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Olá! É ótimo te ver por aqui!

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Três coisas:
1- Uma doce e sapeca história de primeiro amor (WangXian moderno);
2- Uma pegada não convencional (eu acho);
3- Comemoração de 1 ano.

Divirta-se!

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O que você faria quando a primeira pessoa que você já se interessou na vida é o atual namorado do seu irmão?

Tudo começou quando meu irmão havia dispensado sua namorada daquela semana. Uma garota com cara de nojo, olhava a todos de cima como se tudo a sua volta cheirasse a merda, uma vadia total. Como previsto ela durou três dias antes de meu irmão a dispensar como uma sobra no prato quando já se está satisfeito.

Meu irmão é um namorador convicto, nunca o vi sozinho por mais de uma semana, pode-se dizer que ele é um emocionado, ou apenas apaixonante. Ele é assim, um sorriso e meia dúzia de palavras — ou somente um olhar —, é como uma abelha atraída ao mel, exatamente como a cor de seus olhos. Ele é atraente, forte e gentil. E com uma lista interminável de conquistas amorosas.

Há quem diga que somos parecidos, mas é apenas cortesia das pessoas, por fora  somos bem semelhantes. Cabelos castanhos herdados de nossa mãe, altura de nosso pai, mas basta chegar próximo o suficiente para ver além da aparência. Nossa personalidade é divergente, em nada combinamos.

Xichen é uma força da gravidade atraindo todos para perto dele, eu, por outro lado, me mantenho a uma distância mais que socialmente adequada das pessoas. Eu não sou simpático, sorridente e aberto a novas amizades. Considero-me um sujeito prático, se não tenho nada importante para falar e agregar, me mantenho calado — à distância.

Já havia passado dois dias da separação daquela garota — que nem me lembro o nome —, e que meu irmão estava solteiro novamente. Eu me perguntava que tipo de ser humano seria dessa vez. Era sempre uma surpresa, meu irmão não parecia ter um tipo ideal. Ele se assumia um apaixonado pelos indivíduos e dizia simplesmente que nasceu para amar.

Ninguém ousaria duvidar de algo dito com tanta convicção e paixão. Todos conheciam a fama de Xichen e pareciam não se importar, talvez, até sentissem orgulho do seu modo expansivo de levar a vida. E eu estava bem com ele sempre nos holofotes, eu simplesmente odeio ser o centro das atenções, muitas vezes passando despercebido.

Era final de tarde de quinta-feira, eu e meu irmão estávamos correndo no parque que ficava a algumas quadras da nossa casa, um parque grande que atendia ao lazer das famílias da região. Paramos ao completar os dez quilômetros de nossa rotina habitual de exercícios, que acontecia três vezes na semana, sem falhas. Cobertos de suor e cansados, compramos nossa garrafa d'água no quiosque de sempre.

A frente do quiosque havia muitas pessoas aglomeradas, próximas a uma pequena ponte que transpassava um riacho onde as pessoas podiam ver as gordas carpas coloridas, o movimento era bastante incomum para uma quinta à tarde. Destapamos nossas garrafas e hidratamos nossas gargantas secas, não deu tempo de um segundo gole quando o som de uma flauta preencheu o ar com uma música melodiosa e incrivelmente afinada.

Um olhar para Xichen e em entendimento mútuo fomos nos aproximando da multidão,  nossas alturas dando uma visão privilegiada acima das cabeças à frente.

Um rapaz, com uma camisa preta longa, frouxa ao tronco, rosas vermelhas bordadas — o único ponto de cor — chamavam a atenção de ambos os lados do colarinho da camisa que ia até o meio das coxas vestidas por um jeans surrado e justo, em seus pés um coturno bem gasto. Cabelos presos num coque que deixava escapar várias mechas de seu cabelo, ainda curto para tal penteado. Suas mãos envolviam uma flauta transversal que levava aos lábios e tocava apaixonadamente cada nota perfeita com seus olhos fechados, à sua frente um chapéu bucket preto de vinil com algumas notas e moedas de baixo valor.

〇 ₣ᒪᗩᑌƬƗᔕƬᗩ [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora