Lilipop ᵃˡˡᵃⁿ ʲᵉᵒⁿ

Papai?.. ~

07/03/2008

A garotinha e sua mãe estava na rodoviária acenado pra o ônibus que acabará de sair, lá dentro estava seu pai que acenava devotar até o ônibus não ser mais visto.

– Mamãe o pai vai ficar bem? - perguntou a garotinha olhando nos olhos de sua mãe.

– Claro que vai, aliás daqui a alguns meses ele vai voltar e com a caixa de pirulitos que você pediu! - a mulher falava enquanto pegava a menininha no colo.

– Mamãe, será que o papai vai voltar gordo, porque ele vai tá o tempo todo fazendo pirulitos... se fosse eu estaria comendo todos os pirulitos - falava a garotinha fazendo gestos com as mãos.

– Se você pensar assim... eu acho que ele irá comer tantos pirulitos que quando for trazer o seu a caixa estará vazia porque ele terá comido os seus - disse fazendo algumas cócegas em sua barriga.

– Para mamãe! - disse em meio de suas risadas doçes e inocentes - eu acho quê ele vai comer tantos que vai enjoar!

– Verdade, pode ser também!

Chegando na frente do carro a mulher coloca a criança no chão e abre a porta atrás do passageiro.

– Vamos entrando mocinha!
...

A garotinha estava em sua cama com a coberta por cima e sua mãe estava na porta.

– Boa noite filha! - disse a mulher fechando a porta.

– Mamãe! - chamou.

– Oi? - parou.

– Conta historinhas pra mim! - pediu.

– Ah... A mãe não é boa em contar histórias.

– E quem vai me contar historinhas pra dormir enquanto o papai não estiver? Eu preciso de historinhas para dormir!

– Pede para sua irmã ué! - sugeriu.

– Ah não! Ela é horrível em contar histórias! As histórias delas são chatas e pequenas!

– A mamãe vai tentar então, mas eu não prometo que vai ser boa,ok? - veio até a cama e se sentou ao seu lado. A garotinha empolgada se cumpriu até o queixo.

A mãe começou a contar, a contar de uma menina que tinha uma família feliz, com o seu pai, sua mãe, seu irmão e sua irmã. Todos viviam felizes em uma bela casa até que o papai teve que teve que trabalhar em uma fábrica de pirulitos um pouco longe e prometeu que quando voltasse da sua viagem de trabalho iria trazer uma caixa de pirulitos cor de rosas e doces:
– Ai quando... - parou de falar quando viu que a garotinha já tinha caindo no sono. A mulher cuidadosamente desligou o abajur no criado-mudo ao lado da cama deu um beijo na testa da criança e saiu em direção a porta logo depois a fechando.
...

Era sete da noite de uma terça feira, estava a mulher passando pano no chão da cozinha a garotinha na sala desenhado. Na televisão estava passando o jornal da noite.

– Agora,em Porto Real uma fábrica de doçes pegou fogo deixando poucos sobreviventes... - ao ouvi a mulher deixa a vassoura cair.

O celular toca na sala.

– Mamãe o celular tá tocando! Mamãe? - chamou a garotinha que não tinha a mínima ideia do comportamento da mãe.

A mulher sai correndo em direção a sala pega o celular e atende.

– Alô?... sim é ela... ele... ele não sobrevivel? - falava a mulher no telefone enquanto lágrimas deciam em seu rosto.

A garota de dez anos entra na sala, vendo o que passava na televisão e escutar sua mãe chorando, já se passava o que realmente aconteceu.

– A fábrica era a que o pai trabalha? - dizia com os lábios trêmulos e os olho cheios de água - mãe o pai morreu? - essa palavras doíam no seu próprio coração.

A mulher apenas a olhou com o olhar mais desconsolador que poderia imaginar. A pobre garota saiu correndo para seu quarto e se trancou. Enquanto tudo isso ocorria a menininha, chamada como S/n se encontrava em uma enorme bagunça.
Isso deve ser tão confuso para a pequena garotinha.~

– Mãe o papai não vai voltar? -  perguntou a garotinha assusta.

A mulher a apenas a abraçou e chorou mais é mais.

– Papai?... o papai.. PAPAI!!! - gritou chamando pelo pai e chorou tanto. Seus soluços eram melancólicos e triste era horrível ver aquela jovem garotinha chorar tanto.
...

Depois de tudo se acalma, até demais, as duas filhas tomaram banho e foram para seus quartos.

– Filha quer que a mamãe conte uma historinha? - apareceu na porta.

– Não. Historinhas são inúteis elas só são mentiras! - disse grosso e se virou para a parede.

– Está bem então... boa noite S/n! - fechou a porta.

Continua?...

Esse cap foi meio triste... :'(