Ainda Jovens (Shortfic . KTH)

Fica na sua

Gostaria de dedicar essa história as minhas amigas, as quais apoiaram e pilharam todas as ideias malucas que tive de plots. Amo vocês! :))
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Essa história também é em comemoração ao aniversário do Tae, irra! Era para ter sido postada oficialmente ontem, porém ainda está no tempo. Espero que gostem.

Boa leitura!

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Hyeri

Os dias intensos de calor e céu aberto parecem incentivar os cidadãos coreanos a saírem pelas ruas e gastarem seu dinheiro como bem entendem. Alguns optam por investir em cafeterias, outros livrarias, parques, praças, e também haviam aqueles que iam comprar roupas novas para passar o final de semana fora da cidade. E era o cenário no qual eu me encaixava. Ou quase.

Perdi as contas de quantas pessoas já atendi só no período da manhã. O centro estava realmente movimentado, deixando a loja no mesmo estado.

Vendi de vestidos casuais, joias de todos os gostos, a ternos chiques e refinados. O final de semana traria diversas possibilidades a todos, inclusive aos meus pais, que saíram de viagem com meus tios com o destino desconhecido por mim, mas com propósito de espairecer um pouco do trabalho. Segundo eles, seria somente pelo final de semana e logo estariam de volta, mas o meu palpite é que essa viajem se estenda por mais alguns dias. Eu os conheço.

Eles também combinaram de levar minha irmãzinha, Minji, junto já que na última vez Hyun, meu outro caçula, teve a oportunidade de ir.
Além do mais, ele teria trabalhos da escola para fazer.

Hyun é um pouco mais velho que Minji, tendo 7 anos e ela 4. Ambos são bem comportados e educados, mas ainda sim travessos. Desde que eram bebês convivemos bem juntos, eles são meus ouvintes e porto seguro, já eu sou cúmplice de suas traquinagens e agora, também ouvinte e um porto seguro ao passo que ambos cresceram e começaram a ter mais afazeres do que somente brincar. De qualquer forma, somos confidentes.

Com a nova fase da escola, Hyun tem tido mais responsabilidades e tarefas a cumprir. Na maioria das vezes, sou eu quem o ajuda com os deveres, e isso só nos deixou mais próximos.
Em vista disso, a casa ficou inteiramente para mim e para ele, que independente de suas obrigações, optou por ficar comigo aqui em Seul.

Segundo ele, para me fazer companhia e não ficar sozinha em casa.

Ademais, fiquei responsável por levá-lo e buscá-lo na escola, como era o caso atual. Trabalho por meio período somente, o que facilita pois coincide com o horário escolar de Hyun. E enquanto esse horário não chega, me distraio organizando a ilha principal da loja que exibia os conjuntos de joias mais caros, além de algumas embalagens para presente que ali ficaram da última venda que efetuei minutos atrás.

Agora o movimento estava fraco, conforme o tempo corre e a hora do almoço se aproxima, as pessoas vão dispersando para as praças de alimentação, ou até mesmo para estabelecimentos específicos situados mais no centro da cidade.
Esse período do dia é um alívio para mim e minha companheira de trabalho, Keiko, já que é um dos poucos momentos em que podemos – ou melhor, conseguimos – sentar nas banquetas atrás do caixa e descansarmos as pernas. Sinto o formigar logo abaixo da pele, acompanhado das dores musculares que começam a se manifestar, mas que só dão as caras mesmo no dia seguinte.

— Keiko, vou me trocar pra ir embora. — Anuncio após tomarmos um ar e eu finalmente conseguir organizar alguns papéis burocráticos do ateliê que confecciona a maioria das peças populares (diga-se mais vendidas) da loja, sem contar as notas altas e cheques que também procurei dispor corretamente na gaveta própria e bem protegida na bancada do caixa.