nada - Sarada e Hiroshi protestaram, indignados.
 - Acobertam, já é o suficiente. - ela disse resoluta.
 - E você - apontou para Hideki - por que não o levou para o hospital ?
 - Achei que chegar no hospital da Folha com um membro da Akatsuki não seria de bom tom. - ele disse sarcástico o que deixou Sakura mais irritada.
 - Errou, devia ter entrado em contato comigo antes de fazer qualquer coisa, podia ter matado o homem.
 - Mas não matei - ele estava irritado, só agiu como aprendeu e quis proteger alguém de seu sangue.
Após verificar se estava tudo nos conformes com Itachi, Sakura desceu, precisava comer alguma coisa e o mais difícil, avisar Sasuke do ocorrido. Foi até o jardim da casa e invocou Garuda, o gavião que ela e Sasuke usavam para se comunicar, escreveu um bilhete curto para que ele viesse para casa. Enviou a ave e em menos de uma hora um portal se abria a frente de Sakura revelando seu marido
 - Sasuke-kun!

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