Um emo e um noia, um Romeu e uma Julieta.

Prólogo

Após um ano inteiro em casa, decidi sair pela primeira vez, para ver o ar livre depois de um longo tempo trancado dentro de casa, decidi ir para padaria eu mesmo, buscar pão, como minha mãe tinha pedido. Peguei meu Nokia e meus fones e sai de casa escutando Linkin Park. Como era estranho, a sensação de ver o sol brilhando nos meus olhos e sentir a grama com meus pés, de certa forma era tão reconfortante.

– Vai saindo pra comprar pão mlk? depois de um ano trancado dentro de casa? – Disse minha mãe, se despedindo de minha pessoa. – Pprt, você fica o dia inteiro escutando essas músicas satanistas, finalmente vai sair e fazer algo da vida.

– Ok mãe, tchau. – Me despedi de volta.

Ao andar para calçada, escutando meu Linkin Park, como sempre, escuto um som alto do que parecia ser um funk pesadão, que eu conseguia escutar mesmo estando de fones. Segui em frente, tentando ignorar o alto som que quase estourava meus tímpanos mas, sem querer, esbarrei em um dos noias  caindo na frente dele.

– Quem é esse fudido que acabou de esbarrar em mim? – Aquele noia parecia irritado, e com razão, foi tudo culpa minha.

Mas, tinha algo naquele noia que despertava diversos sentimentos em mim, o que poderia ser?

– Desculpa esbarrar em você... – Senti meu rosto ficando vermelho, quase semelhante ao de um tomate, eu queria apenas esconder meu rosto dentro de um buraco e nunca mais sair de lá.

– Quer ajuda garoto? – O noia, que parecia ter a mesma idade que eu, e que mesmo depois de ter esbarrado nele, ainda tentou oferecer ajuda pra mim. Que tipo de noia diferenciado era aquele? – Não posso deixar de ajudar alguém, mesmo que esse alguém seja um emo rockeiro.

– O-obrigado. – Sinceramente, só aquilo despertou vários sentimentos e emoções em mim, espero ver aquele noia de novo, ele parece ser uma boa pessoa.

Segui meu caminho de volta, indo para padaria para comprar pão, até porque não posso voltar para casa sem trazer cacetinho, certo?

Comprei o pão, e voltei para casa, com aqueles pensamentos martelando minha cabeça. "Quando será que irei ver aquele noia de novo?" martelava e martelava repetidamente, parece que eu não iria conseguir ele tão facilmente.