Capítulo 1

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Hello, hello! Depois de muito pensar decidi começar essa fic rosattaz. A história é inspirada no filme um amor para recordar. Não darei spoiler sobre como acaba, vão ter que acompanhar a jornada pra descobrir. :)

Espero que vocês apreciem essa história tanto quanto eu. Curtam e comentem, adoro saber o que estão pensando a respeito da história.


XXX


Carol odiava cidades pequenas, e aquela onde ela cresceu não era exceção. Beaufort, Carolina do Norte: uma cidade repleta de pescadores e marinheiros. Apenas gritava cidade pequena.

A brisa salgada era quase constante. Era definitivamente familiar. Exatamente como as igrejas.

A cidade tinha dezoito igrejas dentro de seus limites. Dezoito! Por que diabos um lugar tão pequeno como esse precisa de tantas igrejas? E você pensaria que uma cidade tão religiosa como esta seria amigável e livre de julgamento. Não era. Dinheiro, educação e origem familiar ainda importavam, mesmo aqui, e para todos. Carol ainda não havia encontrado uma pessoa que fosse uma exceção a isso.

O ar frio da noite a atingiu quando ela saiu pelas portas abertas da quadra do colégio Minas. Era o baile de novembro e 'you know it' estava tocando ao fundo. Carol encostou-se ao prédio e suspirou. Apenas mais cidade pequena e selvagem no sábado à noite.

Sua namorada Ariele logo a seguiu pela porta, procurando por ela, e sorriu maliciosamente quando a viu. Ariele se aproximou e beijou Carol nos lábios, depois se moveu para ficar ao lado dela contra a parede.

Gattaz observou todas as classes sociais entrarem e saírem da quadra: Riquinhos, atletas, geeks, punks, góticos entre outros. Todos estavam juntos, mas ao mesmo tempo distantes. Alguns deles estavam sóbrios, a maioria não. Ela odiava bailes.

Um grupo de meninos estava na grama, dançando break junto a aparelho de som. Sim, Carol pensou, apenas mais um baile comum de uma escola de cidade pequena, algo tirado diretamente do Footloose.

Ela olhou para o relógio. Hora de ir.

Quando ela chegou ao estacionamento, com Ariele ao seu lado, não pôde evitar o sorriso em seu rosto quando o viu: seu Camaro vermelho de SS - também conhecido como Baby.

Ele era realmente lindo, o melhor presente de aniversário de dezoito anos que ela poderia ter pedido. E que ela de fato pediu, um milhão de vezes. Sua mãe acabou se convencendo, com a condição de que Carol permitisse que seu pai contribuísse para o presente.

A contragosto, Gattaz aceitou. Por mais que ela tenha começado a não gostar dele desde que ele abandonou ela e sua mãe pela cidade grande e por outra mulher, ela realmente queria este carro.


XXX


Ariele forçou Carol a fazer uma parada no cemitério local, alegando a necessidade de fazer xixi, o que era na verdade mentira, porque assim que chegaram ao portão trancado do cemitério, Ariele subiu no colo de Carol e a beijou ferozmente.

Gattaz nem teve chance de desligar os faróis, e eles brilhavam através da estrutura de metal trancada.

Elas se beijaram por alguns minutos, então Ariele se afastou. "Eu realmente preciso fazer xixi, bebê." Ela riu com o gemido que Carol soltou e saiu do carro.

Gattaz estava distraída olhando a noite quando Ariele voltou, estava tão perdida em pensamentos que nem percebeu. Ela percebeu, no entanto, uma garota diferente pulando do portão do cemitério, pega pelos faróis do Camaro. Seus longos cabelos loiros escondiam seu rosto, mas Carol reconheceria essas roupas em qualquer lugar. Era a filha do reverendo.

"Rosamaria Montibeller." Ela disse em voz alta, e Ariele seguiu seu olhar e bufou.

"Ahh, é a aberração cristã." Ariele disse alto o suficiente para Rosamaria ouvir e Carol sorriu.

Ao ouvir o comentário, Rosamaria pareceu se recompor e atravessou o caminho até a janela de Carol. Ela enrolou cachecol marrom (provavelmente) feito por ela mesma sobre o peito e se curvou um pouco.

"Ei. Oi. seus faróis. Alguma chance de você desligá-los?" Rosamaria pediu, sem jeito, mas educadamente.

Antes que Carol pudesse responder, Ariele colocou a mão em sua coxa e se inclinou para que Rosamaria pudesse vê-la. "Deus te deu essa rua?"

"Não..." Rosamaria respondeu, honestamente.

"Então eu acho que os faróis vão continuar acesos." Ariele se recostou no banco, desinteressada em qualquer coisa mais que Rosamaria tivesse a dizer.

"Se você quer os faróis apagados, Rosinha, vou apagá-los." Carol disse a Rosamaria, baixinho, parecendo simpática. Então ela desligou os faróis e a noite caiu sobre elas.

"Obrigada. Muito obrigada!" Rosamaria disse agradecida, afastando-se do carro.

"Não consigo ver nada." A voz de Ariele veio da escuridão. Carol acendeu as luzes do interior do carro para a namorada, o que lhe rendeu uma imitação do agradecimento de Montibeller. Mas Gattaz ainda estava observando Rosamaria.

Ela estava escalando o portão, claramente com prática na atividade. Carol esperou até que ela estivesse no topo e então ligou o farol alto, para a diversão de Ariele. Rosamaria fez uma pausa, semicerrando os olhos na direção de Gattaz, que se surpreendeu com o olhar de determinação e ousadia dela, humor no rosto da loira. Ela esperava que ela parecesse pelo menos um pouco intimidada, mas Rosamaria simplesmente saltou para o outro lado do portão e desapareceu na noite.

Ariele ainda estava rindo; Carol apenas sorriu. Ela se virou para Ariele e a beijou profundamente, continuando de onde pararam, e de repente uma luz branca cegante brilhou nos rostos de Carol e Ariele.

"O QUE-?" Gattaz gritou e saltou do carro. Ela olhou através do portão e viu Rosamaria Montibeller, mais uma vez, sentada em cima dele agora segurando um grande espelho, refletindo a luz dos feixes de volta para o carro. As duas se encararam e a irritação de Carol se transformou em um leve respeito.

Ela ergueu as mãos em sinal de rendição e voltou para o carro. Ela ligou o motor e desligou os faróis, saindo do cemitério e deixando Rosamaria para continuar, bem, o que quer que ela estivesse fazendo.

A walk to rememberOnde histórias criam vida. Descubra agora