My Spiderman {l.s}

you're spiderman?

Harry sempre foi cético sobre muitas coisas. Por exemplo, ele não acreditava muito bem que havia um Deus com d maiúsculo, que havia criado o céu e a terra, a luz e a escuridão, o homem e a mulher e qualquer coisa entre esses dois. Mas, ele também não tinha certeza se acreditava em um grande meteoro caindo na terra e explodindo tudo, fazendo com que milhares de anos depois o homem virasse o que é hoje.

Só... Não fazia muito sentido.

Harry também não era o tipo de acreditar em amor à primeira vista. Ou qualquer tipo de amor romântico, já que o único exemplo que ele tinha disso eram os seus pais... Separados desde que ele tinha seis anos.

Mas, como o universo, ou Deus, ou o destino gostava de pregar peças, Harry havia se apaixonado à primeira vista.

Ele havia acabado de se mudar para Nova York, sua mãe havia acabado de receber uma oferta grande e generosa, levando-os para o outro lado do oceano.

Foi quando o garoto entrou pela porta da escola. Ele viu Louis sorrindo, com os olhos azuis claros visíveis mesmo de longe, sua risada alta alcançando os ouvidos de Harry graciosamente, atraindo-o diretamente para o menino.

Harry ficou hipnotizado por alguns longos minutos, apenas saindo de seu transe quando sentiu que o menino o olhava. E, pior, quando viu que Louis estava andando em sua direção, com aquela mesma postura safada que fez Harry aceitar sair com ele sem nem pensar em recusar.

Depois de muitos encontros, muitos e muitos beijos trocados no telhado da escola e muitos pedidos de Louis, Harry finalmente aceitou namorá-lo.

Agora, quase um ano e meio depois, o de olhos azuis sempre aparecia na janela de Harry - o que, sinceramente, não fazia o menor sentido, já que ele morava no décimo andar -, batendo três vezes, fazendo o cacheado morder os lábios em expectativa para a noite que viria.

Louis era incrivelmente bom em tudo que fazia, inclusive em segurar Harry da maneira que ele gostava, apertar nos cantos certos, morder e chupar onde levava o cacheado à loucura, entrar e sair no ritmo perfeito e depois abraçar Harry de conchinha e beijar sua bochecha e seu pescoço até que ele dormisse.

Louis nunca estava lá quando Harry acordava, mas sempre estava o esperando na escola com um sorrisinho no rosto. Era incrível.

O namoro não havia mudado tanto assim a vida de Harry, no entanto. Ele continuava sendo o mesmo cético, que não acreditava em muita coisa além do amor que sentia por Louis.

E isso era algo que o de olhos azuis estava sempre reclamando. Claro, por alguma razão, Harry tinha que acabar com o único idiota que dizia que acreditar em tudo era melhor do que não acreditar em nada. Era ridículo.

Mas, o cacheado sabia que parte daquelas bobagens que Louis falava, era por causa do Homem-Aranha.

Porque é claro que o universo ia brincar com a cara de Harry. Sempre iria. Tinha a porra de um super-herói em Nova York, ele soltava teias e tudo parecia uma grande brincadeira de mau gosto. Mas não era, o Homem-Aranha já tinha até salvado Harry uma vez.

E Louis o idolatrava. Vivia falando que se existiam super-heróis, qualquer coisa podia existir. Ele também vivia falando que Harry era sem graça. E sempre rolava os olhos, também. Mas tudo bem, Harry o amava mesmo assim.

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Era sábado e não havia parado de chover durante nenhum segundo. Já passava da meia noite e Harry estava se sentindo carente. Sábados eram, normalmente, dias que Louis se esgueirava pelo seu quarto para que eles dormissem juntos, mas seu namorado havia mandado uma mensagem cedo dizendo que não ia conseguir.