03- Todos menos Jade

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|Jade Swan|

Desligo a chamada, respiro fundo fechando os olhos e relaxando, ultimamente a minha mente está muito cansada me viro para voltar para o quarto e me assusto vendo Castiel na minha frente.

- Castiel?! -

- Olá - Expira cansado, ele está com seu sobretudo sujo de sangue e suado, parecia cansado

- Achei que estava morto - Digo a mim mesma - Você tá bem? - Franzi o cenho em confusão

Em resposta ele caí no chão cansado, como se não sustentasse o próprio corpo

- Castiel, Castiel - O chamo segurando o rosto dele, tentando o manter acordado - Droga! - Passo os braços dele em volta do meu pescoço, o peso do mesmo é apoiado em mim, o guio até o quarto, na verdade abro a porta do quarto em que estamos hospedados já que estou na porta. Apenas saí de perto dos garotos para atender o telefonema

Giro a maçaneta, Dean olha a cena assustado, Sam não estava no cômodo

- Vai me ajudar ou apenas encarar? - O desespero é nítido em minha voz, e provavelmente em minha expressão também

Dean vem me ajudar, carregamos o anjo até minha cama, o deitamos lá e eu começo a tirar o sobretudo e a gravata, junto a camisa social dele

- Oque tá fazendo? - Dean pergunta

- Indo transar é que não é - Respondo com raiva, ultimamente é só isso oque sinto, reviro os olhos cansada daquela conversa - Vendo o ferimento -

Termino de tirar a camisa, o abdômen do anjo está todo queimado e com uma cratera no canto esquerdo do mesmo, aquilo parece marca de punhal

- Merda, merda, merda - Repito pra mim mesma em forma de sussurro, no momento seria bom socar alguma coisa

Coloco a mão sob a ferida do mesmo impedindo que o sangue saía do corpo do mesmo

- Não vai fazer nada? - O loiro questiona exasperado, Sam sai do banheiro secando o cabelo

- Ele tá vivo? - Sam pergunta com os olhos esbugalhados

- Não por muito tempo -

- Faz alguma coisa - Sam praticamente implora - Você é bruxa não é? Deve ter um lado bom nisso -

- Tá certo, ser bruxa tem que ser útil -

Fecho os olhos e imagino Castiel se curando, eu o curando. Sinto a pele e o sangue que está por baixo da minha palma ferver e bobulhar. Continua assim até se cicatrizar por completo.

- Uau - Digo a mim mesma

- Uau - Dean e Sam dizem em uníssono, espantados e ao mesmo tempo admirados, o loiro coloca a mão no meu ombro e me puxa para perto de si, como um meio abraço. Jogo meu peso no corpo do Winchester mais velho já que estou cansada.

Meu celular começa a tocar outra vez! Eu juro que vou matar seja lá quem está me ligando. Olho a tela "Mark" reviro os olhos com preguiça de falar com ele

- Quer que eu atenda? - Dean questiona vendo meu dilema

Assenti e entreguei o celular a ele, não estou nem aí se Mark vai reclamar, estou cansada de mais para drama de homem

- Se o Castiel acordar me chama - Pede o loiro saindo do quarto para atender o meu telefone

Não paro de me perguntar se eu fiz certo ignorando Mark, afinal ele é meu namorado, mas o cansaço é tão grande, ele tem que entender.

Depois de alguns minutos Dean volta para o quarto

- Seu namorado é um porre - Reclama me entregando o celular - É sério, como consegue ficar com ele? -

- Eu.. não vou discutir, não com você - Oque Dean pensa do Mark não me interessa, oque importa é oque eu acho. Mesmo eu não o amando ele é legal, pode dar certo, é muito cedo para eu tomar qualquer tipo de decisão

Castiel levanta da cama num pulo, assustando a mim e aos Winchester's, passou a mão no local onde até pouco tempo atrás estava ferido, na verdade, perfurado.

- Eiei, anjinho, calma - Digo vendo ele se levantar da cama num pulo

[...]

Depois de Castiel nos contar que não faz idéia do que aconteceu e ficar surpreso por eu ter conseguido curar ele, ele parece pensativo. Enquanto Dean bebe olhando para o nada, Sam mexe em seu notebooke e eu desenho em uma folha que estava perdida pelo quarto, apenas para passar o tempo.

Percebendo a falta do barulho dos sapatos de Castiel contra o piso levanto o olhar, ele sumiu. Ótimo!

- Quero ir pra casa - Falo me levantando da cadeira - Juntem tudo, vamos em dez minutos - Aviso e vou para o lado de fora, me sentando no banco do motorista

A idéia é ir até Iichester, pegar o impala e ir com ele até Sioux Falls

[...]

Dean estaciona o impala na ferro velho do Bobby, eu saí do carro com pressa, pois no momento sinto que preciso dormir, é mais do que necessidade humana, é como se cada molécula do meu corpo me mandasse dormir

Mas fui impedida no momento em que vi Mark saindo da casa antiga, furioso.

Dean e Sam estavam atrás de mim quando ele chegou me segurando pelo braço, os dois ficaram na defensiva automaticamente, Dean pegou a arma e mirou, Sam pega a faca que estava na bota até o momento e aponta ao mesmo que os olha com repreensão

- Entrem, eu quero ter uma conversa com ele - Peço aos Winchester's

Eles se encaram desconfiados, mas saiem de mal grado.

- Você poderia ter morrido - Ele diz zangado - Tem noção do quanto fiquei preocupado? -

- Eu sei, tá bom?! Eu sei. Mas eu tinha que ir -

- Claro, Dean e Sam são sua família - O desprezo na voz do loiro é de longe o mais rude que ouvi

- Oque quer dizer com isso? -

- Quero dizer que eu sei, eles sabem, todos sabem, menos você, você os ama, você é apaixonada, nos dois, eu sou apenas uma peça no seu jogo -

- Não, eu gosto de você, e eu não sinto nada pelos meninos, não desse jeito - Meus olhos queimavam, falar isso parecia mentira, talvez seja porque é mentira, mas não posso ter eles, não posso ficar com eles, são filhos do John, e quase filhos do Bobby, não tenho esse direito.

E supondo que eu poderia, eu não saberia escolher.

E supondo que eu poderia, eu não saberia escolher

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