Capítulo 4 - It's Italy, Baby

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Santana's POV

Eu tentava relaxar na poltrona do avião enquanto Sam tagarelava ao meu lado sobre umas moças à nossa frente. Sinceramente, não estava nada empolgada com esta viagem, e olha que adoro viajar, pegar minha mochila e sair por aí sem destino. 

Whitney e Burt estavam bancando todos os custos da viagem e ainda assim me sentia desconfortável sempre que me lembrava de que passaria três longos meses com os Pierce.

Eu sabia que meu pai, Burt, precisaria do meu apoio e ajuda e eu não o desapontaria. Burt sempre foi um excelente pai, muito mais do que eu e meus irmãos merecíamos. Ele tirou Eu e Sam de um orfanato e cuidou de nós como se fôssemos filhos biológicos. Mesmo sendo tão jovem. Até que conheceu a mãe do Finn depois de dois anos de casados ela sumiu no mundo. Ele nunca nos separou e nunca nos fez sentir rejeitados. Nós éramos apenas os Hummel. Bem, agora seremos os Hummel e os Pierce. 

Eu gosto de Whitney, mesmo a conhecendo pouco, mas pelo que pude perceber, ela é uma mulher íntegra e disposta a manter um relacionamento sério com meu pai. Nunca fui contra qualquer relacionamento de Burt, na verdade, nunca fui contra nada que ele decidisse.

Mesmo Sam sendo o mais velho entre nós, Burt sempre me considerou a mais madura. E olha que eu só tenho 21 anos. Ele não era o único a ter essa opinião, os meus professores da Universidade também. Confesso que isso chega a ser engraçado, pois os professores acham que eu tenho mais de 21 e as garotas pensam que tenho 17. 

Mulheres. Eu não as acho complicadas como muitos homens afirmam. São criaturas divinas e fáceis de agradar. Basta usar as palavras certas, acompanhadas do tom de voz adequado. Não preciso me esforçar muito para prender a atenção de uma garota e nem preciso fingir que vou ligar no dia seguinte, já que geralmente deixo claro que não estou interessada em relacionamentos.

Não pense que sempre fui assim. Passei realmente a ser Santana Lopez aos 16 anos, antes disso eu era conhecida pelo apelido tenebroso "SANTANINHA". 

Com 14 anos eu era uma CDF, usava aparelho dental que me impedia de pronunciar as palavras corretamente, óculos de grau desconfortáveis e meu melhor amigo era Sam, aliás, ainda é. 

Que azar! 

Sam nessa época pegava demais no meu pé, ele queria que eu conhecesse garotos, alegando que eu estava a um passo da viadagem. Por que isso?

#Alguns anos antes em Lima, Ohio#

"Entra logo nesse quarto!" Resmungou Sam me empurrando para dentro do quarto de Alessia Jones, uma morena popular no colégio. Ela tinha 18 anos e me assediou durante toda a festa, obviamente bêbada. 

O problema é que Sam pensou que Alessia iria me apresentar o amigo dela. O som da música alta no andar inferior estava me deixando ainda mais nervosa, minhas mãos suavam e meu corpo tremia levemente. Alessia levantou meu vestido e viu meu sutiã e calcinha pretos, porém com várias fadas estampadas. Ela riu.

"SANTANINHA..." Alessia cambaleou e deu um gole em seu rum. "Vem cá bebê, me deixa dar um trato em você!" Isso foi dito em meio a soluços, nada sexy. "Toma, bebe esse rum!"

"Obrigada, eu não bebo." Respondi educada, ajustando os óculos.

"Bebe logo essa porra!" Gritou ela. O que eu faria? Bebi tudo em um gole grande. 

Minha garganta queimou, meus olhos quase saltaram para fora e me faltou ar. A garota bêbada gargalhou.

"Vem cá, SANTANINHA!" Alessia me puxou pela mão e me jogou contra a parede. Aquilo realmente doeu. O que me apavorava naquele momento era pensar que perderia a virgindade com uma garota bêbada que provavelmente tinha algum distúrbio sexual. Poxa, eu tinha apenas 14 anos. 

Brittany problem x Santana solution | BrittanaOnde histórias criam vida. Descubra agora