Capítulo 18 - My Chicken

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Santana's POV

O lugar estava cheio, fiquei extremamente nervosa não querendo chamar nenhuma atenção.

"PUTA MERDA!" Xingou Sam ao meu lado quando o salto de sua sandália entortou, quase o fazendo cair.

Todos no restaurante pararam para nos olhar, horrorizados. Juro que um dos garçons até derrubou um prato, provavelmente chocado com nossa aparência.

Definitivamente não dava para passar despercebidos, não só porque éramos um loiro com seios e uma morena de quase 2 metros de altura, mas também porque os trajes que o bisonhento do meu irmão escolheu eram extravagantes por si só.

Baixei a cabeça e rapidamente fui para a mesa mais escondida em um canto do restaurante, pouco movimentado.

Sam me seguiu, rindo da cara dos clientes embasbacados.

Assim que nos sentamos, colocamos cardápios à frente de nossos rostos, tentado evitar a todo custo sermos reconhecidos.

Ainda escondendo a maior parte do meu rosto, dei uma espiada no restaurante à procura de Marley e Brittany. Não demorou para eu avistar a pirralha, distraída com um copo de água à sua frente, sozinha em uma mesa.

Será que Marley vai dar outro bolo nela?

Me perguntei, analisando a expressão melancólica da garota.

"Os senhores..." O garçom magrelo de olhos incrivelmente grandes nos fitou, confuso. "Quero dizer... O senhor e a senhorita já fizeram seus pedidos?"

"Vê se dessa vez pede logo a droga do seu frango!" Esbravejou Sam, com sua típica voz grossa.

O magrelo arregalou os olhos, deixando-os ainda mais assustadores. O bisonhento sorriu amarelo, quase estragando nossos disfarces.

"É que ele adora frango." Falou ele, com uma voz fina.

"Traz frango mesmo e uma cerveja." Pedi, com a voz grossa, tentando sair logo daquela situação.

O garçom olhou para Sam esperando que ele fizesse seu pedido. Para o meu ódio, ele ficou lendo todas as opções do cardápio lentamente. Fala sério, ele estava querendo que eu o fizesse engolir aquele menu?

"É para hoje, sua idiota."Resmunguei.

"Tudo bem, eu vou querer duas opções de batata frita, dois hambúrgueres com bastante cebola, sem picles e aquelas maionesesinhas de sachê extra. Eu adoro levar algumas pra casa."

"Desculpe senhorita, não servimos esse tipo de comida aqui." Respondeu o magrelo, com nariz empinado.

Sam inclinou-se para mim e murmurou:

"Eu falei que esses restaurantes são uma pobreza."

Mal o garçom me ouviu, já saiu sussurrando alguma coisa que, com certeza, não eram elogios à nossa pessoa. Só consegui entender duas palavras: "bichas pobres!".

Olhei mais uma vez para Brittany e ela continuava lá, imóvel, com seu belo vestido vermelho, maquiada, elegante, enfim, absolutamente linda. Me perguntei o que estava se passando na cabeça dela e por qual motivo Marley se daria o trabalho de convidá-la para sair, senão pretendia aparecer.

Foi aí que Sam pigarreou e já lhe encarei mal humorada.

"O que foi agora?" Perguntei.

"Estamos sendo fortemente paquerados, loiro furacão."

Olhei para o lado e avistei dois adolescentes orientais, bem o tipo CDF, óculos de grau, aparelho dental, roupas sociais, cabelos lambidos e muitas espinhas.

Brittany problem x Santana solution | BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora