É quando olho para ti, dormindo nesse berço que eu consigo encontrar a paz que necessito.
Quando vejo o teu respirar, é ai que eu procuro a minha calma.
Sou tão grata por ter conseguido levar esta gravidez adiante, não importa as adversidades que uma mulher – e ainda mais uma mulher da minha idade – possa ter.
Assim que te vi, assim que te puseram nos meus braços pela primeira vez, eu soube que te amaria para sempre.
Como uma verdadeira Servín, tu não quiseste esperar pelo momento certo para nascer.
E foi assim que dei por mim naquele hospital horrível. Naquele quarto tão sem vida, com cores tão pálidas e lençóis que certamente já teriam passado por outras camas.
E foi assim também que tive o desprazer de conhecer aquela garota insuportável.
Com os seus incensos e músicas que me faziam querer agarrar o seu pescoço, foi comigo que embirrou ao dizer que eu não devia estar a trabalhar e que o mundo seria bem melhor se eu desaparecesse dele.
O desplante.
Certamente não tem onde cair morta e nunca sequer fez um esforço para ser alguém na vida.
Tal como lhe disse, espero e tenho a certeza que não é preciso muito para a sua filha ser muito melhor do que ela.
O facto de vivermos em mundos tão diferentes faz-me respirar de alívio por saber que nunca mais vou ter de me cruzar com essa mulherzinha.
Agora sim vou continuar no meu mundo, com a minha família.
O meu marido, os meus filhos e o meu pequeno novo amor: Regina.
P.S: O nome da pobre criança é Valentina. Valentina! Quem se lembra de dar esse nome a alguém? Pobre criança que vai sofrer tanto por culpa da desmiolada da sua mãe.
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Diários de Ana Servín
FanficAqui vamos acompanhar a jornada de Ana Servín ao longo das duas temporadas de MSHD. Os seus sentimentos, os seus pensamentos, os seus porquês...vamos conhecer o interior desta mulher, tudo contado pela mesma.